Como aplicar a confiabilidade e manutenção industrial?

Confiabilidade e manutenção industrial são aspectos fundamentais para a melhora na produtividade de uma empresa. Aqui, explicamos como identificar essa necessidade e as estratégias para pôr em prática. Acompanhe!
Atualizado em: 22 de maio de 2023
Tempo de leitura: 6 minutos

Você já ouviu falar em confiabilidade e manutenção industrial? Essa prática consiste na execução de ações estratégicas para trazer mais qualidade, menos riscos de retrabalho e maior segurança no desempenho das tarefas nas indústrias.

Nesse cenário, a manutenção industrial se destina aos processos de conservação dos equipamentos e maquinários de uma organização. Já a confiabilidade, por sua vez, se refere à capacidade de um item desempenhar uma função sob condições específicas — em um intervalo de tempo determinado.

Mas afinal de contas, sua empresa sabe como alinhar esses dois conceitos? Pensando nisso, neste artigo vamos falar exatamente sobre esse tema. Acompanhe a leitura e entenda quando e como aplicar a confiabilidade e manutenção industrial no seu negócio!

Como saber se sua empresa precisa de confiabilidade e manutenção industrial?

Unir confiabilidade e manutenção industrial pode trazer incontáveis benefícios para uma organização. Isso se dá pois o foco nessas práticas permite encontrar pontos de melhoria nos processos. 

Assim, é possível aprimorar a produção. Consequentemente, a empresa consegue atingir maiores níveis de produtividade e qualidade em seu trabalho.

Mas como identificar se essa prática é necessária na sua empresa? Para isso, separamos 4 aspectos para analisar. São eles:

Alto índice de manutenção no maquinário

A sua organização lida, de forma recorrente, com a manutenção de máquinas e demais equipamentos que apresentam defeitos? Se a resposta for positiva, isso significa que pode existir uma lacuna no planejamento relacionada às checagens destes.

Um erro de muitas empresas é, justamente, esperar uma falha para buscar soluções. No entanto, em boa parte dos casos essas situações podem ser evitadas.

Essa prática, além trazer impactos negativos para produtividade do trabalho, também coloca em risco a saúde dos colaboradores que os utilizam. Por isso, caso os equipamentos apresentem falhas constantemente, é possível que as manutenções não estejam sendo executadas da forma correta. 

Outro aspecto a ser destacado é que, quanto mais reparos forem necessários, menor será a vida útil do equipamento. Portanto, é fundamental avaliar esse ponto na sua empresa. 

Além disso, ao checar os equipamentos de maneira regular, a empresa consegue uma redução de custos no longo prazo.

Custos de manutenção corresponde a 5% do RAV

O segundo ponto que indica a necessidade de praticar confiabilidade e manutenção industrial é o valor dos custos com manutenção. Assim, é preciso comparar este preço com o Replacement Asset Value (RAV) — ou valor de reposição do ativo, em português.

Se, por exemplo, o custo de manutenção for 5% do valor de um equipamento novo, a empresa está tendo prejuízos no longo prazo.  Por isso, o ideal é manter o controle sobre esses investimentos e fazer avaliações constantes nos valores.

Aqui, é importante definir um período para essa análise. Ela pode ser semestral ou mensal, conforme a realidade do seu negócio.

Dessa forma, como você entendeu, esse tópico se alinha com o que abordamos acima. Ou seja, quanto maior for o índice de reparos, maior será essa porcentagem.

No entanto, isso não significa que uma empresa não deve buscar equipamentos mais modernos. Esta atualização, inclusive, é sempre uma prática bem-vinda para as indústrias. 



A recomendação, na verdade, é que esse processo aconteça quando for algo estratégico para a empresa. Caso seja por necessidade após a quebra de uma máquina, isso passa a se configurar um custo, em vez de investimento.

Média baixa de tempo entre falhas

Uma média baixa entre as falhas é o terceiro aspecto nesse contexto. Assim, se forem frequentes as imprecisões que um aparelho apresenta, maior é o indicador de um erro no planejamento.

No entanto, é preciso seguir uma lógica nessa questão. É necessário, por exemplo, considerar apenas as falhas previsíveis — aquelas que poderiam ter sido identificadas com uma manutenção preventiva.

Nesse contexto, a empresa deve avaliar, também, o tempo que cada equipamento fica sem uso durante os reparos. Quanto maior este for, maior será a perda na produtividade, que poderá levar a atrasos no atendimento às demandas. 

Não executa manutenções regulares e programadas

O quarto e último ponto para avaliar na sua empresa é a falta de um planejamento de manutenções. Embora possa parecer óbvio, principalmente após os três pontos acima, destacar essa questão é fundamental.

Mesmo que um equipamento tenha uma baixa frequência de utilização, o desgaste irá acontecer. Por isso, é essencial que as empresas contem um planejamento de inspeções e manutenções.

Caso contrário, os reparos constantes continuarão sendo necessários. Assim, os impactos negativos nas finanças da sua organização podem ser consideráveis.

Por isso, para que a manutenção seja efetiva, o ponto principal são os procedimentos. Para alcançar a uniformidade das ações, eles precisam ser:

  • Bem definidos;
  • Efetivos;
  • Rotineiros;
  • Monitorados.

Dessa forma, ao identificar a recorrência das falhas e entender o histórico, é possível calcular a confiabilidade.

Nesse cenário, a junção das práticas de confiabilidade e manutenção industrial pode ser o que a sua empresa precisa para aperfeiçoar a operação e garantir a boa qualidade dos equipamentos. 

Como aplicar a estratégia de confiabilidade e manutenção industrial?

Como você viu, confiabilidade e manutenção industrial desempenham um papel importante em uma empresa. Mas, você sabe como colocar essa atividade em prática? 

Primeiramente, é preciso ter em mente que as rotinas e processos são variáveis de acordo com a empresa. Por isso, você deve adaptar as sugestões ao seu contexto. 

Por isso, separamos 5 dicas para você aplicar na realidade da sua organização. Acompanhe! 

1. Documente os processos 

Antes de mais nada, é preciso entender que aplicar modelos prontos em realidades diferentes não funciona. Ajustes são sempre necessários para adaptar o processo à circunstância em questão. 

Por isso, é fundamental conhecer muito bem o funcionamento da sua indústria. Assim, é preciso documentar de forma detalhada todos os processos

Esse é o primeiro passo para você que quer focar em confiabilidade e manutenção industrial. Afinal, essa ação possibilita que se realize uma série de tentativas, com falhas e sucessos registrados, que poderão ser consultados e analisados a qualquer momento. 

O motivo para isso é que o entendimento das rotinas organizacionais são o ponto de partida para determinar o processo de manutenção mais adequado. Dessa forma, será possível calcular a confiabilidade na gestão dos equipamentos.

2. Defina os tipos de manutenção

Existem três tipos de manutenção mais populares: 

  1. Corretiva;
  2. Preventiva;
  3. Preditiva

Em linhas gerais, a primeira adota uma estratégia reativa. Ou seja, busca a solução após o surgimento de problemas. Esta pode gerar mais custos. 

Já a segunda, por sua vez, segue as recomendações do fabricante. Esta pode ser um pouco mais arriscada, visto que o uso do maquinário é variável. 

Já a preditiva realiza um monitoramento contínuo. Geralmente, os próprios usuários do equipamento fazem esse controle — o qual  envolve a análise de dados de uso da máquina. 

Por isso, é preciso definir qual tipo se encaixa melhor ao seu cenário. A manutenção preditiva pode ser mais precisa, já que, além da força de trabalho humana, é essencial utilizar outros recursos. 

Com a disseminação do conceito de indústria 4.0, o uso das tecnologias vem sendo cada vez mais valioso e necessário. Uma vez que promove automatização e padronização de processos, menos falhas humanas, maior controle de qualidade e melhoria na produção. 

Isso tudo facilita e serve como apoio para garantir um bom nível de confiabilidade e manutenção industrial.

3. Registre o histórico das falhas

Apenas documentar os processos não é suficiente. É preciso que os resultados gerados a partir deles também sejam registrados.

A referência de falhas no maquinário da sua empresa deve ser da sua própria organização. Por isso, o histórico é tão importante.

Não é viável comparar a confiabilidade e manutenção industrial de equipamentos de uma empresa que utiliza os materiais de maneira e frequência completamente diferentes da sua — ainda que seja do mesmo setor. Isso porque a variabilidade do uso afeta diretamente a capacidade do maquinário desempenhar determinada função.

Portanto, crie seus parâmetros a partir das falhas que ocorrem no dia a dia. Inicie um monitoramento, observe padrões, registre comportamentos e realize testes. 

Desse modo, você conseguirá identificar qual a melhor maneira de atuar quando alguma irregularidade acontece.

4. Analise os resultados com base na confiabilidade e manutenção industrial

Dois pontos são muito importantes na hora de calcular a confiabilidade: o MTBF (mean time between failures), que é o tempo médio entre falhas dos equipamentos, e a taxa de falhas. 

O MTBF é a média aritmética entre as horas de bom funcionamento e o número de paradas para manutenção corretiva. Já a taxa de falhas é o inverso. 

Identificados esses dois valores, é possível utilizar uma fórmula para calcular a confiabilidade. Vejamos o exemplo abaixo:

A probabilidade do equipamento funcionar em perfeito estado nos próximos 120 dias é de 4,97%. O resultado do exemplo não é muito promissor. Nesse caso, analisando em conjunto a confiabilidade e a manutenção industrial, o indicado seria investir em uma manutenção preditiva.

5. Crie um checklist

Para manter a eficiência na gestão e alcançar a padronização dos processos, você pode fazer a aplicação de checklists. Com o auxílio do Checklist Fácil, você tem a possibilidade de construir e registrar os procedimentos rotineiros. 

A solução conta com duas funcionalidades capazes de otimizar toda a gestão de confiabilidade e manutenção industrial:

  • Relatórios;
  • Planos de ações.

Como o Checklist Fácil, por exemplo, é possível criar relatórios personalizados em tempo real. Dessa forma, a gestão consegue ter acesso às informações atualizadas que vão facilitar a tomada de decisões.

Já o plano de ação, por sua vez, vai atuar diretamente na resolução de situações que podem se tornar problemas. Dessa forma, sempre que algum tipo de não conformidade for encontrada, a equipe logo consegue buscar soluções.

Além disso, outra característica fundamental está na criação de planos de ação com obrigatoriedade de preenchimento. Ou seja, os colaboradores só conseguem avançar para a próxima etapa se cumprirem com a tarefa anterior.

Assim, minimizam-se as chances de erros ou problemas no maquinário por falta de manutenção. Consequentemente, a empresa cria um ambiente mais seguro para os colaboradores.

Aplicar a confiabilidade e a manutenção industrial pode ser um desafio no primeiro momento. Contudo, com uma estratégia adequada à realidade da sua empresa, esse processo se torna mais simples.

Então, que tal fazer como Unilever, Saint-Gobain, Natura, Heineken e várias outras empresas que já aprimoraram sua produção por meio do Checklist Fácil? Agende aqui uma demonstração gratuita da ferramenta e entenda todas as suas funcionalidades.

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