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PAE Plano de Atendimento a Emergência

O que é e como implementar o Plano de Atendimento a Emergência (PAE)?

Empresas que querem proteger seus colaboradores e suas instalações precisam atuar de maneira preventiva e implementar um Plano de Atendimento a Emergência (PAE).
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Atualizado em: 8 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 7 minutos

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Um Plano de Atendimento de Emergência (PAE) é um documento com a função de detalhar quais procedimentos devem ser seguidos durante uma ocorrência desse tipo. Inclui informações como orientações para evacuação de locais, primeiros socorros e contatos importantes, a fim de garantir respostas rápidas e seguras em momentos críticos.  

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O PAE, Plano de Atendimento a Emergência, é uma ferramenta que todas as empresas deveriam ter para prevenir-se contra situações de risco e proteger o time de colaboradores.

Independentemente do ramo de atuação, todas as empresas estão sujeitas a riscos. É algo inevitável, que pode acontecer a qualquer momento. No entanto, é possível  proteger as instalações e as pessoas que trabalham na empresa em situações emergenciais. Basta que a organização atue de maneira estratégica e preventiva.

O PAE, também conhecido como Plano de Atendimento a Emergência, Plano de Resposta a Emergência (PRE) ou Plano de Ação Emergencial, é um documento que estabelece procedimentos necessários para prevenir a empresa contra eventos de risco, sejam causados por incêndios, acidentes, desastres naturais ou outros imprevistos. 

Sua empresa já possui esse plano? Neste artigo explicamos mais detalhes sobre o que é o PAE, qual a sua importância e como implementar. Boa leitura!

O que é um Plano de Atendimento a Emergência?

O Plano de Atendimento a Emergência, Plano de Resposta a Emergência ou Plano de Ação Emergencial, nada mais é que um documento que define todas as ações e procedimentos necessários para a empresa realizar em situações de risco e emergências. Esse documento pode estabelecer rotas de fugas e áreas de refúgio, por exemplo, bem como métodos rápidos para comunicação ou até mesmo envio de alertas.

Embora situações emergenciais não façam parte da rotina empresarial, sinistros podem acontecer a qualquer momento e prejudicar seriamente as instituições. 

Imagine, por exemplo, que uma fábrica comporta um grande número de funcionários. Certo dia, um vendaval atinge o local e parte da construção cai sobre esses colaboradores. Por não ter um PAE, as pessoas que trabalhavam nesse dia não sabiam como atuar diante dessa situação e, devido a isso, o resgate e os bombeiros demoraram para chegar. 

Nesse caso, além de lidar com os impactos econômicos e financeiros gerados nas máquinas e edificações, a empresa ainda tem que responder questões legais envolvendo os funcionários que se feriram, e também se preocupar com a opinião do público (que pode não ser nada boa).  

Normas sobre o PAE

Cada empresa pode elaborar o documento com seus próprios procedimentos internos de saúde e segurança, mas existem algumas normas regulamentadoras padrão, que precisam ser integradas em qualquer PAE. São elas:

  • NR 1 – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO): o GRO compõe o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), e visa identificar, avaliar, classificar, eliminar ou minimizar cada um dos riscos do ambiente de trabalho. Ambos são obrigatórios para empresas e devem ser seguidos para proporcionar bem-estar, saúde e segurança aos trabalhadores;
  • NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): a NR 9 visa a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores através do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho;
  • NR 23 – Proteção contra incêndios: trata do uso dos equipamentos de combate ao incêndio, procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança e disposição de dispositivos de alarme;
  • NR 26 – Sinalização de Segurança: a NR 26 define o padrão de cores dos sinais de segurança, a fim de indicar zonas de perigo, organizar o local de trabalho e prevenir acidentes;

LEIA TAMBÉM | Normas Regulamentadoras atualizadas: Confira a lista com as 35 NRs

Qual é o objetivo do PAE?

O objetivo do PAE é certificar que a empresa e os seus trabalhadores saibam responder rapidamente às situações emergenciais. No entanto, o Plano de Atendimento a Emergência é muito mais abrangente que isso, desempenhando um papel importante para a empresa também:

  • Proteger a integridade física de seus trabalhadores;
  • Mitigar ao máximo os danos ambientais;
  • Resguardar o seu patrimônio;
  • Assegurar a continuidade das operações;
  • Evitar multas e penalidades

Qual é a importância do PAE?

O Plano de Atendimento a Emergência é indispensável para a empresa atuar de forma preventiva contra acidentes, incêndios, eventos naturais ou quaisquer outros sinistros que possam prejudicar o capital humano e patrimonial. Mas não é só isso. O documento também é necessário para a empresa minimizar ao máximo os impactos ambientais provenientes desses sinistros, tais como vazamentos de produtos químicos e poluição. 

Além disso, o PAE pode contribuir para a empresa cumprir com regras e normas regulamentadoras, e melhorar a sua imagem diante do público, uma vez que se mostra comprometida com o bem-estar de seus funcionários e demonstra mais responsabilidade socioambiental.

Vale dizer ainda que o Plano de Ação Emergencial também é importante porque ajuda a empresa na redução de custos, já que passa a ficar mais atenta ao modo de lidar com possíveis emergências e a minimizar os prejuízos financeiros.  

Como elaborar um Plano de Atendimento a Emergência?

Ao elaborar o Plano de Atendimento a Emergência, será preciso que a equipe responsável pela estruturação do plano acrescente uma série de informações, indicando os riscos ao qual a empresa está exposta e os procedimentos necessários para atuar em situações emergenciais. 

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Cada modelo de negócio possui suas próprias características e particularidades, como número de funcionários, tamanho das instalações e localidade. Portanto, a descrição desses riscos e das ações precisam corresponder unicamente à realidade da empresa. 

Pode ser que a equipe responsável utilize um plano pronto ou uma solução com um plano automatizado para ter um norte na construção do documento? Sim! Mas é importante alterar as informações de modo que elas atendam as necessidades da instituição. 

O que deve constar no documento?

  • Descrição dos riscos: a empresa deve indicar todos os riscos associados à sua atividade de negócio. Por exemplo: se trabalha com produtos químicos, é natural que haja exposição a riscos de vazamentos, incêndios, explosões e poluição ambiental. A APR (Análise Preliminar de Riscos) é uma técnica de avaliação dos riscos que pode ajudar;
  • Medidas preventivas: o documento também precisa constar todas as medidas preventivas que a empresa pretende adotar para minimizar esses riscos. Seguindo o exemplo dos produtos químicos, algumas dessas ações podem incluir: armazenamento adequado de produtos, e capacitação dos colaboradores para manusear os componentes de forma correta;
  • Funções e responsáveis: a empresa deve indicar ainda todos os profissionais que ficarão encarregados de estruturar e acionar o Plano de Ação Emergencial, bem como as suas principais responsabilidades e atribuições;
  • Procedimentos de emergência: o documento também deve constar todas as práticas que os colaboradores devem adotar, caso as situações emergenciais ocorram. Por exemplo: em um incêndio, como devem se comportar e se proteger? Quais órgãos acionar? Quais são as saídas de emergência? Quanto mais objetivo for a explicação, melhor. Os trabalhadores precisam compreender o que fazer e como fazer;
  • Avisos: a empresa também precisa indicar as formas com que as pessoas serão informadas sobre um sinistro. Sinalizadores, sirenes ou até mesmo a botões de pânico são alternativas interessantes para este objetivo; 
  • Treinamentos: o Plano de Atendimento a Emergência deve estabelecer também previsões de datas para a aplicação de cursos e treinamentos, a fim de manter os colaboradores atualizados e preparados para agir diante situações de risco. Caso algum funcionário não consiga participar do treinamento, é necessário definir uma nova data ou então inseri-lo em outro grupo que receberá treinamento. 

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Quem pode elaborar?

Como envolve o bem-estar, a saúde e a segurança dos trabalhadores, é muito importante que o PAE seja elaborado por uma equipe especializada que entenda da área, e que esteja apta a colocar o Plano de Ação Emergencial em prática. Mas isso não significa que outras partes não podem contribuir para a estruturação do documento. 

A equipe especializada na área de saúde e segurança do trabalho pode reunir todos os sócios, diretores e líderes de outros setores para apresentar as diretrizes e pedir sugestões para complementar o plano.  

Embora a estrutura e a implementação do Plano de Atendimento a Emergência seja desenvolvido por um grupo específico, o sucesso da aplicação vai depender de todas as partes envolvidas na empresa. Sócios, líderes, diretores e colaboradores precisam conhecer todos os procedimentos e saber como atuar diante de sinistros.  

Como implementar o PAE?

Após elaborar o documento, será preciso implementar o PAE e, para isso, a equipe responsável pela área deverá atuar da seguinte forma:

  • Fazer a divulgação do plano: a eficácia do Plano de Ação Emergencial vai depender da forma com que os procedimentos serão apresentados aos colaboradores. O documento precisa ser divulgado a todos e, ao mesmo tempo, ser de fácil compreensão e estar disponível para acesso em qualquer hora do dia;
  • Treinar os colaboradores: após divulgar o plano, será preciso preparar todos os colaboradores para agirem em situação de emergência. Para isso, a equipe responsável pela área deverá também oferecer treinamentos, cursos e capacitação técnica; 
  • Programar os exercícios de simulação: após receberem treinamentos, será necessário que os líderes e trabalhadores testem, na prática, todos os aprendizados obtidos com o treinamento. Assim, deve-se também programar exercícios de simulação, de modo que ocorram periodicamente e sem atrapalhar outras atividades.

Além dessas etapas, é importante que a equipe também mantenha uma boa comunicação com os colaboradores acerca das práticas para saúde e segurança do trabalho. O Diálogo Diário de Segurança é uma ferramenta que ajuda a garantir o cumprimento das normas de segurança do trabalho.

Acompanhar métricas também é uma excelente maneira de adotar medidas eficientes. Um dashboard de Saúde e Segurança no Trabalho, por exemplo, cumpre muito bem essa função:

A imagem mostra a simulação de um dashboard com indicadores de SST

LEIA MAIS | Saiba como realizar o DDS na sua empresa!

Quando revisar o PAE?

É natural que, com o passar do tempo, as necessidades da empresa mudem, e devido às mudanças, o Plano de Atendimento a Emergência precise de uma reformulação. 

Nesse sentido, o ideal é que a revisão ocorra a cada 12 meses porque após esse período, a equipe já terá implementado o PAE e identificado as principais falhas e erros, e necessidades de ajustes.

Claro que, se ocorrerem mudanças na legislação e nas normas regulamentadoras antes do fechamento de 12 meses, a equipe deverá antecipar a revisão e fazer as mudanças necessárias nas diretrizes. Se acontecer algum tipo de sinistro nesse período ou o quadro de funcionários sofrer alteração, também.  

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O Checklist Fácil é um sistema que foi desenvolvido para garantir maior eficiência operacional nas empresas. Por meio da solução, é possível:

  • Construir e aplicar checklists inteligentes;
  • Gerenciar não conformidades;
  • Controlar operações e agendamentos, em tempo real;
  • Utilizar modelos de planos de ação;
  • Reduzir o uso de papel e planilhas;
  • Centralizar as informações, diminuindo o envio de e-mails e mensagens;
  • Programar treinamentos;
  • Gerenciar todas as ações de SST.

Implementar Plano de Atendimento a Emergência pode exigir bastante tempo e dedicação por parte dos profissionais responsáveis, mas é uma ação necessária em qualquer negócio. Só assim as empresas conseguem se proteger contra situações de risco e proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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