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Profissional da indústria evitando riscos ergonômicos

Tudo sobre riscos ergonômicos: conceito, exemplos e como evitá-los

Saiba quais são e como controlar riscos ergonômicos no ambiente de trabalho para evitar problemas de saúde dos colaboradores.
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Atualizado em: 3 de dezembro de 2024
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Tempo de leitura: 5 minutos

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Riscos ergonômicos no ambiente de trabalho afetam a saúde devido a posturas inadequadas, esforços excessivos, movimentos repetitivos, monotonia ou condições físicas desfavoráveis, como iluminação ou mobiliário inadequado. Eles podem causar lesões musculoesqueléticas, dores e doenças ocupacionais, impactando negativamente a qualidade de vida dos trabalhadores e a produtividade da empresa. 

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Os riscos ergonômicos são fatores que afetam a saúde e o desempenho dos colaboradores no ambiente de trabalho. Estão relacionados a condições físicas inadequadas, como posturas incorretas e movimentos, que podem causar desconforto, lesões ou doenças ocupacionais ao longo do tempo. 

Por isso, identificar e gerenciar esses riscos não apenas contribui para o bem-estar dos funcionários, mas também aumenta a produtividade e reduz custos com afastamentos

Neste artigo, você encontrará um guia completo sobre os riscos ergonômicos, incluindo o conceito, exemplos práticos e as vantagens de implantar estratégias de prevenção na sua empresa. 

O que são riscos ergonômicos? 

Riscos ergonômicos são condições presentes no ambiente de trabalho que podem comprometer a saúde, a segurança e o desempenho dos trabalhadores devido a fatores relacionados à interação entre o ser humano e seu posto de trabalho. 

Esses riscos geralmente surgem de atividades ou situações que exigem esforço físico excessivo, postura inadequada, movimentos repetitivos, monotonia, ou até mesmo condições ambientais inadequadas, como iluminação ou mobiliário mal projetado. 

Desse modo, esses fatores podem levar a desconfortos, dores, lesões musculoesqueléticas e, em casos mais graves, doenças ocupacionais, como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).  

Além disso, os riscos ergonômicos podem impactar a produtividade e a qualidade de vida dos trabalhadores, sendo uma preocupação fundamental para as empresas que buscam garantir segurança e eficiência em suas operações. 

Quais são os riscos ergonômicos mais comuns? 

Os riscos ergonômicos podem surgir de diferentes situações no ambiente de trabalho. Conhecer os principais fatores de risco é essencial para identificar problemas e adotar medidas preventivas eficazes. A seguir, conheça os mais comuns: 

Postura inadequada 

Manter uma postura incorreta durante longos períodos é uma das principais causas de desconfortos e problemas musculoesqueléticos. Posturas inadequadas podem sobrecarregar articulações, músculos e a coluna, resultando em dores e lesões, como hérnia de disco.

Nesse sentido, ambientes mal projetados, com cadeiras e mesas de altura incompatível, são os maiores agravantes. 

Repetição de movimentos e esforço repetitivo 

A realização de movimentos contínuos e sem pausas adequadas é uma das maiores causas de LER/DORT. Atividades que exigem uso constante de determinadas articulações podem gerar inflamações, dor crônica e até incapacidade.

Portanto, é comum em funções como digitação, montagem de peças ou uso repetitivo de ferramentas. 

Iluminação 

A falta de iluminação adequada pode causar desconforto visual, fadiga e dores de cabeça, além de levar os trabalhadores a adotar posturas inadequadas para compensar a baixa visibilidade.

Dessa maneira, tanto a luz insuficiente quanto a excessiva são prejudiciais, afetando diretamente a saúde e o desempenho. 

Ritmo excessivo de trabalho 

Exigir que os colaboradores realizem tarefas em alta velocidade ou com prazos irrealistas aumenta a tensão física e mental.

Por isso, esse ritmo acelerado contribui para o surgimento de problemas musculoesqueléticos e estresse, além de prejudicar a qualidade do trabalho executado. 

Longas jornadas de trabalho e burnout 

Trabalhar por períodos prolongados, sem pausas adequadas, pode causar fadiga física e mental. Quando essa situação é frequente, há risco de esgotamento profissional, também conhecido como burnout.

Em consequência, esse estado pode levar a problemas de saúde, absenteísmo e queda no desempenho. 

Levantamento e manuseio de cargas 

O levantamento de pesos excessivos ou a execução incorreta dessas tarefas é uma das principais causas de lesões na coluna e nos músculos.

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Sendo assim, falta de treinamento e de equipamentos adequados agravam o risco, especialmente em segmentos que demandam esforço físico constante, como Logística e Construção civil. 

Como a ergonomia pode ser aplicada em diferentes segmentos? 

A aplicação da ergonomia varia conforme as necessidades específicas de cada setor, buscando sempre melhorar a segurança, a saúde e a produtividade dos trabalhadores. Confira exemplos de práticas em diferentes tipos de negócio

  • Indústria: ajuste de máquinas e equipamentos para evitar posturas inadequadas e repetitividade, junto à adoção de pausas programadas e rodízio de funções para reduzir a sobrecarga; 
  • Agronegócio: uso de ferramentas ergonômicas e equipamentos de proteção, e treinamento para adoção de posturas corretas em atividades como colheita e plantio; 
  • Construção civil: instalação de andaimes seguros e ferramentas com design ergonômico, com orientação sobre o manuseio correto de materiais pesados para evitar lesões; 
  • Serviços de limpeza: fornecimento de equipamentos leves e ajustáveis, como vassouras e rodos, além do planejamento de tarefas para evitar sobrecarga física; 
  • Comércio: organização do ambiente para evitar movimentos repetitivos e carregamento inadequado de mercadorias, utilizando bancadas e caixas com altura ajustável para evitar esforços desnecessários. 

Por que implementar ações ergonômicas? 

A implantação de ações ergonômicas traz benefícios tanto para os colaboradores quanto para a empresa. Isso pode ser feito, entre outras formas, com a aplicação de um checklist para ergonomia, como o exemplo da imagem a seguir:

Checklist para ergonomia

Confira os principais motivos para realizar esse controle nos tópicos abaixo. 

Valorização do colaborador 

Em primeiro lugar, demonstrar preocupação com o bem-estar dos trabalhadores aumenta a motivação, o engajamento e a satisfação no ambiente de trabalho. 

Redução do absenteísmo 

Ambientes ergonômicos diminuem o surgimento de doenças ocupacionais e lesões, resultando em menor número de afastamentos e interrupções nas atividades. 

Melhora dos custos com saúde 

Com menos casos de acidentes e doenças, a empresa reduz gastos relacionados a tratamentos médicos, indenizações e substituição de funcionários. 

Conformidade com a lei 

Investir em ergonomia atende às exigências legais e previne multas ou processos trabalhistas relacionados à saúde e segurança no trabalho. 

Reputação positiva 

Empresas que valorizam a saúde dos funcionários fortalecem sua imagem no mercado, atraindo talentos e construindo uma cultura organizacional sólida. 

Conformidade com a NR 17 

A adoção de medidas ergonômicas é essencial para atender à NR 17. A norma proposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece as diretrizes de ergonomia no ambiente de trabalho que devem ser seguidas pelas empresas brasileiras. 

Quais são os benefícios da ergonomia? 

A implementação da ergonomia no ambiente de trabalho traz vantagens significativas. Então, confira os principais benefícios

Aumento da produtividade 

Um ambiente ergonomicamente adequado proporciona conforto e eficiência, permitindo que os colaboradores desempenhem suas tarefas com mais agilidade e qualidade. 

Clima organizacional favorável 

A preocupação com a saúde dos funcionários melhora as relações internas, promovendo maior satisfação e colaboratividade entre as equipes. 

Menos riscos de acidentes e doenças ocupacionais 

A ergonomia reduz fatores que causam lesões musculoesqueléticas e outros problemas de saúde, promovendo a segurança no trabalho e prevenindo afastamentos. 

Redução no número de atrasos e faltas 

Com colaboradores mais saudáveis e motivados, há menor incidência de atrasos e ausências, garantindo continuidade nas operações. 

Para isso, uma ferramenta que ajuda a medir níveis de periculosidade de potenciais riscos à saúde e segurança do trabalhador é o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT)

O documento centraliza e detalha as informações referentes aos agentes de risco ocupacional, servindo como um registro que atesta circunstâncias insalubres de trabalho.   

Para auxiliar sua empresa, criamos um modelo de checklist gratuito de LTCAT, que traz, inclusive, uma aba dedicada ao monitoramento de riscos de ergonomia. Baixe agora! 

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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