A prevenção de acidentes é o conjunto de práticas e medidas para identificar e mitigar riscos no ambiente de trabalho, promovendo segurança para os colaboradores. Entre as ações mais comuns, estão treinamentos, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e cumprimento de normas de segurança.
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Você sabe por que as medidas de prevenção de acidentes do trabalho são tão importantes? Nós te contamos: a cada ano, no Brasil, pelo menos 600 mil pessoas sofrem acidentes de trabalho, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Esses acontecimentos podem resultar em lesões sérias, ferimentos e até mortes.
Além de prejudicar os funcionários, as empresas são impactadas com taxas de indenizações e/ou afastamento dos colaboradores. Por isso, a melhor forma de evitar todo esse doloroso processo é investindo em ações de segurança do trabalho.
Diferentes setores e funções precisam de atenção a esse tema. Nesse sentido, algumas sugestões podem ser de grande valor para manter parâmetros e medidas de proteção aos colaboradores.
A seguir, saiba a importância da prevenção de acidentes, orientações de segurança do trabalho e 13 dicas para promover um ambiente laboral seguro.
O que é prevenção de acidentes no trabalho?
A prevenção de acidentes no trabalho trata-se de um conjunto de medidas implementadas para reduzir riscos, danos físicos e emocionais, e até mesmo prevenir doenças ocupacionais aos profissionais de uma empresa. Tais medidas são baseadas nas normas de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) para promover um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Sendo assim, faz parte da função dos empregadores a implementação de iniciativas, junto à conscientização dos colaboradores e à busca por melhorias para a gestão de segurança eficaz. Executar tudo isso, portanto, garante que haja, de fato, a prevenção de possíveis acidentes nas rotinas laborais.
Tendo isso em vista, em 27 de julho é celebrado o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho. A data reforça a importância das práticas para redução de acidentes e doenças do trabalho que devem fazer parte das rotinas de empresas, empregados e toda a sociedade.
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Afinal, o que é acidente de trabalho?
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho ou em decorrência dele.
Vale reforçar, ainda, que há diferenças entre acidentes e incidentes de trabalho, o que pede atenção para que não haja confusões. Existem também as doenças ocupacionais, que, por sua vez, são divididas em duas categorias:
- Doenças do trabalho: ocasionados pelas características do ambiente de trabalho ou por condições de trabalho inadequadas.
- Doenças profissionais: são aquelas relacionadas às características das atividades exercidas por determinados profissionais.
Ademais, segundo a Lei nº 8.213 de 1991, os acidentes de trabalho podem provocar lesão corporal, redução ou perda funcional, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, e até a morte do empregado.
Nesse sentido, a CLT lista três tipos de acidente de trabalho:
1. Acidente de trabalho típico
O acidente de trabalho típico é aquele que ocorre dentro do expediente do colaborador, em seu local de trabalho ou nas dependências da empresa.
Podemos citar como exemplo aqueles acidentes gerados por erro humano involuntário, defeitos em maquinários, quedas na execução de trabalhos em altura (por descuidos com as medidas da NR 21, por exemplo), entre outros.
2. Acidente de trabalho atípico
Já o acidente de trabalho atípico está relacionado com doenças ocupacionais, por atividades repetitivas ou contaminação por algum agente químico, físico, biológico ou radioativo, por exemplo. Por esse motivo, documentos como o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT) são determinantes para prevenir qualquer tipo de problema.
3. Acidente de trajeto
Por último, existe ainda o acidente de trajeto ou percurso. Muita gente não sabe, mas a lei também considera acidente de trabalho aquele que se sucede durante a rota entre a residência do colaborador e a empresa, e vice-versa. Isso inclui também situações em que o colaborador está viajando pela empresa.
O acidente de trajeto pode acontecer em qualquer meio de transporte, inclusive se o trabalhador caminha até o local de trabalho.
Como prevenir acidentes identificando riscos ocupacionais?
Da mesma forma que existem diferentes tipos de acidente, os riscos também podem ser categorizados. Essa distinção é importante para analisá-los para encontrar as melhores medidas de prevenção, pois cada tipo de risco é ligado às atividades específicas de um trabalho.
Conheça a seguir os 5 principais tipos de riscos ocupacionais:
1. Riscos físicos
Os riscos físicos estão relacionados aos fatores presentes no ambiente de trabalho, especialmente aqueles que vêm da exposição a diferentes formas de energia. Alguns exemplos são ruídos excessivos, temperaturas extremas, vibrações, radiação e pressão.
A maioria possui uma limitação permitida descrita na NR 15, como máximo de ruído em decibéis. O uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) é essencial para minimizar os riscos físicos.
2. Riscos ergonômicos
Riscos ergonômicos são condições inadequadas de trabalho que têm relação com fatores físicos e fisiológicos. Postura incorreta, jornadas prolongadas, carregamento de peso excessivo e movimentos repetitivos são alguns exemplos de riscos ergonômicos, e podem causar problemas de saúde como lesões e problemas musculares.
Aqui, o uso de mobiliário ergonômico, realização de pausas regulares e definição de limites de peso são medidas importantes de prevenção. Em complemento a tudo isso, vale a pena conferir as diretrizes da NR 17 e o vídeo abaixo, sobre as tendências de ergonomia para um trabalho de qualidade:
3. Riscos biológicos
Riscos biológicos surgem a partir da exposição a microrganismos como bactérias, vírus, fungos, protozoários e parasitas, que podem causar doenças infecciosas.
Alguns tipos de ambientes são suscetíveis a ameaças desse tipo, como hospitais e laboratórios. Profissionais da área da limpeza também devem ter atenção a perigos como esses.
A prevenção, porém, varia muito de acordo com a atividade. De forma geral, o uso e higienização de EPIs, limpeza, organização e procedimentos padrão de segurança são medidas importantes.
4. Riscos químicos
Riscos químicos são causados por substâncias que podem ser absorvidas pelo organismo, seja por inalação, ingestão ou contato.
Em resumo, são associados ao armazenamento, exposição e manipulação de substâncias que podem afetar a saúde do trabalhador: agentes asfixiantes, tóxicos, cancerígenos e anestésicos são exemplos, além de gases, poeira e vapores.
O limite de exposição é determinado pelo nível de toxicidade de cada substância. A prevenção desse tipo de risco acontece por meio de ações como rotulagem correta dos recipientes, armazenamento seguro e equipamentos de emergência.
5. Riscos acidentais ou mecânicos
Risco acidental, também chamado de risco mecânico, é qualquer tipo de situação que represente ameaças: iluminação inadequada, maquinário sem manutenção, estruturas impróprias e uso incorreto de EPIs são alguns exemplos.
Qual a importância da prevenção de acidentes no ambiente de trabalho?
A prevenção de acidentes é muito importante para manter a saúde do trabalhador e a segurança do ambiente. Inclusive, a forma como ela é estruturada e o quanto se investe nisso, também impactam na credibilidade da empresa perante o mercado.
Portanto, tomar as medidas de prevenção e segurança necessárias para evitar acidentes é benéfico para todos os envolvidos na rotina. Faça isso a partir de uma Análise Preliminar de Riscos (APR) para evitar qualquer imprevisto, conforme explica o vídeo a seguir:
Em suma, é importante atender aos critérios de fiscalização, garantindo a integridade de toda a equipe.
Vale ressaltar que os procedimentos para a prevenção de acidentes devem ser atualizados periodicamente, ou seja, é necessária uma melhoria contínua. Isso porque sempre pode haver novos riscos e, também, alternativas inovadoras para evitá-los.
Quais são os benefícios de se prevenir acidentes laborais?
De todo modo, ao investir neste cuidado, sua empresa tem vários benefícios:
- Colaboradores satisfeitos;
- Clima organizacional agradável;
- Ambiente seguro;
- Preparo adequado para lidar com imprevistos;
- Cumprimento das normas regulamentadoras;
- Gerenciamento de riscos;
- Credibilidade no mercado;
- Fortalecimento da cultura de segurança;
- Redução de custos com acidentes.
Como já dissemos, as vantagens são inúmeras para todos os envolvidos. Aliás, isso pode, inclusive, impactar no engajamento dos trabalhadores para com a organização. Vamos entender melhor as responsabilidades das companhias nesse sentido?
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Qual é a relação entre prevenção de acidentes e atuação da CIPA?
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um órgão interno das empresas, totalmente voltado à saúde e segurança do trabalho. Está diretamente ligada à prevenção de acidentes laborais, já que tem como função promover treinamentos e campanhas de segurança, além de realizar inspeções, investigar ocorrências e propor medidas preventivas frente a riscos ocupacionais.
Regida pela NR 5, a CIPA é obrigatória dependendo do segmento e da quantidade de funcionários de uma organização. A atuação dessa comissão é extremamente importante na preservação da saúde e vida dos colaboradores, além de trazer muitos benefícios para a empresa, como:
- Melhores condições de trabalho;
- Mapeamento de riscos ocupacionais;
- Redução de acidentes;
- Conformidade com normas e regulamentos;
- Aumento da produtividade e motivação do time;
- Redução de custos relacionados a afastamentos e atestados;
- Criação e fortalecimento da cultura de segurança.
Qual o papel das empresas na saúde e na segurança do trabalho?
Investir em saúde e segurança do trabalho é o primeiro passo para prevenir acidentes de forma efetiva. Aliás, é fundamental destacar que os recursos para evitar os imprevistos têm custos e consequências muito menores do que lidar com tragédias.
E, certamente, não estamos falando apenas de orçamento. As organizações também são responsáveis pelo bem-estar dos profissionais que atuam no dia a dia. Por isso, o cuidado e o zelo com os recursos humanos são fundamentais.
Além disso, os funcionários precisam se sentir amparados e seguros no local de trabalho para que possam desempenhar suas funções de maneira satisfatória. Portanto, orientá-los quanto às exigências da legislação e da fiscalização demonstra que a empresa cumpre com os protocolos adequadamente e, de fato, preocupa-se com as equipes.
Neste sentido, o conjunto de 37 NRs, sendo 35 em vigor, atualmente, regulam e fornecem orientações acerca da segurança do trabalho, desde a aprovação da Portaria nº 3214, de 8 de junho de 1978.
Assim, todas as empresas brasileiras têm a obrigatoriedade de cumprir com o disposto pelas normas. Contudo, há exceções quando se refere àquelas regras que não se aplicam ao segmento de atuação da companhia.
Agora que você já entendeu a importância da prevenção de acidentes no trabalho e o papel das organizações nisso, vamos às dicas?
13 dicas para prevenção de acidentes e segurança do trabalho
Para usufruir de todos os benefícios que a prevenção de acidentes no trabalho pode promover, é válido seguir algumas práticas básicas. Por isso, selecionamos algumas ações para executar no dia a dia, da gestão ao quadro de colaboradores, com o objetivo de garantir o bem-estar e a integridade de toda a equipe. Confira!
1. Preze pela atenção no trabalho
Primeiramente, todo trabalho precisa ser feito com foco. Especialmente em cargos que envolvem riscos, é fundamental ter atenção nos fatores do ambiente que podem torná-lo perigoso.
No entanto, com cada vez mais recursos de distração, é importante determinar regras para a proteção do trabalhador junto à prioridade com suas obrigações. Conversas, celulares e até mesmo o cansaço podem expor o trabalhador a acidentes.
Por isso, o ideal é que esse funcionário conheça todos os elementos que oferecem ameaças à sua integridade. Dessa forma, é importante retomar todos esses aspectos ao contratar novos colaboradores e, também, em treinamentos de reciclagem.
2. Evite a exposição imprudente ao risco
Alguns acidentes podem acontecer por imprudência do trabalhador. Se alguma situação próxima a você demonstra perigo iminente, não se aproxime. Esse pensamento deve ser difundido por toda empresa para que, assim, se torne uma ideia ampla.
Além da responsabilidade da empresa de orientar, o funcionário também deve se preservar. Portanto, qualquer situação que possa trazer alguma ameaça, para si ou para os outros, precisa ser evitada.
O risco pode ser entendido quando calculado, fortalecendo a prevenção de acidentes. Algumas atividades profissionais pressupõem perigos, mas, nesses casos, o trabalhador tem recursos de proteção. Elas são exceção e não devem ser consideradas.
Sempre que for o caso, oriente as equipes a não acessarem locais sem autorização prévia. Os colaboradores também devem evitar proximidade a áreas e equipamentos sem treinamento qualificado, pois isso pode ter consequências graves.
3. Mantenha o local de trabalho limpo e organizado
Higiene e segurança no trabalho andam juntas! Muitos acidentes ocorrem por desorganização e falta de limpeza. Por exemplo: uma caixa deixada no caminho, uma ferramenta largada no chão, algum produto vazando pelo piso e outros desleixos podem custar caro. Quando esses descuidos se juntam à intensidade das rotinas de trabalho, o resultado pode ser perigoso.
O comprometimento por um local organizado e um ambiente limpo é dever de todos que o ocupam. O trabalho em equipe tem como resultado a mitigação de riscos, favorecendo espaços e condições em que todos podem transitar e atuar sem problemas.
Cabe aos gestores reforçarem essa importância e distribuir tarefas com a finalidade de manter a organização em dia. Ao padronizar esses processos, todos podem seguir os parâmetros.
4. Exija o uso de EPIs
Toda empresa é obrigada a fornecer todos e quaisquer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que se façam necessários na atuação, sem custo algum para o trabalhador. Assim, os funcionários terão diferentes demandas de proteção para realização de suas tarefas com segurança.
Por exemplo, cada trabalho executado tem parâmetros que exigem dispositivos específicos. Da mesma forma, uma vez que os equipamentos estejam em posse do colaborador, ele é obrigado a utilizá-los, assim como zelar pela integridade deles.
Inclusive, é muito importante para a empresa e seus colaboradores, os documentos de registro de entrega de EPIs. A partir disso, passa a ser responsabilidade de cada trabalhador usá-los durante a atuação.
A empresa tem o dever de fornecer e o direito de cobrar o uso de cada um deles. Entre esses equipamentos estão luvas, óculos, protetor de respiração, protetor auricular, cintos antiquedas, capacetes, botas, entre outros. É fundamental respeitar as exigências de cada atividade exercida.
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5. Incentive o cuidado em equipe
Promover ações de prevenção é um trabalho em equipe a todo momento. Por isso, é essencial que companheiros de trabalho cobrem e orientem uns aos outros, para evitar acidentes e situações de risco.
Um bom exemplo é com o uso dos EPIs. Um funcionário deve sempre lembrar e fiscalizar o outro para criar e alimentar essa cultura de segurança. Outra questão importante é evitar a realização de tarefas de forma isolada, especialmente, em áreas de risco.
O acompanhamento, seja de outro colega ou de um técnico de segurança do trabalho, é prudente e importante. Portanto, a premissa para todos os serviços sempre deve ser um cuidando do outro.
Para que isso funcione, é importante que a questão seja sempre abordada como uma forma de parceria entre companheiros de trabalho.
6. Comunique incidentes
Incidentes podem virar facilmente acidentes. Tudo que acontecer fora da normalidade deve ser comunicado aos superiores, ao setor de segurança do trabalho e, principalmente, no sistema do eSocial.
Normalmente, as empresas têm seus próprios procedimentos quanto aos registros de incidentes. Então, é fundamental segui-lo, já que cada experiência servirá de alerta a outras pessoas que se encontrarem na mesma situação.
Comunicar esses acontecimentos serve para chamar atenção, especialmente com relatórios de ocorrências, sobre situações que podem se repetir com outros trabalhadores. Assim, futuros problemas podem ser evitados de maneira simples, com a adoção de práticas de correção e prevenção.
Avisos sobre incidentes deve ser um hábito. Inclusive, quanto mais a empresa fica sabendo deles, mais poderá trabalhar de forma objetiva na extinção de riscos. Esse ciclo tende a resultar em um ambiente de trabalho cada vez mais seguro.
7. Divulgue ações da CIPA em relação à prevenção de acidentes
Como você já sabe, a CIPA tem a função de manter a segurança no trabalho, criar regras para a empresa e acompanhar a eficácia e cumprimento delas. Além disso, é quem dá apoio aos funcionários lesionados, acompanha seu afastamento e retorno ao trabalho e determina ações que possam isolar possíveis problemas.
A comissão cuida não só da saúde física dos funcionários, como também da saúde mental e bem-estar, fazendo campanhas de conscientização, feiras de saúde, promovendo atividades, gincanas e palestras.
Por isso, reforce as divulgações e estimule a participação das equipes em todas as iniciativas implementadas pela CIPA da empresa.
8. Use apenas máquinas de trabalho que passaram por revisão
Máquinas adequadas são uma forma de prezar pela prevenção de acidentes. Entretanto, nem sempre as empresas se preocupam com a rotina de manutenção correta.
A falta de tempo, o custo e a necessidade de usá-las em tarefas são fatores que causam esse problema. O colaborador, no entanto, não deve se arriscar.
Toda máquina precisa de cuidados e de revisão frequente. Se isso não acontece, ela está suscetível a curtos e ao mau funcionamento, o que pode gerar acidentes. Por essa razão, manter um cronograma e um planejamento de manutenção consistentes é a solução ideal para promover a segurança.
Afinal, nem sempre o problema se limitará a um trabalho executado de forma ruim, pois as consequências podem atingir o funcionário que está fazendo uso do maquinário.
9. Substitua ferramentas em más condições
As ferramentas também são itens que podem gerar problemas e devem entrar na rotina de prevenção de acidentes. Elas estão sujeitas ao desgaste natural do uso e do tempo, o que também pode colocar em risco quem as manuseia no cotidiano.
É fundamental que o colaborador deixe de usar aquelas que estão em más condições, principalmente as expostas aos impactos e intensidade, que podem gerar consequências ruins.
A quebra de um cabo, por exemplo, pode fazer com que o trabalhador perca o controle, resultando em algum choque contra seu próprio corpo. Ferimentos de diferentes níveis podem acontecer e tirar o funcionário da atividade.
Os colaboradores devem cobrar novas ferramentas e deixar de usar as que não apresentam mais condições. Quanto à empresa, cabe fiscalizar os equipamentos com inspeções regulares, providenciando trocas e reparos sempre que necessário.
10. Adeque as funções ao perfil das equipes
Trabalhadores não devem executar atividades para as quais não são treinados, especialmente, as que envolvem riscos. Aliás, muitas delas requerem treinamentos e cursos mais profundos, justamente o que qualifica colaboradores para executá-las.
Nesse sentido, praticar atividades específicas sem o devido treinamento é ilegal, pode causar acidentes e prejudicar a empresa. Certamente, o empregador não vai solicitar que um funcionário despreparado faça algo que não saiba.
Junto a isso, cabe também ao trabalhador não se arriscar fazendo tarefas que não são de sua competência. Portanto, caso o funcionário seja orientado a fazer algo que não sabe, deve procurar um superior ou um técnico de segurança de trabalho para informar que não tem a qualificação necessária.
11. Fiscalize as operações de máquinas
As boas práticas com máquinas vão desde a atenção ao executar trabalhos até o uso dos EPIs e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva). Muitas delas são cortantes, pesadas e têm outras características que, se não forem respeitadas, representam sérios riscos.
Cerca de 15% dos acidentes no Brasil tiveram como causa o uso incorreto de máquinas e equipamentos nos últimos anos, de acordo com a reprodução da tabela disponível no site do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho:
Portanto, é fundamental que o operador seja, primeiramente, qualificado para trabalhar com a máquina. Além disso, ele precisa ter toda atenção quando estiver operando, especialmente quando há outros trabalhadores por perto. As de grande porte envolvem riscos não só para quem as controla, mas também para quem está ao redor.
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12. Aposte em métodos precisos de checagem
Definir parâmetros para evitar acidentes laborais é apenas um passo, porque de nada adianta, por exemplo, documentar Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para as rotinas e instruir as equipes sem inspecionar o que, de fato, está sendo colocado em prática.
Por esse motivo, utilizar checklists para segurança do trabalho se configura em um método eficaz de supervisão das operações. Isso porque o acompanhamento, item por item, das atividades proporciona vantagens como:
- Precisão para identificar a causa raiz de um desvio;
- Histórico completo de registros operacionais;
- Garantia de que todos os procedimentos estão sendo cumpridos à risca.
13. Estabeleça ações corretivas no menor tempo possível
O tempo é valioso em qualquer negócio, mas é especialmente importante para ações de prevenção de acidentes de trabalho. Afinal, quanto mais rápido uma tratativa for implementada, menor será o tempo em que determinado risco permanecerá existindo.
Sendo assim, utilizar um software para segurança do trabalho é a melhor opção para proporcionar agilidade à transmissão de informações.
Com inspeções digitais, dados analisados em tempo real e alertas para notificação de não conformidades, gestores e equipes podem gerar planos de ação a tempo de extinguir ameaças detectadas ou procedimentos insuficientes.
Como prevenir acidentes com mapeamento e gerenciamento de riscos eficientes?
Identificar e avaliar os riscos do ambiente de trabalho é essencial para evitar que eles se tornem acidentes. Uma boa gestão de riscos não apenas cumpre exigências legais, mas também preserva a saúde e a integridade dos trabalhadores.
Por conseguinte, o mapeamento de riscos deve acontecer de forma frequente, por meio de inspeções regulares nos ambientes, equipamentos e processos das empresas. Segue um exemplo deste documento:
Dentro do mapeamento, é importante classificar os riscos de acordo com sua probabilidade de ocorrência e grau de periculosidade. Dessa forma, é possível priorizar as ações de prevenção e correção de maneira estratégica.
Realizando a documentação correta dos riscos, o processo de gestão é ainda mais eficaz. A partir disso, desenvolva checklists e planos de ação específicos para cada situação, incluindo medidas preventivas e corretivas. A partir disso, atribua responsabilidades claras para implementar e monitorar as ações. A participação da CIPA nesse contexto é essencial!
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Transforme o mapeamento de riscos em ações práticas de prevenção de acidentes
Promover treinamentos para os colaboradores também é um grande pilar da gestão de riscos. Afinal, de nada vale atualizar processos e ferramentas se o time não for capacitado para colocar em prática. Isso ajuda a criar e cultivar a cultura da segurança, implementando uma mentalidade proativa para que todos se sintam responsáveis na manutenção de um ambiente seguro e saudável.
Outro pilar são as auditorias. Verificações internas serão capazes de mostrar se as ações foram eficazes, se a segurança está realmente garantida no ambiente e se ajustes são necessários. Vale lembrar que esses ajustes também podem acontecer por fatores externos, como mudanças de tecnologia ou regulamentações.
A boa notícia é que auditar processos, itens e funcionários, por exemplo, é uma rotina que pode ser feita de forma fácil e automatizada por meio de checklists digitais.
Confira, no vídeo abaixo, um resumo de poucos minutos com várias dicas complementares a tudo que você leu até aqui neste artigo:
Como prevenir acidentes de trabalho com o Checklist Fácil?
O Checklist Fácil é um sistema completo para digitalizar e automatizar processos em qualquer tipo de negócio, e é ideal para ser aplicado no setor de segurança. Líder de mercado na América Latina, o sistema possui mais de 150 funcionalidades para aprimorar inspeções, padronizar procedimentos e estruturar a gestão de dados de Saúde e Segurança no Trabalho.
Entre os principais recursos, podemos destacar:
- Checklists inteligentes, com a configuração de diferentes tipos de resposta de acordo com as necessidade de cada operação;
- Assinatura digital, para atribuir reforço jurídico aos registros realizados;
- Uso offline para aplicações de checklists, viabilizando a digitalização de inspeções em áreas remotas ou com dificuldades de conexão com a internet;
- Workflows, permitindo a criação de fluxos de trabalho completos para integrar diferentes etapas e profissionais em um processo (muito usado, por exemplo, para investigação de ocorrências);
- Inclusão de mídias, para que você possa anexar fotos, vídeos e documentos em diversos formatos (Word, PowerPoint, PDF etc.) nas suas aplicações, facilitando, por exemplo, a elaboração de relatórios fotográficos;
- Plano de Ação automatizado, reduzindo ao máximo o tempo de planejamento e implementação de ações corretivas assim que um desvio é identificado.
Por fim, vale destacar ainda a possibilidade de integração com outros sistemas, enriquecendo a base de dados da sua operação com aplicativos como o Power BI. Com ele, você pode criar painéis de dados personalizados, monitorando todos os números que interessam à saúde e segurança da sua empresa, como no exemplo abaixo:
Resultados do Checklist Fácil: zero acidentes de trabalho
Grandes empresas confiam no Checklist Fácil e já conquistaram resultados de excelência na prevenção de acidentes por meio do uso do sistema. A Elastri Engenharia, por exemplo, é uma das maiores construtoras do Brasil e conseguiu erradicar as ocorrências em obras de grande complexidade, como empreendimentos de geração de energia renovável e edificações industriais.
Esse marco foi possível por conta de funcionalidades como Plano de Ação, Workflow, uso offline e integração com Power BI:
Assista ao case completo para entender em detalhes como o sistema colaborou para estabelecer uma operação segura na Elastri:
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Dúvidas frequentes sobre prevenção de acidentes de trabalho
Para fechar sua leitura com chave de outro, confira as respostas às perguntas mais comuns sobre como prevenir acidentes laborais.
Qual a importância da prevenção no ambiente de trabalho?
Prevenir ocorrências laborais é determinante para manter a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, afastando riscos tanto de acidentes quanto de doenças ocupacionais. Sendo assim, um ambiente seguro promove a saúde física e mental, adequando-se ainda às normas legais.
Quais são os cinco grupos de risco?
De acordo com a NR 9, os grupos de risco se referem às classificações de agentes nocivos à saúde no ambiente de trabalho. Entre eles, estão agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, agentes ergonômicos, e agentes mecânicos ou de acidente.
O que é um Plano de Prevenção de Acidentes de Trabalho?
O Plano de Prevenção de Acidentes de Trabalho é um registro de medidas e ações preventivas de controle de riscos no espaço laboral. Em geral, inclui procedimentos de segurança, treinamentos, programação de inspeções e orientações sobre equipamentos de proteção a serem utilizados.
Quais são os três tipos de acidentes de trabalho?
Os três principais tipos de acidentes de trabalho são o típico, o atípico e o de trajeto. Todos eles exigem medidas preventivas e protetivas, visando a integridade da saúde física e mental do trabalhador.