O que é vistoria e quais são as suas principais aplicações?

Embora pareça um processo bastante comum, a vistoria é uma ação complexa que conta com distintas aplicações. Conheça os principais tipos e veja como a tecnologia otimiza essa tarefa!
Atualizado em: 24 de maio de 2023
Tempo de leitura: 7 minutos

Embora seja um termo comumente encontrado em diversos setores e para mais de um processo, a vistoria nem sempre é uma técnica de fácil interpretação, ou mesmo de implementação nas empresas – o que pode se tornar um grande desafio entre os gestores!

Ainda assim, nenhuma organização séria pode abrir mão da vistoria, uma vez que é por meio dela que são alcançadas as normas de qualidade estabelecidas, bem como especificações regulamentares.

Mas afinal, o que é vistoria e quais são as suas diferentes aplicações? O que a difere de outros termos tão parecidos, como inspeção e auditoria? É o que você vai descobrir com a leitura deste artigo. 

O que significa vistoria?

Segundo definição do dicionário Oxford Languages, vistoria nada mais é que um exame ou uma revista em alguém ou algo.

No ambiente organizacional, a vistoria pode ser entendida, portanto, como uma avaliação do estado de um objeto ou um lugar, a fim de habilitá-lo e garantir que ele tenha condições de executar o que se propõe.

A vistoria pode ser visual ou documental, servir para diversos setores e empresas e ser utilizado diferentes fins: seja garantir a segurança do trabalho ou mesmo fazer a transferência de um ativo, entre outros objetivos. 

Qual a diferença entre vistoria, inspeção e conceitos similares?

Como abordamos, existem diversos termos bastante semelhantes que muitas vezes são tratados como sinônimos de vistoria. Porém, no trabalho, possuem finalidades técnicas distintas, que vamos esclarecer a seguir: 

Inspeção

A inspeção é um tipo de análise. Nela, é feita uma listagem de itens para verificação, que buscam identificar se as condições exigidas para um determinado fim estão de acordo com o necessário para execução. Assim, se diferencia da vistoria em sua aplicação.

Afinal, enquanto a vistoria é a busca pela constatação do problema, a inspeção pode ser entendida como a análise desse problema. A vistoria é a revista, a procura por algo. Já a inspeção é o efeito de fiscalizar e examinar.

Em resumo, a inspeção é uma ação que está diretamente ligada à padronização de processos

Checagem

Em termos literais, a checagem está ligada estritamente ao efeito de checar, ou seja, de conferir alguma coisa. No aspecto empresarial, diz respeito ao processo de acompanhamento e conferência.

Lembra quando falamos que a inspeção envolve a listagem de fatores? Pois a essa listagem se dá o nome de checagem. É por meio dela que é possível avaliar se determinados processos obtiveram o efeito pretendido ou não. Isto é: se cumpriram o que se esperava deles.

A checagem é a terceira etapa do Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Act – planejar, fazer, checar, agir). Dessa maneira, é uma metodologia comumente utilizada nas empresas para avaliar soluções propostas na etapa de planejamento de ações, a fim de saber se atingiram o objetivo pretendido. 

Auditoria

A auditoria também é um tipo de análise, tal como a inspeção. No entanto, seu foco está na avaliação de tarefas, não só para saber se elas cumpriram com o que foi previamente estabelecido – como a inspeção também o faz – mas se elas ofereceram a eficácia desejada.

Assim, podemos concluir que a auditoria é o método de análise que visa a transparência no ambiente empresarial. É ela que evita que dados da operação sejam adulterados ou ocultados.

Existem dois tipos de auditoria, a saber:

  1. Auditoria Interna: Quando é realizada pela própria empresa em que se aplica o estudo. É feita por um setor específico e tem aspecto preventivo, ou seja, de prevenir problemas ao longo da operação;
  2. Auditoria Externa: Situação em que outra empresa ou profissionais independentes realizam a auditoria. Como não possuem qualquer ligação com o negócio a não ser o objetivo de analisá-lo, apresenta resultados mais isentos. Isso significa que tem um aspecto mais corretivo, orientado a identificação e mitigação de problemas.

Dessa maneira, atividades, técnicas, operações e procedimentos são o foco da auditoria.

Segundo a lei nº 11.638/2007, as empresas de grande porte devem passar por auditorias externas e independentes. A lei visa garantir que declarações financeiras feitas pela empresa estejam de acordo com a realidade. O mesmo também se aplica às instituições financeiras, como bancos e empresas de capital aberto. 

Perícia

Por fim, a perícia é uma visita ao local de estudo com o propósito de descobrir as causas de um problema. Trata-se de um método visual de análise, em que o perito deve avaliar o espaço.

Quando a causa do problema não está visível, o perito deve proceder com a remoção de partes que tornem aparente a causa. Essa remoção deve ser feita com bastante critério para não agravar o problema.

É por isso que a perícia é um procedimento feito a partir de planejamento prévio, o que também determina os procedimentos que devem ser utilizados, bem como quais profissionais estarão envolvidos, podendo ser das áreas mecânica, civil, eletrônica, TI, entre outras. 

Exemplos de vistorias

Voltando a tratar especificamente de vistorias, existem diversas aplicações desse método em diferentes frentes organizacionais e para fins distintos. Confira os mais comuns:

1. Vistoria veicular

É uma avaliação de veículos que compõem a frota da empresa. Ela é obrigatória para ônibus, vans, caminhões, carros, entre outros meios de transporte, que circulam pelo Brasil. A vistoria veicular é executada pelo DETRAN ou mesmo agências credenciadas.

Essa avaliação leva em conta fatores gerais do veículo, e verifica itens como:

  • Número de motor;
  • Chassi
  • Documentação; 
  • Equipamentos obrigatórios;
  • Itens de segurança.

Sua finalidade é a averiguação do estado do veículo e a autenticidade de sua documentação. É o que vai definir se o meio de transporte está em condições físicas para circular em segurança. 

Também serve para assegurar negociações em conformidade com a lei, uma vez que também é utilizada para avaliar documentações do bem.

A vistoria veicular pode ocorrer em 4 cenários, de acordo com o artigo 123 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Quando:

  1. Há transferência da propriedade do veículo;
  2. O proprietário muda de município;
  3. Alguma característica do veículo foi alterada;
  4. Há mudança na categoria do automóvel.  

Leia também: Como um checklist de vistoria veicular pode otimizar sua gestão de frotas?



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2. Vistoria de obra na construção civil

Aqui, a vistoria diz respeito à verificação dos principais pontos de uma construção. É a averiguação de processos inerentes a ela, e tem como objetivo identificar as condições de uma edificação, seja ela inteira ou parcialmente.

É a vistoria de obra na construção civil que assegura o correto controle de qualidade no empreendimento. Assim, serve para evitar acidentes, prevenir atrasos, certificar adequação a normas e leis, bem como auxiliar na contratação de seguro para a obra.

De acordo com a NBR 14653-1, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a vistoria é a “constatação local de fatos, mediante observações criteriosas em um bem e nos elementos e condições que o constituem ou o influenciam“.

A NBR 13.752 complementa este conceito, classificando-o como a “constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que a constituem“. 

Leia também: Saiba o que é inspeção de obras e porque ela é tão importante na construção civil

Quando fazer vistoria de obra?

Mas afinal, quais são os momentos em que é necessário realizar esse tipo de vistoria? Na verdade, existem diversas possibilidades para sua realização, por exemplo:

  • Pela construtora, antes da entrega da obra, com o propósito de se antecipar às vistorias de clientes, minimizando a identificação de problemas na hora do recebimento;
  • Contratadas diretamente por proprietários de um imóvel no recebimento da obra.

Nesse sentido, podemos entender que a vistoria de obra na construção civil envolve a elaboração de um laudo final, no qual constam as condições do ambiente vistoriado. Lembrando que pode ser feita tanto em obras prontas, bem como estruturas que ainda estão em construção. Ou seja, pode ocorrer a vistoria antecipada ou a cautelar.

Essa vistoria, portanto, pressupõe a constatação técnica para realização do relatório. Ela é bastante criteriosa e analisa as condições de um bem. 

3. Vistoria de segurança

Já essa vistoria é feita para a verificação da instalação e funcionamento de todo o sistema de prevenção e combate a incêndio. Também envolve a visita in loco na edificação, e prevê a geração de um relatório diagnóstico para as adequações que se mostrarem necessárias.

É utilizada em processos de segurança, por exemplo. 

Leia também: Por que o Checklist Fácil é o melhor software para segurança do trabalho?

4. Vistoria de imóvel

Diferentemente da vistoria de obra na construção civil, que possui foco na construção e entrega da obra em si, a vistoria de imóvel é feita em qualquer que seja o imóvel, antigo ou novo. Logo, acontece quando se precisa documentar detalhadamente e com rigor técnico o estado do imóvel.

Assim, é uma vistoria bastante utilizada no caso de imóveis alugados, uma vez que evita o descuido do inquilino, que precisa deixar o local nas mesmas condições de quando o recebeu.

A vistoria também é feita antes de sua chegada, visto que todas as partes envolvidas na negociação devem ter o conhecimento do estado em que o imóvel foi entregue. O laudo realizado geralmente é reconhecido pela imobiliária, locador ou locatário, e deve constar no contrato de compra, venda ou locação do imóvel.

Isso significa que não é só em casos de locação que a vistoria de imóvel é necessária. Empresas que pensam em fazer expansão de seus espaços, por exemplo, também precisam passar por ela.

Essa vistoria envolve uma série de averiguações minuciosas, inclusive da infraestrutura do imóvel – coisa que poucas organizações costumam se atentar. Consequentemente, costumam ter dores de cabeças quando a empresa decide deixar o imóvel, uma vez que o espaço pode ter sofrido com anos de problemas e vícios da operação.

O responsável por essa tarefa é o vistoriador, um profissional designado especialmente para essa tarefa. 

Leia também: Saiba tudo sobre inspeção predial: normas, como se preparar e muito mais

O que é avaliado na vistoria de imóvel?

Alguns pontos fundamentais que devem ser observados no imóvel são:

  • Revestimentos da parede e piso: São observadas rachaduras, azulejos e revestimentos em geral, bem como manchas, mofos, buracos e peças soltas. Falhas e falta de rejuntes também são analisadas;
  • Pintura externa e interna: Ambientes que ficam expostos à chuva e ao sol são minuciosamente analisados. Além disso, áreas úmidas, como cozinha e banheiro, também recebem atenção especial, a fim de verificar possíveis ondulações;
  • Fachada completa: Aqui, são vistoriadas a conservação e segurança do imóvel quanto às portas, portões, grades e janelas;
  • Sistema hidráulico: É a parte da vistoria que observa o funcionamento de descargas, torneiras, bem como a presença de gotejamentos ou entupimentos de ralos e canos;
  • Sistema elétrico: Assim como ocorre com o sistema hidráulico, também é preciso fazer uma busca por fios e cabos expostos, analisar interruptores e caixa de força. Dependendo da idade do imóvel, é possível que o sistema elétrico precise ser refeito.

Por que a tecnologia é essencial para realizar uma vistoria?

A vistoria é um procedimento que, quando feito de forma manual, exige muito mais esforço e tempo para ser executado. Além disso, pode gerar erros e retrabalhos, comprometendo sua eficiência.

É por isso que, hoje, empresas alinhadas com a inovação já utilizam softwares que possibilitam a customização de checklists conforme suas necessidades. Assim, facilitando vistorias operacionais em empresas.

Além disso, o uso de um checklist digital possibilita a geração de relatórios gerenciais e gráficos comparativos que auxiliam o controle interno da empresa e favorecem tomadas de decisão mais assertivas.

O acompanhamento da vistoria e a análise de resultados é simplificada, e fica à mão dos gestores envolvidos, uma vez que pode ser acessado via aplicativo, já que são armazenados em nuvem.  

Com o Checklist Fácil, por exemplo, é possível criar listas de verificação com todos os equipamentos ou veículos que devem ser vistoriados.

Trata-se de uma ferramenta que viabiliza a centralização dos dados. Dessa maneira, os gestores conseguem acompanhar o andamento da atividade e entender o cenário do seu negócio, gerando relatórios e acessando dashboards personalizados.

Uma funcionalidade incrível que ele oferece é o checklist por imagem, que permite ao vistoriador criar áreas no checklist utilizando uma imagem. Logo, ele aponta no próprio sistema quais pontos precisam ser vistoriados através desta fotografia. É uma forma de aplicar a tecnologia de forma visual, tão importante para se fazer uma eficiente vistoria.

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