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Imagem de uma indústria no Brasil

O que é indústria? Entenda a importância desse setor para a economia

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Atualizado em: 17 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 6 minutos

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Uma indústria é um local onde equipes e máquinas desempenham atividades de forma organizada para transformar matérias-primas em algum tipo de produto. A atividade econômica surgiu no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra, e, no Brasil, responde, em média, por 20% do Produto Interno Bruto (PIB).  

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Uma indústria é o local onde as matérias-primas são extraídas e transformadas nos produtos que consumimos no dia a dia. Nas fábricas, profissionais e máquinas atuam em conjunto, sendo responsáveis por produzir objetos diversos, alimentos, calçados, roupas, carros, entre outros.

A atividade industrial é considerada essencial para a economia de qualquer país. Afinal, além de gerar empregos, promove transações que impactam diretamente no PIB.

Quer saber mais sobre a indústria, conhecer os principais tipos e, ainda, entender o papel da tecnologia para o seu avanço? Então, continue com a gente. Pois, abordaremos esses e outros tópicos a partir de agora!

O que é indústria?

A indústria é uma atividade econômica que surgiu na Primeira Revolução Industrial, entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra. Um dos seus diferenciais é o fato de utilizar a força humana, máquinas e energia para operar.

Ela abrange uma série de atividades produtivas destinadas a transformar matéria-prima em mercadorias comercializáveis. Assim, de forma geral, é considerada essencial para o desenvolvimento do país. Afinal, é responsável por tudo o que consumimos e utilizamos.

E os números não nos deixam mentir. Atualmente, a indústria representa 21,4% do PIB do Brasil. Além de responder por 69,22% das exportações de bens e serviços e por 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento. E mais: por 33% dos tributos federais – exceto receitas previdenciárias.

Para se ter uma ideia, cada R$1,00 produzido neste setor corresponde a R$2,40 na economia como um todo. Enquanto isso, nos demais setores, o valor não ultrapassa R$1,66.

É importante destacar que a indústria também é conhecida como setor secundário. Sendo que o setor primário é a agricultura, e o terciário, o comércio.

Evolução da indústria no mundo

Não podemos falar sobre a indústria como a conhecemos hoje sem, antes, resumir a sua evolução ao longo do tempo. Dessa forma, podemos descrever 3 estágios principais dessa trajetória:

  1. Artesanato, em que o próprio artesão produz e comercializa seus produtos. Apesar de prevalecer até o século XVII, ainda é algo valorizado localmente;
  2. Manufatura, que caracterizou a fase inicial do capitalismo entre os séculos XVII e XVIII. Nessa segunda fase, surge a divisão de trabalho, em que cada operário passou a ter responsabilidades por uma parte da produção;
  3. Maquinofatura, reflexo da Revolução Industrial. Aqui, as máquinas e demais fontes de energia começam a dividir espaço com as pessoas, fazendo surgir as especializações do trabalho. 

Após esta última fase, as máquinas não deixaram mais o chão de fábrica. Ao contrário! A tecnologia começou a se desenvolver ainda mais, assumindo atividades que, até então, eram realizadas manualmente.

Assim, chegamos à Segunda e à Terceira Revolução Industrial, cujo destaque fica por conta da globalização e o avanço de multinacionais ao redor do mundo.

A evolução, porém, não parou por aí. Hoje, já se fala na Quarta Revolução Industrial, fazendo surgir o conceito de Indústria 4.0. Ela se caracteriza por unir 3 fatores à sua linha de produção: progresso tecnológico, digitalização e inovação.

E ainda tem mais: a ideia da Indústria 5.0 é outra expressão que promete ser cada vez mais usual no mercado. O movimento chegou para somar a importância da criatividade humana aos avanços da tecnologia.

Qual a importância da indústria?

Quando um país é industrializado, ele tende a ter uma economia mais equilibrada. Isso porque quanto maior é o investimento nessa área, maior será a produção. O que, por sua vez, gera mais empregos e, consequentemente, renda. Incentivando, com isso, o consumo – que faz com que a gente reinicie o ciclo. 

Ou seja, é uma espécie de “bola de neve” positiva, que impacta diretamente no desenvolvimento sócio-econômico.

Além disso, quando a produção interna é alta, as necessidades de consumo são supridas. Reduzindo, assim, as importações e aumentando as exportações.

Portanto, em resumo, temos como as principais vantagens desse segmento:

  • Geração de emprego, melhorando a vida da população;
  • Crescimento da economia como um todo;
  • Aumento do consumo interno;
  • Desenvolvimento tecnológico.

Quais são os principais tipos de indústria?

Geralmente, a classificação deste setor é feita de acordo com a finalidade na instituição. No caso, existem 3 tipos de indústria principais:

1. Indústria de bens de produção (ou de base)

Também conhecida como indústria de base, é composta pelas empresas que atuam na produção de recursos, bens e matérias-primas que serão utilizadas pelas demais indústrias. Estão inseridas aqui as siderúrgicas, que produzem as ligas de ferro para o setor de construção. Bem como mineradoras, madeireiras e petrolíferas.

2. Indústria de bens de capital (ou intermediárias)

Correspondem às empresas que produzem equipamentos, máquinas e ferramentas para as demais indústrias. Um exemplo são as autopeças, que têm como principais clientes as fábricas automobilísticas.

3. Indústria de bens de consumo 

É a categoria mais numerosa, uma vez que é composta pelas organizações que transformam a matéria-prima no produto final. Ou seja, em tudo que chega ao mercado consumidor. A indústria de bens de consumo pode ser dividida em:

  • Bem durável, que fornece produtos não-perecíveis, como eletrodomésticos e automóveis;
  • Semidurável, produzindo, por exemplo, roupas e sapatos;
  • De bens não-duráveis, que envolve itens perecíveis considerados de primeira necessidade. Exemplos: alimentos e medicamentos.

Outrossim, as indústrias podem ser classificadas conforme a atividade que desempenham e o setor em que atuam. Nestes casos, a separação ficaria da seguinte forma:

Tipo de atividade

Setor de atuação

  • Energético;
  • Alimentício;
  • Construção Civil;
  • Bélica;
  • Informacional.

Qual a situação atual da indústria no Brasil?

Durante muito tempo, o Brasil se destacou somente no setor primário. Especialmente no campo agropecuário e extrativista. Entretanto, após crises econômicas consecutivas, passou a se desenvolver tecnologicamente. E, com isso, começou a ocupar um lugar de destaque também no cenário industrial internacional. 

Atualmente, o país se encontra entre os 16 maiores produtores industriais do mundo. Este número foi divulgado em um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Na prática, o que vemos é um forte crescimento e desenvolvimento do setor. Motivado e influenciado especialmente pelo aumento do capital externo.

Essa intensificação fez com que fossem criados parques industriais em cidades-chave. Aproximando marcas de renome com atuações distintas.

Entre os setores de maior destaque no país estão:

  • Farmacêutico;
  • Automobilístico;
  • Eletroeletrônico;
  • Energético;
  • Industria têxtil;
  • Alimentício.

Porém, em meio a esse avanço, alguns desafios se tornam ainda mais claros. E é sobre isso que falaremos a seguir!

Principais desafios que a indústria brasileira enfrenta

Não é novidade para ninguém que o Brasil depende economicamente de outros países. No caso, uma grande fatia do faturamento do setor está na exportação.

Junto a isso, o país também fica à mercê das tecnologias produzidas nas nações mais desenvolvidas. Uma vez que o investimento em pesquisa e educação ainda é baixo. E, portanto, a produção na área tecnológica é pequena.

Logo, os desafios da indústria brasileira recaem justamente em buscar alternativas para minimizar essa dependência externa. Ou seja, é preciso desenvolver projetos e planos governamentais que viabilizem a produção científica e tecnológica. Que forneçam uma certa autonomia no setor.

Há, ainda, outro ponto de atenção: a industrialização a qual nos referimos não reflete uma realidade nacional. Isto é, as indústrias não estão dispostas de forma homogênea em todo o território – conforme explicamos abaixo.

Como é a distribuição das indústrias no território brasileiro?

A maior concentração de fábricas está na região sudeste. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais detêm os parques industriais mais modernos e diversificados. Onde são encontradas as principais organizações de produção energética, têxtil, alimentícia e automobilística.

A região sul ocupa o segundo lugar. Porém, quem se destaca são as indústrias que manufaturam produtos primários. Em especial os relacionados à agropecuária – que é muito forte nesse local.

Já o norte e o centro-oeste possuem menos expressão no setor industrial. Uma vez que se encontram limitados à agroindústria e ao extrativismo.

Enquanto isso, o nordeste é a região com menos força no que tange à indústria. Isso ocorre porque, durante muito tempo, o seu foco principal foi o turismo. Porém, ele está buscando mudar essa posição. Tanto é que estão sendo construídos pólos dedicados à indústria informacional.

Qual o papel da tecnologia para o avanço do setor?

A tecnologia é altamente benéfica para a competitividade da indústria. Isso porque ela otimiza e padroniza uma série de processos. Além de as tornar mais flexíveis às mudanças do mercado.

Segundo um relatório do Mckinsey Global Institute, 49% das atividades realizadas por seres humanos podem ser automatizadas. Aí você deve estar se perguntando: então significa que as pessoas serão demitidas? Não necessariamente.

Em vez de realizar as tarefas manuais, o mesmo profissional poderá atuar de forma mais estratégica. Além de se certificar que os processos automatizados estão de acordo com o padrão estabelecido.

Isso irá demandar, porém, algumas especialidades. Ou seja, os colaboradores deverão se capacitar em outras habilidades para lidar com esse avanço.

Logo, podemos dizer que a tecnologia eleva a produtividade nas indústrias. Ao mesmo tempo em que torna o trabalho ainda mais dinâmico.

Além disso, a tecnologia é capaz de reduzir os custos anuais em até 3,6%. Tudo isso graças à automatização gerada pelas ferramentas, que elimina tarefas repetitivas e burocráticas.

Assim, destacamos como principais impactos da tecnologia no setor:

  • Aumento da produtividade;
  • Melhoria na operação;
  • Redução de erros e não conformidades;
  • Padronização de processos;
  • Otimização do tempo;
  • Redução de custos operacionais;
  • Fácil adaptabilidade a mudanças;
  • Maior foco em estratégias e inovação.

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Existem várias ferramentas que ajudam a otimizar os processos das indústrias. Softwares de gestão, por exemplo, unificam os dados gerenciais. Permitindo entender o cenário como um todo e tomar decisões mais assertivas.

Outra ferramenta que oferece ganhos visíveis é o checklist online. Com ele, você deixa de utilizar papéis e planilhas diversas em inspeções, vistorias e checagens. E mais: as informações coletadas ficam armazenadas em um único local. Evitando perdas, retrabalhos e duplicidades.

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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