O Diagrama de Espaguete é um método para mapeamento de processos cujo objetivo é analisar fluxos de trabalho para encontrar desperdícios e ineficiências. É uma representação gráfica que utiliza linhas que se sobrepassam, lembrando os fios do macarrão. Assim, é possível observar movimentos redundantes e pontos de melhoria para simplificar processos e aumentar a eficiência.
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O Diagrama de Espaguete é uma ferramenta muito utilizada para verificar onde estão ocorrendo desperdícios de tempo e recursos nos processos internos de uma planta industrial ou empresarial.
Essa metodologia é muito útil porque auxilia no mapeamento das movimentações de pessoas e equipamentos, verificando onde acontecem atrasos, repetições e gargalos no percurso percorrido em cada atividade.
Com a criação deste diagrama, é possível medir a eficiência com que as tarefas são executadas e onde há possibilidades de melhorias, com mudanças no layout dos setores. Siga a sua leitura e entenda o porquê deste nome e como aplicá-lo para melhores resultados de produtividade.
O que é diagrama de espaguete?
Como já diz o nome, diagrama de espaguete é a representação gráfica de um fato, através de linhas que se sobrepassam, criando um desenho confuso, que lembra visualmente os fios de massa da famosa comida italiana.
Este diagrama faz parte da metodologia Lean Manufacturing, e é uma ferramenta essencial para descobrir onde podem estar ocorrendo desperdícios de tempo nos processos internos.
Reconhecido como sistema Toyota de manufatura, o Lean Manufacturing é uma metodologia ágil de gestão de processos, que visa tornar mais rápidas e enxutas as atividades de produção industrial.
Por meio do diagrama de espaguete, é possível visualizar como movimentos de pessoas, mercadorias ou materiais durante as atividades e tarefas podem estar consumindo mais tempo que o necessário.
Imagine a seguinte situação: o setor de compras fica em um andar e o financeiro em outro, estando ligados por um corredor longo, em posições opostas.
Para liberar uma compra, com assinatura do gestor financeiro, o funcionário precisará caminhar vários metros, subir escadas e percorrer o corredor todo até chegar no outro setor. Fazendo com que perca tempo e se desgaste, principalmente se tiver que fazer o mesmo trajeto várias vezes ao dia.
Com um diagrama de espaguete será possível verificar o tempo perdido neste percurso e a quantidade de vezes que o funcionário precisa percorrê-lo. Concluindo que, se um setor ficasse mais próximo a outro, ele faria sua atividade de forma mais rápida.
Esse é um exemplo simples. Agora, imagine um chão de fábrica, com fluxo de funcionários e carrinhos de transporte de carga, circulando ao mesmo tempo?
Se não houver uma ordem, uma sequência lógica, poderão ocorrer engarrafamentos e gargalos contraproducentes.
Assim, fazer um bom diagrama de espaguete é essencial para a otimização do layout e organização dos processos.
Para que serve o diagrama de espaguete?
Conforme comentado, o diagrama de espaguete serve para analisar onde e porque está acontecendo desperdícios e perdas dentro de uma empresa ou setor específico.
Quando se faz um diagrama desses, traçam-se linhas sobre uma planta baixa do local a ser analisado, representando todos os movimentos realizados por determinada pessoa ou equipamento dentro de um sistema de produção.
Após um acompanhamento contínuo, quando analisadas no final, essas linhas parecem uma massa de espaguete, toda enrolada.Quanto mais enroladas e perpassadas as linhas, mais tempo está sendo perdido.
Assim, o diagrama de espaguete visa encontrar movimentações desnecessárias, para a execução de tarefas.
Além de verificar as perdas que possam estar ocorrendo por ineficácia da planta, essa ferramenta auxilia os gestores a rearranjar o layout industrial, por exemplo, para ganhar tempo e eficiência.
Esse rearranjo pode vir a encurtar distâncias ou ordenar setores e equipamentos para que as tarefas sejam executadas de forma mais rápida.
Conheça alguns problemas que o diagrama de espaguete ajuda a evitar
Ao reduzir os desperdícios de tempo e melhorar a eficiência, o diagrama de espaguete evita:
- Fadiga de colaboradores e máquinas por execução repetitiva de processos longos e mal distribuídos;
- Estresse da equipe, que às vezes fica parada aguardando materiais ou pessoas;
- Engarrafamentos de carrinhos de transporte de cargas;
- Gargalos, com mais de um funcionário esperando pelo mesmo processo, no mesmo momento;
- Riscos de acidentes de trabalho.
Qual a importância dessa ferramenta para as empresas?
O diagrama de espaguete é muito importante porque, ao levantar eventos de tempo sendo desperdiçado, mostra aos gestores onde estão acontecendo perdas para a empresa, oportunizando melhorias.
Esses pequenos desperdícios drenam o lucro aos poucos e, muitas vezes, são o “calcanhar de Aquiles” de algumas indústrias. Ao encontrar essas situações e buscar soluções viáveis, otimizando processos, logo é percebido um aumento da produtividade em toda a operação.
Assim, menos tempo perdido é igual a melhor qualidade de produtos e serviços. E, consequentemente, maior a competitividade para a empresa, que poderá buscar melhores negócios no mercado.
Principais benefícios do diagrama de espaguete
Os benefícios do diagrama de espaguete são muitos e podem ser mensurados em números na contabilidade da empresa.
Alguns dos principais benefícios são:
- Aumento na produtividade, eliminando tarefas repetitivas;
- Agilidade nos processos;
- Organização lógica dos procedimentos;
- Padronização de processos;
- Aumento de performance da equipe;
- Aumento de lucro para a empresa;
- Segurança no trabalho de todos.
Parece incrível, mas, sim, essa ferramenta pode revolucionar seu processo produtivo!
Veja o passo a passo para elaborar um diagrama de espaguete
O diagrama de espaguete pode ser elaborado em uma simples folha de papel A3, desenhado à mão ou em um software para criação de plantas baixas, do tipo CAD.
Ele será feito traçando linhas coloridas e contínuas, representando o processo a ser analisado, sobre a planta baixa do local analisado.
Para isso, siga nosso passo a passo para implementar as análises pós-diagrama:
Passo 1: Escolha um ou mais processos para analisar
As empresas e indústrias possuem inúmeros processos em seu dia a dia, até entregar seu produto final.
Assim, você até poderá desenhar mais de um processo sobre a mesma planta, desde que em cores diferentes, para não confundir os processos. Desenhando mais de um, você poderá ver onde as atividades se intercruzam, causando paradas desnecessárias.
Assim, escolha a movimentação que vai desenhar primeiro, avaliando o quanto uma mudança poderá agregar valor para a empresa.
Passo 2: Tenha a planta baixa em mãos
Localize a planta baixa do local onde a movimentação a ser analisada acontece e faça uma cópia.
Caso não tenha ou não encontre, faça um desenho da planta baixa em um papel A3, de preferência nas proporções corretas, para que a noção de distância seja o mais exata possível.
Como comentado, esse desenho pode ser feito a mão ou com a ajuda de um software CAD.
Passo 3: Fique atento aos movimentos
Essa é a hora em que o funcionário ou o equipamento deverá ser movimentado no processo escolhido. Observar como acontece essa movimentação no percurso atual e cronometrar os tempos de deslocamento são procedimentos essenciais.
Para isso, você pode fazer in loco, gravar um vídeo do processo ou utilizar imagens de câmeras de vigilância para ser mais fidedigno.
Veja bem como e por onde se deslocam, anote os tempos numa planilha ou em um sistema de checklist.
Passo 4: Desenhe sobre a planta
Hora da canetinha na mão. Desenhe sobre a planta baixa o percurso percorrido dos processos escolhidos.
Provavelmente, você verá que os traços ficam mais grossos em alguns pontos, mostrando repetição de percurso. Caso a tarefa não necessite de repetição de percursos, ali já será encontrado um problema de layout.
É importante que o traço seja contínuo, sem levantar a caneta do papel. Só assim o fluxo desenhado será o mais próximo da realidade possível.
Busque anotar, também, os pontos de parada, de gargalos e o tempo perdido em cada um.
Passo 5: Ouça seus colaboradores
Além de fazer este trabalho de colocar no “papel” as distâncias, os tempos e percursos, busque ouvir a equipe. Normalmente, quem executa as tarefas têm um ponto de vista importante para ser levado em consideração.
Dessa forma, você também mantém uma gestão da produção industrial mais transparente, em que todos podem ser protagonistas de melhorias contínuas no processo produtivo.
Passo 6: Analise com cautela os dados colhidos
Nesse passo, há mais uma oportunidade para reunir a equipe e mostrar transparência. Sendo assim, junte todos ao redor da mesa e mostre como os processos estão acontecendo, bem como a sua análise para implantação de melhorias.
Como as mudanças podem impactar no dia a dia de muitas pessoas, ouça mais uma vez suas opiniões e sugestões.
Assim, fica mais fácil engajar a equipe e colher resultados mais positivos após as implementações de novos layouts.
Passo 7: Conte com o apoio de especialista
Depois de definir novos locais para setores e ofícios dentro da empresa, buscando desenrolar os processos, é também de bom senso ouvir a opinião de especialistas, como arquitetos e engenheiros.
Eles podem acrescentar dicas e sugestões que só a visão de um especialista pode contribuir neste momento. Colaboradores mais antigos também são muito bem-vindos, pois têm experiências que vão agregar na tomada de decisão.
Uma boa ideia é simular o processo no novo layout, gravar um vídeo e cronometrar. Assim, fica ainda mais viável fazer melhorias, antes de mexer nos locais dos setores e no cotidiano de trabalho das pessoas.
Como a tecnologia pode otimizar sua criação e gestão?
A tecnologia tem sido a solução para otimizar a criação dos diagramas de espaguete e a gestão dos processos após melhorias, visando não retroceder e acompanhar todas as movimentações, evitando os desperdícios de tempo e recursos.
Para a criação destes diagramas, podem ser usados softwares de desenho assistido por computador, os chamados CADs. Os mais comuns no mercado são o Microsoft Visio e o precursor AutoCAD.
O primeiro dispõe de templates de plantas de escritórios e fábricas, facilitando a geração de uma planta baixa mais próxima possível da realidade a ser analisada.
Já o segundo é uma ferramenta reconhecida da arquitetura e engenharia. Por isso, é mais complexa e exige conhecimentos técnicos para utilizá-la. Por outro lado, possibilita um nível de detalhe muito maior, com resultados mais precisos.
Agora, para a gestão pós-melhorias, o Checklist Fácil apresenta resultados incríveis, principalmente se aliado a uma solução de Business Intelligence (BI).
Isso porque com o Checklist Fácil, você monitora a rota de equipamentos e de funcionários no chão de fábrica de uma indústria, registrando o percurso realizado e apontando repetições – caso eles façam mais voltas do que o necessário para executar um processo.
Assim, esse sistema é um importante auxiliar para gestores acompanharem os resultados pós-implantação das melhorias realizadas com a aplicação do diagrama de espaguete.
E mais: ele pode ainda auxiliar nas auditorias internas, nas vistorias e no planejamento da manutenção industrial. Além de ser um excelente apoio na padronização dos processos, uma vez que facilita as checagens no dia a dia, a fim de determinar se tudo que foi alterado está sendo seguido à risca.
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