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Como eliminar gargalos na operação analisando indicadores de produção?

Como eliminar gargalos na operação analisando indicadores de produção?

Monitorar os indicadores de produção certos ajuda a garantir a eficiência operacional do negócio. Veja quais os principais indicadores para evitar gargalos!
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Atualizado em: 16 de agosto de 2024
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Tempo de leitura: 9 minutos

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Para garantir a eficiência operacional, a redução de custos e a qualidade nas entregas dos produtos, é crucial realizar o monitoramento constante dos indicadores de produção.

Ao acompanhar esses indicadores essenciais para o negócio, a gestão melhora e torna suas decisões mais assertivas. Isso ocorre porque os indicadores de produção têm o potencial de otimizar os fluxos de trabalho e o controle dos processos.

Se você deseja aprender como acompanhar o fluxo de trabalho utilizando os indicadores de produção industrial mais relevantes, continue lendo!

O que são indicadores de produção?

Os indicadores de produção são métricas usadas para medir de forma qualitativa e quantitativa os processos industriais de forma geral. Por exemplo, quantidade de produtos gerados por hora, uso de insumos e outros.

Acompanhar esse tipo de métrica é importante para as fábricas que desejam aumentar a eficiência de suas operações, direcionando melhor os recursos e reduzindo os desperdícios e erros.

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Os KPIs de produção indicam se o desempenho está dentro do esperado e se as metas estão sendo cumpridas. Esses dados permitem aos gestores resolver falhas no processo produtivo e aumentar a agilidade das operações.

A partir da análise dos indicadores de produção é possível conhecer os pontos fortes e fracos da empresa e identificar os gargalos na operação, ou seja, problemas que impedem ou interrompem o fluxo produtivo.

Como funcionam os indicadores de desempenho industrial?

Os indicadores mostram a performance das tarefas e se o negócio está perto ou longe de alcançar os objetivos traçados no planejamento.

Por isso, é importante criar metas alcançáveis, realistas e usar ferramentas eficazes para acompanhar os indicadores e coletar os dados corretamente e evitar erros na interpretação.

Cada empresa escolhe os indicadores que mais se alinham à sua realidade. E, para isso, é importante realizar o mapeamento de processos para definir o fluxo de trabalho dentro da empresa. Com isso, é possível identificar os gargalos e estabelecer indicadores importantes para acompanhar o desempenho do processo produtivo.

Quais gargalos podem ser identificados na produção?

Os gargalos de produção podem ter diferentes origens e é preciso ficar atento para evitar falhas. Alguns dos principais gargalos no processo produtivo são:

  • Falta de matéria-prima: acontece quando a indústria não tem determinado insumo ou a quantidade não é suficiente para a produção. O ideal é melhorar a gestão de compras e planejar as entradas e saídas de materiais;
  • Matéria-prima fora da validade: quando os materiais não são usados na ordem em que entram, eles acabam ficando fora do prazo de validade. O ideal é mudar o padrão de uso dos produtos para garantir a rotatividade;
  • Adequação da capacidade produtiva à demanda: isso acontece pela falta de controle dos processos produtivos. Para evitar esse erro, o gestor precisa usar um sistema para avaliar a verdadeira capacidade do processo produtivo, se a velocidade de produção está adequada e como estão as demandas;
  • Problemas com o fornecedor: aqui podemos citar atrasos na entrega dos insumos pelo fornecedor ou entrega na quantidade errada. O ideal é fazer uma boa escolha de fornecedores e manter uma boa relação para reduzir a chance de problemas;
  • Parada de máquina: isso prejudica o resultado da produção. Para evitar esse gargalo, é importante monitorar os equipamentos e fazer as manutenções corretas.

Com os indicadores de produção corretos, é possível identificar os gargalos e otimizar o processo produtivo. Além disso, os indicadores ajudam os gestores a anteciparem os problemas e a fazer um planejamento adequado.

Como identificar as causas dos gargalos na produção?

Para identificar não conformidades ou gargalos no processo produtivo, é possível usar algumas ferramentas de gestão da qualidade, como os 5 porquês e o Diagrama de Ishikawa. Ambas estão ligadas à melhoria contínua e a gestão da qualidade total.

A metodologia dos 5 porquês pode ser usada para problemas simples e para tarefas mais complexas. Ela consiste em perguntas 5 vezes ou mais sobre o porquê de um problema ter ocorrido, buscando encontrar a causa raiz de um problema.

5 porques

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, é uma segunda ferramenta que pode ser usada para encontrar a causa de um problema. Ele é dividido em 6 categorias mais comuns, que serão investigadas para encontrar a causa específica:

  • Método;
  • Mão de obra;
  • Máquina;
  • Material;
  • Medição;
  • Meio ambiente.

Diagrama de Ishikawa

As duas ferramentas podem ser usadas juntas. O Diagrama de Ishikawa deve ser usado antes, para listar os fatores que contribuíram para o surgimento do problema. Em seguida, é aplicado os 5 porquês levando em conta as respostas obtidas pelo Diagrama de Causa e Efeito.

Quais impactos os indicadores permitem identificar?

Como vimos, existem vários gargalos no processo produtivo, cujas consequências podem afetar diferentes áreas da empresa. Isso ocorre porque a linha produtiva é a base para a movimentação de outros setores.

Entre os principais impactos na produção, podemos citar:

  • Diminuição da qualidade do produto, pois esses erros prejudicam a padronização;
  • Produtividade baixa, pois as equipes ficam inativas até que a solução seja encontrada;
  • Falhas no planejamento, uma vez que os gestores não conseguem prever corretamente a produção em determinado período;
  • Conflitos internos;
  • Perda do prazo de validade do estoque;
  • Atraso nas entregas;
  • Redução dos lucros;
  • Insatisfação dos clientes.

Essas complicações demonstram a importância de coletar corretamente os dados para realizar o monitoramento eficiente de processos. Afinal, as métricas auxiliam na correção de rotas e na mitigação dos impactos causados pelos gargalos de produção.

Por exemplo, existem indicadores capazes de prever a produtividade dos colaboradores, permitindo comparações entre departamentos e equipes. Isso ajuda os gestores a compreender o cenário e identificar possíveis desmotivações e quedas na produtividade. Assim, é possível tomar medidas corretivas, como implementar um programa de benefícios para motivar a equipe.

Qual a importância dos indicadores de produção?

Ao analisar as principais KPIs no contexto produtivo, os gestores podem orientar a cadeia produtiva para melhorar a eficiência.

Por isso, na elaboração e aplicação das KPIs, os objetivos devem estar alinhados com o segmento da empresa e com as exigências do mercado. Dessa forma, a empresa se posiciona de forma competitiva e atende as necessidades dos consumidores.

Além disso, boas KPIs entregam dados confiáveis, que podem ser medidos e são fáceis de entender. Elas ajudam os gestores a conduzir melhor as operações e servem para diagnosticar problemas.

Os indicadores de produção fornecem informações valiosas que podem evidenciar os gargalos operacionais, ajudando os líderes a encontrar as melhores soluções e tomar decisões alinhadas com o objetivo da empresa.

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Quais são os tipos de indicadores de produção?

Cada segmento de indústria escolhe os seus indicadores específicos, além disso, KPIs próprios podem ser criados. Entre as principais métricas, estão:

1. Tempo Médio entre Falhas

Também conhecido como Mean Time Between Failures (MTBF), esse KPI indica o tempo médio entre duas falhas. Em termos simples, é uma métrica que mostra o período em que um equipamento funciona sem intervalos.

Esse é um dos indicadores mais eficazes para prever a frequência das falhas, otimizar a manutenção preventiva e estimar quando um equipamento deverá ser substituído.

2. Tempo Médio a Reparar 

O Tempo Médio a Reparar, ou Mean Time To Repair (MTTR), calcula o tempo aproximado que leva para que um equipamento falhado seja reparado, incluindo as fases de diagnóstico e teste.

É uma métrica que auxilia a gestão a medir o tempo que os técnicos levam para consertar uma determinada máquina e examinar porque algumas reparações levam mais tempo que outras.

Dessa forma, é possível mensurar a competência do setor operacional ao corrigir falhas, além de ajudar a identificar reparações frequentes.

3. Tempo de inatividade

Esse KPI representa o período em que uma máquina passou sem produzir, ou seja, que ficou inativa. Essa métrica auxilia a indústria a perceber se o dinheiro está sendo perdido pelas interrupções sucessivas, por falhas ou pelo investimento desnecessário em um maquinário.

Esse indicador também pode ajudar nas decisões sobre novas aquisições. Por exemplo, se o indicador está elevado devido às quebras, significa que é melhor substituir o maquinário. Mas se está alto porque a máquina passa muito tempo desligada, outra compra é desnecessária.

4. Overall Equipment Effectiveness (OEE)

Também conhecido como Eficiência Global do Equipamento, esse KPI compara a capacidade de produção que um equipamento possui com o que ele realmente está entregando.  Permite avaliar a eficiência operacional e entender quanto tempo é realmente gasto na produção.

A partir desse indicador é possível monitorar a operação, reduzir falhas e desperdícios de insumos, aumentar os níveis de qualidade da fabricação e usar o tempo de forma inteligente.

5. Overall Labor Effectiveness (OLE)

A Eficiência Global da Mão de Obra é um indicador que avalia a junção de três fatores de produtividade importantes:

  • Disponibilidade: considera o total de tempo trabalhado pelo colaborador em relação a sua produção. Esse período inclui a hora de chegada, saída e intervalos programados ou não;
  • Desempenho: considera a quantidade de peças que o colaborador produziu em relação ao previsto. Além disso, avalia as variações, por exemplo, se ele começou com o desempenho baixo e foi aumentando ao longo do dia;
  • Qualidade: mostra a qualidade das peças produzidas. Avalia a quantidade produzida que está sendo aproveitada e o número de retrabalhos.

6. On Time In Full (OTIF)

É uma sigla formada por dois fatores: 

  • On Time (no prazo): mostra se o produto foi entregue para o cliente dentro do prazo estipulado no momento da compra;
  • In Full (completo): avalia se o produto correspondeu ao que o cliente esperava e se foi entregue sem nenhum problema, como peças quebradas ou faltando. Além disso, as características como qualidade, quantidade e dimensão também são avaliadas.

Quanto mais próximo esse indicador estiver dos 100%, maior será a satisfação do seu cliente. Além disso, ele também permite encontrar falhas, fazer melhorias, reduzir custos de devoluções e melhorar a qualidade das entregas aos clientes.

7. CMF (Custo de Manutenção sobre Faturamento)

O CFM mostra a proporção entre os custos de manutenção em relação ao faturamento total de uma empresa. É uma métrica que permite gerenciar os custos com manutenção em relação à receita total da empresa.

Com ele é possível identificar ineficiências nos processos de reparo. Assim, é possível saber o momento certo de substituir o equipamento em vez de fazer um conserto.

Por exemplo, um CMF alto indica que os processos de reparo não estão sendo eficientes, sugerindo que é preciso reduzir os custos. Ele também pode mostrar que o melhor caminho é fazer a manutenção preventiva para reduzir custos.

8. CPMV (Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição)

O CPMV mostra o percentual do custo total de manutenção do equipamento e seu valor de compra. Dessa forma, os gestores podem calcular o quanto foi gasto com reparo dos ativos que estão sendo geridos.

Com o passar do tempo e das deficiências produtivas, é importante avaliar se os ativos precisam de reparo ou substituição. Sempre que os custos chegam a 20% do montante do ativo de reposição, isso significa alto custo de manutenção. E a melhor opção é comprar um ativo novo para operação a cada cinco anos.

Um CPMV ideal fica em torno de 3% ou menos. E quando está acima de 5%, isso mostra que os ativos são caros para manter e representam:

  • Rotinas industriais inadequadas;
  • Planos de reparos ineficazes;
  • Produtos com gastos fora do padrão competitivo.

9. Custo de Qualidade (COQ)

O Custo de Qualidade se refere aos gastos relacionados à garantia da qualidade durante o processo produtivo. É um indicador que traz dados essenciais para tomada de decisões assertivas, permite a redução de custos e melhoria contínua da qualidade. Os custos podem ser divididos em duas categorias:

  • Custos de prevenção: são os investimentos feitos para prevenir falhas e deficiências desde o início da operação. Podem envolver treinamento dos funcionários, implementar sistemas de gestão da qualidade e aquisição de equipamentos;
  • Custo de falhas: resultam dos erros ou defeitos que ocorrem durante a produção ou prestação de serviços. Podem ser os custos internos ou externos. Os primeiros ocorrem dentro da própria empresa, como a perda da produtividade e retrabalho. O segundo ocorre fora da organização, como reclamações de consumidores e devoluções de produtos.

Como controlar os indicadores de produção?

Para evitar erros, os indicadores de produção não podem ser medidos por meio de papel e caneta, é preciso controlar os dados por meio de ferramentas. Entre elas, temos:

Planilhas

As planilhas mais comuns são as de Excel, e são ótimas para começar a fazer o controle dos indicadores de produção. Existem versões avançadas e com vários recursos para baixar gratuitamente. Mas você também pode contratar um profissional para personalizar o serviço para você.

No entanto, ao iniciar o processo com planilhas, é importante ter em mente que elas existem um limite. Com o tempo, elas se tornam insustentáveis devido à quantidade de dados coletados à medida que a empresa cresce. E será preciso fazer a automatização de processos.

Softwares integrados

Os softwares possuem diversas funcionalidades e muitos deles podem conectar vários setores da empresa. Ele centraliza as informações e soluções, além de permitir o compartilhamento de dados.

Com o sistema Checklist Fácil, você simplifica a gestão de processos e dados na sua empresa, com mais de 150 funcionalidades para padronizar as checagens e digitalizar as informações. Além de centralizar as informações, ele ainda permite:

  • Construir e aplicar checklists inteligentes;
  • Gerenciar as não conformidades;
  • Desenvolver e gerir Planos de Ação;
  • Padronizar e gerenciar processos;
  • Acompanhar indicadores e resultados;
  • Criar workflows (fluxos de trabalho).

Além de oferecer relatórios nativos, o Checklist Fácil possui integração com Power BI, o que permite a geração de dashboards personalizáveis sobre a sua operação para gerenciar os indicadores de produção e otimizar a eficiência operacional. 

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