Quem é gestor sabe a importância de a empresa estar em conformidade com atos, normas, leis e regulamentações, não é? Isso tem tudo a ver com compliance!
O conceito se refere ao compromisso das organizações em atender e cumprir normativas, que envolvem toda a governança corporativa.

Por isso, é fundamental entender o que é, para que serve, e quais os benefícios do compliance para as empresas. Confira nosso post para descobrir isso agora mesmo!
Veja o que será abordado:
O que é compliance e para que serve?
O termo compliance é traduzido como conformidade. Portanto, relaciona-se com o conjunto das ações e condutas da empresa para se adequar às regras e normas definidas por leis, órgãos regulamentadores e padrões internos ou externos.
As empresas estruturam programas de compliance ou, até mesmo, uma área. Desse modo, os colaboradores envolvidos podem ser responsáveis por atividades como:
- Criação de código de conduta;
- Digitalização de processos;
- Atualização dos processos de acordo com as normas;
- Gestão de não conformidades;
- Auditorias internas;
- Manutenção de canais de comunicação internos para denúncias;
- Entre outras.
Segundo a Pesquisa de Maturidade do Compliance no Brasil, realizada pela KPMG, em 2017, “a jornada rumo à conformidade muitas vezes varia dependendo da empresa, sua história, estrutura legada, experiências anteriores, da indústria, atividades de negócios e objetivos futuros”.
De todo modo, ainda segundo os dados da KPMG, é consenso que a trajetória para a conformidade é uma oportunidade para as empresas agregarem requisitos de compliance e identificar formas de aumentar a eficiência.
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Quais os benefícios de investir em compliance?
Para iniciar uma atuação em compliance é preciso fazer algum investimento. Um olhar superficial pode considerar desnecessário ou gasto excessivo de recursos. Mas, essa visão está diretamente relacionada à cultura de remediar em vez de prevenir.
Ao observar atentamente, o retorno sobre o investimento de compliance traz impactos significativos para a rotina e para o desempenho da empresa. Destacamos alguns para que você possa entender melhor:
Padronização de processos
A padronização de processos é essencial dentro das práticas de compliance. Além disso, é um benefício que impacta várias ações na operação, gerando outros ganhos.
Com os processos padronizados, a identificação das não conformidades é mais rápida, fácil e evidente. Assim, há maior agilidade para gerir e atuar pontualmente nos problemas encontrados.
Outro ponto importante é a melhoria do controle. Com a visão geral dos processos, o monitoramento é simplificado. Afinal de contas, com os parâmetros definidos, os desvios se destacam e podem ser contornados imediatamente.
Vale destacar que todos os colaboradores precisam estar cientes dos processos estabelecidos. Certamente, isso contribui para o alinhamento entre os setores e para o cumprimento das ações implementadas.
Uma forma de fazer isso é realizar treinamentos e workshops, mantendo o quadro de funcionários sempre atualizados em relação aos processos de compliance.
Melhoria contínua
O investimento em compliance também apoia a melhoria contínua. Isso acontece porque há especialistas dedicados a manter a casa organizada, em inúmeros aspectos, sejam operacionais, jurídicos, financeiros ou éticos.
Neste sentido, a melhoria não só é contínua, como é necessária. As normas regulamentadoras externas são atualizadas frequentemente e é importante que a empresa se ajuste o quanto antes.
A adaptação ágil traz uma vantagem competitiva para a empresa. Além disso, reflete diretamente na experiência do cliente, ao se mostrar uma companhia comprometida em cumprir as regulamentações com eficiência.
Isso também é válido para estabelecer e disseminar normas internas. Uma vez que entram em vigor, elas são monitoradas e estão sujeitas a mudanças e adaptações. Esse acompanhamento é feito pelos responsáveis por compliance, que vão indicar os pontos de melhoria.
Gestão de riscos
A gestão de riscos é ainda mais necessária em tempos de coronavírus, A pesquisa COVID-19: Compliance survey, realizada pela KPMG com 40 Chief Compliance Officers (CCOs), mostra que 97% das organizações implementaram um comitê de gerenciamento de crises durante a pandemia, envolvendo diretamente a função de compliance.
Para além dessas questões, em pesquisa com mais de 250 empresas brasileiras, a KPMG identificou que os riscos de compliance mais relevantes são:
- 72% trabalhista, previdenciário e tributário;
- 67% práticas contábeis;
- 64% concorrencial, informação privilegiada e conflito de interesses;
- 63% gestão de terceiros e tecnologia;
- 62% fraude, combate à corrupção e lavagem de dinheiro.
Neste sentido, vemos que várias frentes da organização são impactadas pelas normas externas ou internas. O fato de ter pessoas dedicadas a administrar e gerenciar os riscos evita consequências jurídicas e financeiras.
Portanto, compliance também é um investimento em prevenção. Adequar, atualizar e adaptar são as palavras de ordem nessa área, para que a empresa possa cumprir o seu dever institucional e, ao mesmo tempo, evitar prejuízos futuros.
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Aumento da eficiência
Com o investimento em compliance, a empresa como um todo é beneficiada. De fato, a organização da governança corporativa e a disseminação da cultura cria um ambiente mais seguro e de confiança aos colaboradores.
O bem-estar proporcionado ajuda na produtividade dos times, que também tem mais chances de engajar e se comprometer com os objetivos da organização.
Além disso, como as ações de compliance precisam ter um ritmo acelerado, a agilidade na implementação das mudanças é fundamental. Assim, com os processos organizados e as alterações realizadas, o aumento da eficiência é visível.
Visto que as atualizações dos regulamentos são frequentes, a adaptação deve ser imediata. E, para que isso aconteça, a equipe precisa estar preparada para agir com rapidez e eficiência.
Transparência
Por fim, mas não menos importante, a transparência é um dos benefícios que a estruturação de compliance traz para as companhias. Com foco em fraudes, combate à corrupção e lavagem de dinheiro, o repasse de informações confiáveis e análises apuradas é frequente.
Certamente, outros fatores são considerados por meio de políticas formalizadas, de modo a manter os padrões de conduta ética. Inclusive, disponibilizar um canal de denúncias com profissionais aptos para registrar e dar o andamento necessário, alimenta a cultura de compliance e traz um senso de responsabilidade para cada colaborador.
Assim, na criação ou na atualização de um código de conduta, todos os funcionários devem participar de um treinamento ou workshop para entender as regras convencionadas nas mais variadas frentes em que compliance atua.
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