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pesquisa de satisfação interna

O que é e como fazer pesquisa de satisfação interna em 5 passos

O bem-estar dos colaboradores é fator importante para que a empresa obtenha excelência no mercado. Entenda como fazer uma pesquisa de satisfação interna.
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Atualizado em: 16 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 7 minutos

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Hoje, não é segredo que cuidar do bem-estar das pessoas colaboradoras é uma poderosa ferramenta estratégica para obter resultados cada vez melhores. Isso porque um clima positivo e um branding bem estruturado favorecem o alcance de metas, assim como evitam conflitos internos e externos. Para medir tudo isso, a pesquisa de satisfação interna é fundamental!

Já em 2015, o Great Place to Work listou empresas que aumentaram seus lucros e seu faturamento em 14% no ano. De acordo com o site, essas foram as empresas que apostaram no RH como um importante instrumento de negócio, e investiram na gestão de indicadores de desempenho, produtividade e satisfação do cliente.

Mas coletar informações sobre as pessoas colaboradoras e suas experiências não é assim tão simples. É necessário ter cuidado na gestão de dados, assim como também na aplicação em si. Aqui, você descobrirá tudo o que precisa saber para fazer pesquisa de satisfação de funcionários na indústria de modo eficiente. Boa leitura!

O que é a pesquisa de satisfação interna?

Uma pesquisa de satisfação no ambiente de trabalho nada mais é que uma forma de extrair dados que mostrarão qual é a realidade das pessoas colaboradoras como elas se sentem no dia a dia da empresa.

A partir desses resultados será possível analisar questões como clima organizacional e produtividade, uma vez que a pesquisa de satisfação interna pode revelar falhas e oportunidades de melhoria para a execução do próprio trabalho.

É o caso da avaliação dos equipamentos disponibilizados pela empresa, bem como instalações, benefícios e carga horária. Assim, também precisam de análise os fatores psicológicos, como pressões e assédios entre as pessoas colaboradoras ou mesmo em relação à chefia.

O resultado da pesquisa sinalizará ao RH quais melhorias devem ser aplicadas no meio corporativo para que o trabalho seja executado com maior eficiência, o que é vantajoso tanto para o colaborador como para a empresa.

Nesse sentido, a pesquisa de satisfação no ambiente de trabalho também é uma prática para a retenção de talentos. Afinal, se as descobertas gerarem sugestões de melhorias e ações positivas que visem trazer resultados para a companhia, é de interesse das duas partes prolongar esse vínculo.

Por que a pesquisa de satisfação interna é importante?

É interessante ressaltar que a pesquisa de satisfação interna não existe sozinha, isto é, não é independente de outras ações e tomadas de decisão da companhia. Afinal, tudo está conectado e pode contribuir para o clima organizacional.

Portanto, a pesquisa deve ser vista como uma das formas que as pessoas gestoras podem contar para executar mudanças na gestão de pessoas e na estratégia da própria empresa.

Muitas vezes, há esforços para aumentar a produtividade sem alterar drasticamente os custos da operação, e a pesquisa de satisfação se enquadra perfeitamente nesse cenário, ainda que nem sempre seja lembrada. É hora de mudar esse cenário! E é sobre isso que falaremos a seguir!

7 benefícios da pesquisa de satisfação interna para a indústria

Aqui, ressaltamos alguns dos efeitos práticos da pesquisa de satisfação interna. A saber:

1. Aumento da produtividade

Só com a aplicação da pesquisa, e pelo fato de se sentirem ouvidas e consideradas, já é possível notar uma mudança significativa na postura das pessoas colaboradoras. Isso porque, com a pesquisa, elas podem expressar suas preocupações e, mais importante ainda, refletir sobre os problemas que as incomodam.

Essas reflexões, bem como a exteriorização do problema, são importantes — e, muitas vezes, fazem com que aquilo que parecia impossível ou muito distante de se superar, tenha, na verdade, um caminho possível e próximo para a resolução.

2. Menor rotatividade

Quando se fala em retenção de talentos, se fala também em menor rotatividade de pessoas, o que também é um ganho e tanto para a indústria. Afinal, quando a força de trabalho é perdida, há impacto direto na operação, que trabalha abaixo do que poderia ser até uma nova contratação.

Isso resulta, principalmente, na perda de competitividade da empresa, o que é alarmante se considerarmos o acirrado mercado brasileiro.

Há também todos os custos referentes a rescisões, seleção de novos talentos e treinamentos, o que também se torna um problema da alta rotatividade.

Melhorar o clima e reter funcionários é um trabalho que começa com a pesquisa de satisfação interna.

3. Identificação de pontos de melhoria

Como falamos, sempre há aqueles problemas que nem sempre ficam tão evidentes para as lideranças e diretoria. Essa falta de transparência pode comprometer a operação de um jeito ou de outro, seja na produtividade, no clima, ou até na percepção que o mercado tem do seu negócio por meio de avaliações de ex-funcionários ou da comunidade local.

O fato é que nem sempre a chefia fica ciente daquilo que deve melhorar, e a pesquisa de satisfação interna é uma boa forma de descobrir, principalmente problemas mais complexos, que dificilmente os funcionários irão expor à sua liderança direta, mas se sentiriam confortáveis em uma ação promovida pelo RH.

4. Otimização da marca

Toda empresa deve levar em conta a reputação que tem no mercado, principalmente nos dias atuais, em que o modo de consumo está tão atrelado a valores imateriais além da qualidade do próprio produto.

Ser uma boa empresa para se trabalhar garante a imagem de uma organização que cuida, e que tem alta capacidade gerencial. Aliás, essas questões agregam muito ao consumidor e influenciam o crescimento do índice de satisfação de clientes. Portanto, é também uma questão de marketing!

 5. Aumenta investimentos

Falamos anteriormente sobre como a redução da rotatividade também reduz custos. Gastos com rescisões, recrutamentos e treinamentos também são minimizados quando há a aplicação da pesquisa de satisfação interna.

Manter essa estratégia na organização permite a aplicação desse dinheiro de forma mais coerente na operação.

Há ainda outro aspecto sobre a geração de investimentos que podemos abordar aqui: empresas com reputação positiva no mercado tendem a atrair mais investidores e bons parceiros de negócio.

6. Estabelecimento de uma cultura

Talvez na sua primeira aplicação de pesquisa de satisfação interna, o RH encontre muitas questões para tratar pela frente. É natural, afinal, há muitos problemas acumulados e que precisam ser tratados o quanto antes.

Com o tempo e a concretização de melhorias, as pesquisas de satisfação também começam a retornar resultados cada vez mais positivos, revelando um bom clima organizacional.

Em consequência de todos os esforços que começaram na pesquisa de satisfação, há a definição de uma cultura organizacional saudável e construtiva, resultando em pessoas colaboradoras motivadas que acreditam nos valores da empresa.

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 7. Maior integração entre áreas

Lembra-se quando abordamos a questão dos pontos de melhoria? Um dos principais problemas de comunicação nas empresas é a integração entre as áreas. Com a pesquisa de satisfação interna, essas lacunas podem ser preenchidas e os processos, antes falhos, passam a ser executados com maior sinergia.

Assim, não é exagero afirmar que a pesquisa de satisfação interna possibilita um desenvolvimento coletivo de toda a organização ao cruzar áreas e atividades para melhoria do dia a dia de todas as equipes.

Qual o momento certo para aplicar a pesquisa?

A pesquisa de satisfação é uma estratégia importante para as organizações e sua aplicação pode ocorrer em qualquer momento pela empresa que busca excelência em seus processos. No entanto, há alguns sintomas que podem alertar a organização de que é necessário realizar uma pesquisa com urgência.

A saber:

  • Aumento de faltas;
  • Descompromisso com horários;
  • Acidentes, afastamento e falhas de trabalho mais constantes;
  • Aumento nos pedidos de demissão;
  • Clima pesado nas relações internas;
  • Aumento de reclamação dos clientes.

Nesse sentido, se a sua empresa está sofrendo com mais de um desses problemas simultaneamente, é hora de investir na pesquisa de satisfação interna.

Como fazer uma pesquisa de satisfação interna

A realização de uma pesquisa de satisfação interna envolve pelo menos 5 passos para fechar seu ciclo, começando na elaboração da pesquisa e finalizando com o tratamento dos dados colhidos. A saber:

  1. Elaboração da pesquisa de satisfação
  2. Escolha da metodologia de aplicação
  3. Seleção das perguntas para a pesquisa de satisfação interna
  4. Aplicação da pesquisa
  5. Controle de dados

Vamos aos detalhamentos do passo a passo?

1. Elaborando a pesquisa de satisfação

Em primeiro lugar, o foco de sua pesquisa deve estar direcionado a um cenário futuro, visando aprimorar o ambiente de trabalho com o intuito de melhorar a produtividade e os resultados gerados.

A dica é elaborar a pesquisa com base nos assuntos interessantes para o público-alvo, pois os funcionários esperam alguma mudança após responderem as questões, criando uma expectativa com os resultados gerados.

É preciso explicar o motivo da pesquisa, assim como a importância da participação de todas as pessoas para que as mudanças esperadas sejam alcançadas.

2. Escolhendo a metodologia a ser aplicada

Existem algumas metodologias que podem (e devem) ser utilizadas na hora de aplicar a pesquisa. A mais simples é a Avaliação de Atributos Diretos,  utilizada para saber o nível de felicidade e satisfação através de notas e escalas. Na escala de Likert, por exemplo, é possível mensurar um atributo escolhendo uma nota entre 0 e 10.

 3. Selecionando as perguntas certas para a pesquisa de satisfação interna

É preciso alinhar as perguntas com o objetivo principal de sua pesquisa. Ou seja, as questões devem ser claras e objetivas e, acima de tudo, ter como objetivo uma aplicação futura a partir das respostas recolhidas.

Se o objetivo da pesquisa for saber o que os funcionários acham dos benefícios recebidos, por exemplo, uma pergunta pertinente seria:

Qual é o seu nível de satisfação com os benefícios oferecidos por nossa empresa?

a) Muito Satisfeito

b) Satisfeito

c) Neutro

d) Insatisfeito

e) Muito insatisfeito

Esse é um exemplo de questão direta em que é possível saber, de forma clara, qual é a opinião de seus funcionários acerca de um assunto em específico.

Já entre as perguntas que você pode adicionar em sua pesquisa, estão entre as principais:

  1. Você vê possibilidades de crescimento na empresa?
  2. Sente que há suporte para suas tarefas do dia a dia?
  3. Você se sente alinhado à cultura organizacional da empresa?
  4. Considera a sua função importante para a empresa?
  5. Seu trabalho traz segurança financeira?
  6. Você considera que consegue equilibrar sua vida pessoal e profissional?

4. Aplicando a pesquisa para as pessoas colaboradoras funcionários

A pesquisa de satisfação interna é um pouco diferente da pesquisa feita com clientes. A melhor forma de fazer com que seus funcionários respondam às questões é realizando uma reunião. Essa reunião irá informá-los da pesquisa, de qual seu objetivo e a importância das respostas.

Isso vai gerar uma expectativa positiva, e, a partir de então, será possível captar respostas sinceras e relevantes. Sempre informe a data em que os resultados serão divulgados. Isso mostra aos participantes que suas opiniões não só contam, como farão diferença dentro de seu ambiente de trabalho.

5. Fazendo o controle de dados

Uma excelente forma para obter uma maior taxa de aproveitamento de sua pesquisa, é utilizar um checklist para compilar os dados em tempo real. Como resultado, não será necessária a utilização de papéis e planilhas para implementar e colher as informações de sua pesquisa.

A Checklist Fácil, por exemplo, é uma excelente ferramenta para aplicação de formulários personalizados, que favorecem a análise qualitativa e quantitativa de forma automatizada, cujas informações ficam alocadas em nuvem em um único sistema. Assim, favorecendo a integração e padronização de informações.

Além disso, é possível gerar relatórios a partir dos dados colhidos, o que é determinante para análise de cenário e tomada de decisões a partir da pesquisa de satisfação interna.Precisa ter uma análise de resultados em tempo real dentro da sua organização?

Através de relatórios gerenciais dentro da Checklist Fácil, você pode acompanhar e comparar os resultados das avaliações realizadas de maneira simples e rápida. Agende uma demonstração e implemente a pesquisa de satisfação interna na sua empresa!

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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