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Profissional realizando a gestão de risco para se adequar à ISO 31000

ISO 31000: descubra o que é e qual a importância da norma de gestão de riscos

A ISO 31000 é conhecida como a norma da gestão de risco. Seu objetivo é evitar ameaças que prejudiquem a segurança do trabalho, preservando a vida dos colaboradores. Descubra aqui os principais detalhes da norma e sua importância!
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Atualizado em: 16 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 7 minutos

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Criar uma cultura de gestão e prevenção de riscos dentro da empresa pode ser desafiador. Para ajudar nesse processo de gestão de risco, as empresas se apoiam na ISO 31000.

Essa norma traz princípios e diretrizes para conduzir esse processo e define boas práticas que regem diferentes setores, auxiliando na implementação e no gerenciamento de ameaças.

Neste artigo, falaremos mais sobre a ISO 31000, o que é e quais são suas principais aplicações. Acompanhe a leitura e fique por dentro da norma de gestão de riscos!

O que é ISO 31000?

Muito se escuta falar sobre ISO, uma sigla em inglês para International Organization for Standardization, ou Organização Internacional de Padronizações. 

Ela tem como objetivo padronizar serviços e produtos usando normas internacionais, visando a melhoria contínua dos processos. No Brasil, ela é representada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A ISO 31000, especificamente, é a Norma Internacional da Gestão de Risco, e fornece instruções para que as empresas desenvolvam seu processo de gerenciamento de riscos.

Ela traz uma abordagem mais geral para ser aplicada por diversas organizações, independentemente do setor e do tamanho, para qualquer tipo de risco.

Inclusive, essa norma também é útil para empresas que já possuem processos de gestão de risco. Afinal de contas, ela é uma ferramenta de referência para orientar decisões, o planejamento estratégico e o manejo correto dos riscos. 

Lembrando que não existe certificação ISO 31000, ela funciona apenas como um apoio ao processo de gerenciamento de riscos e adequações para obtenção do selo com a ISO 9001, que confere mais confiabilidade à empresa.

Qual o objetivo da ISO 31000?

Agora que você já sabe o que é ISO 31000, é importante entender o objetivo da sua criação: garantir a segurança e a saúde no ambiente de trabalho. Ela tem como objetivo orientar as empresas para fazer uma análise preliminar de riscos e ameaças em seu ambiente.

Ela sintetiza de forma prática a estrutura, os princípios e o processo de uma gestão de risco eficiente e eficaz. Dessa forma, dá o direcionamento para as empresas que já possuem um sistema de gestão de riscos implementado e desejam fazer uma análise minuciosa, e para aquelas que ainda não implementaram.

O objetivo da ISO 31000 é uniformizar os processos, criando padrões de segurança exigidos pelo mercado. Dessa forma, fica mais fácil saber o que é ou não tolerável e auxiliar na criação de um ambiente com menor quantidade de doenças e acidentes de trabalho.

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Análise de riscos nas empresas

A análise de risco deve ser feita em todos os tipos de negócios, não importa qual seja o segmento. Ela é essencial para que as empresas estejam preparadas para imprevistos e permite que as expectativas sejam alcançadas. Além disso, ela evita os seguintes tipos de risco, como:

  • Riscos estratégicos: referentes à posição da empresa em relação ao produto/serviço, oscilações do mercado, concorrentes e afins;
  • Riscos financeiros: são os que afetam o fluxo de caixa e a lucratividade, podendo interferir na saúde financeira da organização;
  • Riscos operacionais: são aqueles que impactam a operação e podem levar a altas perdas para a organização, como problemas no maquinário;
  • Riscos de conformidade: a conformidade, também conhecida como compliance, reúne leis e normas pertinentes ao setor de atuação. Deixar de cumprir a legislação leva a punições;
  • Riscos cibernéticos: se referem a tudo que envolve dados e sistemas, podendo acarretar perdas financeiras e impactos na imagem.

Por isso, a elaboração de uma matriz de risco é tão importante. Além de gerar um ambiente seguro para os funcionários, ela também melhora os processos da empresa, a sua reputação e ajuda a antecipar e diminuir esses impactos.

Princípios da gestão de riscos

A ISO 31000 lista uma série de princípios que vão orientar a gestão de risco. Eles são essenciais para alcançar a eficácia e o sucesso da organização. E, embora essa abordagem possa ser personalizada conforme o ramo, ela não pode se distanciar muito deles.

Em sua sessão 4, a ISO traz os seguintes pilares para uma gestão de risco eficaz:

  • Integrada: a gestão de risco deve integrar todos os processos da empresa, fazer parte da cultura organizacional;
  • Estruturada e abrangente: precisa ter processos e etapas claras para cobrir todos os tipos de risco;
  • Personalizada: precisa se adaptar ao contexto interno e externo de negócio;
  • Inclusiva: as partes interessadas precisam ser incluídas na gestão de risco, para aumentar a conscientização e compreensão das ameaças;
  • Dinâmica: é capaz de se adaptar às mudanças no contexto externo e interno da organização, além de prever, detectar, reconhecer e responder a essas mudanças;
  • Melhor informação disponível: deve ser fundamentada em informações históricas e atuais, levando em conta as projeções futuras. A informação precisa estar disponível e ser clara para as partes interessadas;
  • Fatores humanos e culturais: o comportamento das pessoas e a cultura organizacional impactam significativamente na gestão de riscos, por isso, devem ser levados em conta;
  • Melhoria contínua: por meio da aprendizagem e da experiência, as organizações devem buscar continuamente a melhoria.

Estrutura da gestão de riscos

A estruturação da gestão de riscos com base na ISO 31000 pretende dar suporte às empresas para que se adaptem e consigam implementar as mudanças no processo.

Presente na seção 5 da norma ISO 31000, essa é a estrutura ideal para realizar gestão de riscos na governança e outras atividades da organização, com o apoio de todos os setores interessados, inclusive da alta administração.

Ao todo são 5 etapas que se dividem em:

1. Liderança e comprometimento

Envolve o compromisso da liderança, ou Alta Administração em criar e manter um ambiente favorável à gestão de riscos. Partirá da liderança as políticas e objetivos da gestão de risco, pertinentes à cultura e aos objetivos da empresa e das regulações.

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2. Integração

A gestão de risco deve ser incorporada em todos os níveis, desde o estratégico até o operacional, e estar presente em todos os departamentos e funções, uma vez que todos têm a responsabilidade em gerenciar os riscos. 

3. Concepção

É uma das etapas mais extensas da estrutura da ISO 31000 e envolve estabelecer o contexto em que ocorrerá a gestão de risco. Para isso, ela mostra que a empresa precisa:

  • Entender o contexto interno e externo;
  • Articular o compromisso com a gestão de risco: pode ser uma política da empresa ou uma declaração, formulada pela Alta Administração;
  • Atribuir papéis organizacionais, responsabilidades, autoridades e responsabilizações;
  • Alocar recursos;
  • Estabelecer comunicação e consulta.

4. Implementação

É a etapa de execução propriamente dita, a aplicação prática da gestão de riscos, com engajamento e conscientização das partes interessadas.

5. Avaliação

É a etapa em que a organização vai comparar os resultados da análise de risco com os critérios pré-estabelecidos, para determinar quais ameaças precisam ser tratadas.

6. Melhoria 

Melhorar continuamente é essencial para a gestão de riscos. Para isso, a empresa precisa estar preparada para se adaptar e otimizar seus processos com base no que foi aprendido e nas oscilações dos ambientes interno e externo.

Processo de gestão de riscos

Em sua seção 6, a ISO 31000 mostra uma estrutura padronizada para o fluxo da gestão de riscos, que deve ser adaptado de acordo com cada contexto organizacional.

1. Escopo, contexto e critérios

  • Definição do escopo: como o processo pode ser aplicado em diversos níveis, é importante definir os objetivos que serão considerados e seu alinhamento com os objetivos da empresa;
  • Contexto externo e interno: é preciso compreender o ambiente em que a organização se insere e opera, para estabelecer o contexto do processo de gestão de risco;
  • Definição dos critérios de risco: a empresa precisa ter ciência e especificar a quantidade de risco que pode assumir ou não, em relação a seus objetivos. Esses critérios devem ser continuamente analisados e alterados.

2. Processo de avaliação de riscos

Dividido em 3 etapas:

  • Identificação do risco: encontrar, reconhecer e descrever riscos que podem auxiliar ou atrapalhar a organização a alcançar seus objetivos;
  • Análise de riscos: visa entender a natureza do risco e suas características, como o nível do risco. Envolve a consideração de incertezas, fontes de risco, consequências, probabilidade, eventos, cenários, controle e sua eficácia;
  • Avaliação de riscos: visa apoiar decisões e envolve a comparação dos resultados da análise de riscos com critérios estabelecidos para determinar onde uma ação será necessária.

3. Tratamento de riscos

Tem como finalidade selecionar e implementar opções para abordar riscos e envolve:

  • Selecionar opções de tratamento de riscos: balancear os benefícios em relação ao alcance dos objetivos, face aos custos, esforço ou desvantagens da execução;
  • Preparar e executar os planos de tratamento de riscos: avaliar como as opções de tratamento selecionadas serão executadas de modo que todos os envolvidos entendam o processo e o progresso possa ser controlado.

4. Monitoramento e análise crítica

Tem como propósito garantir e melhorar a qualidade do processo, e deve ser realizada em todos os estágios. Monitoramento e análise crítica envolvem planejamento, coleta e análise de informações, registro dos resultados e retorno.

5. Registro e relato

O registro do processo por meio de documentações é muito importante para uma boa comunicação na organização, para ter informações que vão guiar a tomada de decisões e melhorar as atividades de gestão de risco.

Quais as vantagens de aplicar os princípios da ISO 31000?

Independentemente do tamanho da sua empresa, o gerenciamento de riscos pode trazer vários benefícios, entre eles:

  • Identificação dinâmica de riscos: permite que a empresa identifique de forma proativa as ameaças e oportunidades para se antecipar e tomar medidas preventivas para que eles não se tornem crises;
  • Tomada de decisão com direcionamento: com ela, os líderes podem ter acesso a análises dos riscos que enfrentam, pensar em alternativas, definir estratégias e priorizar investimentos e isso reduz a incerteza;
  • Melhora a segurança da organização: permite identificar riscos de segurança e implementar medidas de prevenção, como um checklist para segurança do trabalho, reduzindo os acidentes e a probabilidade de doenças ocupacionais;
  • Melhora a reputação: com processos bem estruturados, a empresa mostra que tem responsabilidade e compromisso com a conformidade, e isso melhora a sua reputação perante clientes, reguladores e investidores;
  • Alinhamento com normas internacionais e requisitos legais: ela ajuda a empresa a se adequar aos critérios de conformidade, garantindo a qualidade e padronização dos processos;
  • Melhoria nos processos operacionais: com a padronização e fluxos de trabalho bem estabelecidos, é possível prever erros, perdas, ter mais eficiência e melhorar o ambiente, evitando doenças e acidentes.

Como aplicar o processo de gestão de riscos baseado na ISO 31000?

A ISO 31000 pode ser aplicada na empresa em diferentes momentos para melhorar a governança corporativa, diminuir os riscos operacionais e criar um melhor ambiente interno, com mais segurança ocupacional.

No entanto, essas adequações da ISO 31000 são geralmente feitas quando existem ajustes dos objetivos e metas da empresa, quando ocorrem mudanças nos riscos externos e internos, ou quando ela precisa se adequar a normas relacionadas à segurança do trabalho

Nesse contexto, a empresa precisará se adaptar às mudanças, o que inclui um estudo detalhado da norma, criação de um plano de ação para mapear os riscos e adaptar as operações, com novas regras e decisões da Alta Administração.

Com o Checklist Fácil a adequação e manutenção das novas regras na operação se tornam mais fáceis e dinâmicas. O software ajuda a otimizar a rotina de segurança, auxiliando na avaliação de riscos externos, inspeção de equipamentos, e ambiente.

A ferramenta também permite a criação de listas de verificação por setor ou atividades, com agendamento de checagens. Esse processo pode ser configurado para se tornar periódico a fim de que as ações sejam realizadas continuamente.

O software também permite criar checklist específicos e destinar os responsáveis pela atividade, além de permitir a verificação por meio de aplicativo, facilitando a comunicação.

Além disso, com o Checklist Fácil, você concentra todos os dados em um único local, criando dashboards personalizados para acompanhar os indicadores, facilitando a tomada de decisões e o controle dos processos. Agende uma demonstração gratuita do Checklist Fácil com a nossa equipe de especialistas e descubra como otimizar a gestão de risco na sua empresa!

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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