Você conhece os tipos de estoque existentes? Quem é empreendedor deve entender sobre cada um deles e escolher com cautela o que irá adotar. Afinal, isso influencia diretamente na disponibilidade de mercadorias. E, consequentemente, na satisfação dos seus clientes.
Mas o que é estoque? São as matérias-primas ou mesmo o produto final que estão em posse da empresa. A sua gestão é essencial, pois ajuda na organização e otimização do negócio como um todo. Uma vez que evita itens faltando ou em excesso.
Assim sendo, se você é proprietário de um estabelecimento comercial ou gestor de uma grande indústria, esse conteúdo foi feito pensando em você. Afinal, mostraremos detalhes sobre os principais tipos de estoque para facilitar na hora de realizar a sua escolha. Vamos lá!
8 tipos de estoque que você pode utilizar
Veja, a seguir, os tipos de estoque mais comuns e que podem ser utilizados em seu negócio:
1. Estoque de proteção
É o mais conhecido nas empresas. O seu principal objetivo é proteger as operações em caso de grande ou baixa demanda e diante de incertezas no fornecimento.
Imagine, por exemplo, uma loja que vende diversos produtos. Certamente, os gestores de logística sabem qual a estimativa de venda de cada um. Isso porque eles têm o conhecimento do que vende mais e menos, na prática.
Dentro desse contexto, um artigo que tem mais saída deve ter um estoque maior. Por outro lado, aquele que vende menos, não precisa contar com uma grande quantidade.
Dessa forma, o estoque de proteção impede que o estabelecimento fique sem mercadorias e não possa atender seus clientes adequadamente. Ou então que ele fique com produtos parados por muito tempo.
Ele é especialmente útil para contornar situações pouco favoráveis, como:
- Alta de preço;
- Greves;
- Elevação súbita na demanda do mercado.
Prevenindo, desta forma, que não haja estoque suficiente para atender a todos.
2. Estoque de ciclo
Esse tipo de estoque é ideal para empresas que contam com grande rotatividade interna de produtos. E que, por este motivo, precisam planejar o ciclo produtivo para suprir suas demandas.
Ele é visto com frequência em indústrias. Vamos pensar em um exemplo prático para que você possa entender melhor. Imagine uma empresa do ramo automobilístico que fabrica ônibus.
Ela é dividida em diversos setores. Contando, por exemplo, com pessoas encarregadas pela parte mecânica e outras pela fabricação dos assentos para os passageiros.
Cada uma das equipes é responsável por fabricar e estocar uma determinada peça dos ônibus. Consequentemente, esse estoque segue um ciclo dentro da própria fábrica. Até que, enfim, o produto final seja finalizado.
Caso a gestão do estoque seja ineficaz e uma dessas peças falte, toda a produção será prejudicada.
3. Estoque de antecipação
Trata-se do tipo de estoque em que a empresa se antecipa a uma grande demanda. Também conhecido como sazonal, é muito útil em épocas que antecedem datas comemorativas, como:
- Natal;
- Páscoa;
- Dia das Mães;
- Dia dos Namorados;
- Carnaval;
- Black Friday.
Uma loja de brinquedos, por exemplo, vende mais nos períodos próximos ao Natal e Dia das Crianças. Por isso, deve antecipar as compras de determinados produtos para que não falte nada no estoque.
4. Estoque de canal
É um dos tipos de estoque considerado intermediário. Isso porque se refere aos produtos que se encontram no percurso entre o fabricante e o revendedor. Por este motivo, também é conhecido como estoque de trânsito.
Muitas pessoas não sabem, mas o período em que as mercadorias estão sendo transportadas também é uma operação que faz parte da gestão de estoque. Afinal, até que cheguem ao destino, ainda são de responsabilidade da empresa.
Uma ferramenta que auxilia nesse controle é o checklist online. Isso porque ele permite a criação de roteiros e o acompanhamento da localização em tempo real. Facilitando, inclusive, na determinação de prazos mais precisos de entrega.
5. Dropshipping
O dropshipping é um modelo de varejo que também é considerado um tipo de estoque. Nele, o consumidor efetua a compra em uma loja virtual, que encaminha o pedido para o fornecedor. Este, por sua vez, envia o produto em nome da loja.
Ele surgiu em meio à consolidação do e-commerce. Em que a gestão logística precisou ser revista para atender a demanda de consumo.
Aqui, é importante ter bons parceiros de negócio. E, principalmente, que os processos sejam bem alinhados. Caso contrário, o cliente poderá ficar sem seu produto ou então receber algo diferente do solicitado.
LEIA MAIS | Como fazer a gestão de estoque de uma loja virtual de forma eficiente?
6. Estoque inativo
É composto pelas mercadorias que não tiveram bom desempenho nas vendas. E, portanto, tornaram-se obsoletas e ficaram paradas no estoque.
Por se tratar de um dinheiro que está parado, a empresa deve buscar alguma alternativa. Como realizar promoções e vendas combinadas com outros produtos mais procurados. Ou então negociar com o fornecedor a troca por outros itens.
7. Estoque consignado
De todos os tipos de estoque, esse é o único que é mantido por terceiros. No caso, a guarda do produto é transferida para a sua empresa. Porém, a propriedade continua sendo de quem o forneceu.
Esse modelo é vantajoso para quem está iniciando o negócio e quer entender o comportamento do consumidor. Afinal, ele pressupõe que seja possível devolver os produtos que não foram vendidos.
8. Estoque máximo
O estoque máximo atua sobre a perspectiva de contar com o máximo de produtos disponíveis em estoque em um período de tempo pré-determinado.
Ao adquirir uma quantidade elevada de itens de uma só vez, as empresas podem negociar preços melhores por cada mercadoria. Assim como obter facilidades no pagamento – o que favorece a economia de recursos.
A importância de conhecer os diferentes tipos de estoque
Quando há falta de produtos, o seu cliente acaba buscando outra empresa que também os venda. Em contrapartida, o excesso de estoque pode gerar prejuízos. Uma vez que os produtos podem se tornar obsoletos, aumentando o capital parado.
Assim sendo, é essencial escolher o tipo de estoque mais adequado ao momento do seu negócio. Não adianta optar pelo estoque máximo para pagar mais barato a unidade se a procura está em queda, concorda?
Da mesma forma, não teria porque escolher o estoque de proteção sabendo que terá aumento das vendas devido às festividades.
Cabe ao gestor de estoques entender os contextos de necessidade de cada um dos tipos de armazenamento e saber quais medidas implementar para cada situação. Dessa forma, os resultados poderão ser bem mais satisfatórios.
Dicas de como fazer um gerenciamento de estoque
Além de conhecer os diferentes tipos de estoque, é importante identificar formas de realizar um bom gerenciamento. A seguir, apontamos algumas dicas que podem ser úteis:
- Faça uma contabilização do inventário eficiente;
- Trabalhe com softwares específicos para gestão de estoque e automatização;
- Defina um período para a realização da verificação do estoque;
- Tenha um controle impecável de entrada e saída de produtos do estoque;
- Acompanhe os níveis de estoque e periodicidade de vendas, para definir as melhores datas para compras de itens;
- Observe o histórico de movimentação de produtos da sua empresa;
- Prepare-se para os momentos de aumento de demanda;
- Mantenha o controle adequado dos produtos perecíveis do seu negócio;
- Determine as pessoas responsáveis por cada etapa do controle – e suas respectivas responsabilidades;
- Saiba negociar com os fornecedores;
- Se for preciso, realize a queima de estoque para equilibrar o armazém;
- Treine os colaboradores para as melhores práticas de controle de armazém;
- Estude sobre os tipos de controle de estoque que podem ser realizados;
- Defina uma margem de perdas e danos;
- Tenha controle do custo de armazenamento e verifique como otimizar essas questões;
- Crie padrões e regras para as operações realizadas dentro do galpão;
- Seja rígido no controle de inventários de estoque;
- Organize o layout de estoque, para facilitar o acesso aos produtos;
- Elabore relatórios de gestão de estoque;
- Implemente uma política de melhoria contínua em seu negócio.
Seguindo essas dicas, é possível ter uma melhora considerável na gestão do seu estoque. Minimizando, assim, falhas que possam ocorrer. Bem como tornando os processos mais eficientes ao longo do tempo.
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