O que é Controle Estatístico de Qualidade e como aplicar na sua empresa?

Definimos o "Controle Estatístico de Qualidade" como a aplicação de diferentes técnicas estatísticas a processos industriais, administrativos e/ou serviços para verificar se todas e cada uma das partes do processo ou serviço atendem a determinadas exigências de qualidade e ajudar a cumpri-las. Saiba mais!
Atualizado em: 18 de abril de 2024
Tempo de leitura: 7 minutos

Se você está procurando uma maneira eficaz de melhorar a qualidade dos seus produtos ou serviços, o controle de qualidade estatístico pode ser exatamente o que você precisa.  

Seja em uma indústria de manufatura ou empresa de serviços, o controle de qualidade estatístico pode ajudar a identificar e resolver problemas antes que afetem os seus clientes. 

Neste artigo, discutiremos o que é o controle de qualidade estatístico e como podes implementá-lo na tua empresa para obter melhores resultados. Continue lendo para saber mais! 

O que é Controle Estatístico de Qualidade? 

O controle de qualidade estatístico é uma técnica responsável por medir e analisar a qualidade dos seus produtos ou serviços, utilizando ferramentas estatísticas. Essas ferramentas ajudarão na coleta e análise dos dados, permitindo identificar qualquer padrão ou tendência e auxiliando na tomada de decisões necessárias para melhorar seus produtos ou serviços. 

Para implementar o controle de qualidade estatístico, devemos seguir três etapas: 

  1. Medição e coleta de dados. 
  1. Análise dos dados. 
  1. Implementação de medidas corretivas. 

É importante que os dados sejam coletados de forma precisa e confiável, e que sejam analisados utilizando ferramentas estatísticas apropriadas. Em seguida, devem ser tomadas medidas corretivas para melhorar a qualidade do produto ou serviço e prevenir problemas futuros. 

Qual o objetivo do controle estatístico da qualidade?

Para alcançar seus objetivos, o CEQ utiliza uma série de técnicas estatísticas que permitem identificar e controlar as variações nos processos produtivos. Suas metas principais são melhorar a qualidade dos produtos e serviços, reduzir os custos e aumentar a satisfação do cliente. 

No entanto, também se concentra em outros pontos relevantes que apresentamos a seguir: 

Reduzir a variabilidade dos processos 

Isso significa que a metodologia busca diminuir a variação na produção do mesmo produto, pois uma menor variabilidade implica que os itens têm um maior nível de uniformidade e cumprem com os padrões de qualidade estabelecidos. 



Para mais esclarecimentos sobre o tratamento de seus dados pessoais, leia nosso Aviso de Privacidade.

Além disso, uma redução na variabilidade permite reduzir os custos de produção ao diminuir os recursos utilizados para ajustar os processos e corrigir erros.

Melhorar a capacidade do processo 

Este objetivo refere-se à capacidade dos processos de uma empresa em produzir dentro das especificações estabelecidas. Buscamos garantir que os produtos ou serviços atendam aos requisitos do cliente e sejam entregues no prazo e na forma acordados. 

A melhoria da capacidade do processo resulta em uma redução no número de erros e defeitos, o que, por sua vez, leva a uma diminuição nos custos de produção e, consequentemente, a uma melhoria na rentabilidade do negócio. 

Além disso, o CEQ tem como objetivo melhorar a eficiência dos processos produtivos. Isso é alcançado pela identificação de áreas de desperdício e retrabalho no processo, bem como pela implementação de medidas para minimizá-los. 

A redução no desperdício e retrabalho não apenas leva a uma diminuição nos custos de produção, mas também resulta em uma melhoria na satisfação do cliente ao receber produtos de qualidade no prazo acordado. 

É importante destacar que a melhora na capacidade e eficiência do processo não é alcançada imediatamente, mas é um processo contínuo que requer monitoramento, análise e inspeção constante dos dados de produção. Para isso, são utilizadas várias ferramentas estatísticas, como análise de controle de processos, capacidade do processo, entre outras.  

Além disso, o CEQ não se aplica apenas à produção de bens, mas também é essencial na prestação de serviços. Nesse caso, o objetivo é garantir que os serviços sejam fornecidos consistentemente e de acordo com as expectativas do cliente. 

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Ferramentas para o controle estatístico da qualidade  

Agora que entendemos o que é o Controle de Qualidade Estatístico e conhecemos seus principais benefícios, é hora de aprofundar nas ferramentas que o compõem e que permitem sua execução de maneira eficaz. 

Entre as principais ferramentas do CQE, encontramos o Controle Estatístico de Processos (CEP) e a Amostragem de Aceitação (AA), cada um com suas vantagens e limitações. A seguir, detalharemos cada uma dessas ferramentas e sua aplicação no ambiente empresarial e industrial. 

Controle Estatístico de Processos (CEP) 

O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma ferramenta fundamental no âmbito do Controle de Qualidade Estatístico, pois foca em monitorar e controlar a variabilidade nos processos produtivos de uma empresa. 

O objetivo do CEP é detectar e corrigir qualquer desvio no processo, a fim de tornar a produção mais uniforme e previsível. Esses desvios podem ser causados por fatores como variabilidade na matéria-prima utilizada, desgaste das máquinas utilizadas no processo ou erro humano.

Os gráficos de controle do CEP permitem que operadores e supervisores de produção monitorem os processos em tempo real e detectem qualquer desvio. Além disso, o CEP ajuda as empresas a melhorar a qualidade de seus produtos e reduzir o desperdício ao identificar e corrigir problemas antes que se tornem defeitos de produção. 

Amostragem de Aceitação (AA) 

A amostragem de aceitação é uma ferramenta usada para inspecionar lotes de produtos ou serviços e decidir se são aceitos ou rejeitados. O objetivo ao usar esse tipo de formato de checklist ou ferramenta é determinar se o lote atende às especificações previamente estabelecidas e, caso contrário, identificar as causas da não conformidade

Existem dois tipos de AA: amostragem por atributos e amostragem por variáveis. O primeiro baseia-se em avaliar a qualidade dos produtos de forma discreta, atribuindo uma categoria de aceitável ou não aceitável. Por outro lado, o segundo utiliza medidas quantitativas para avaliar a qualidade dos produtos. 

Planejamento Avançado da Qualidade do Produto (APQP) 

Esta ferramenta é uma metodologia utilizada na indústria para planejar e desenvolver produtos e processos de forma sistemática e eficaz. 

O APQP concentra-se na prevenção de erros ou defeitos durante o processo de desenvolvimento do produto, em vez de encontrar soluções depois que os problemas já ocorreram. 

A metodologia inclui várias etapas, desde o planejamento até a validação e o lançamento do produto. 

Qual a importância das ferramentas do controle estatístico da qualidade?

Utilizar essas ferramentas pode fazer a diferença entre uma empresa capaz de produzir produtos de alta qualidade de forma consistente, e uma que luta constantemente contra problemas de qualidade e eficiência. 

Portanto, é fundamental que as empresas compreendam a importância dessas ferramentas e as incorporem em seus processos de produção o mais rápido possível. 

Como realizar um controle estatístico da qualidade eficaz? 

Existem diversas técnicas e estratégias para realizar o controle de qualidade. Uma das opções mais utilizadas é o Seis Sigma, que busca aumentar a produtividade e rentabilidade ao reduzir a variabilidade. 

Em outras palavras, este método otimiza as áreas do processo e estabelece a melhoria contínua como uma nova cultura empresarial, possibilitando assim a redução de defeitos nos produtos. 

O nome dessa técnica refere-se a seis desvios padrão da média. Através do algoritmo, é possível obter um máximo de 3.4 defeitos por milhão de oportunidades (DPMO).  

Este processo não seria possível sem o Controle Estatístico de Processos (CEP ou SPC, em inglês), que significa um conjunto de ferramentas para monitorar o desempenho de um processo. Por sua vez, este método utiliza gráficos de controle, nos quais o eixo vertical representa o valor da variável de interesse. 

Sobre esse eixo, são apresentadas três linhas: 

  • Linha média (LM): onde coincide o valor médio da qualidade estudada; 
  • Limite Superior de Controle (LCS)
  • Limite Inferior de Controle (LCI)

Os limites são obtidos por meio de uma análise estatística de dados que representam o intervalo em que os pontos devem estar se o processo estiver sob controle. 

Como resultado, afirma-se que uma atividade está em estado de controle quando o processo varia de forma estável em torno de um valor médio fixo. Por outro lado, se os valores estiverem fora do intervalo dos limites de controle, é possível concluir que o processo está fora de controle e que existe uma variação que precisa ser eliminada. 

Além disso, o Controle de Qualidade Estatístico ajuda a antecipar problemas futuros. Com essa informação, é possível corrigir os problemas a tempo e garantir a qualidade a longo prazo. 

Como construir um gráfico de controle?

Para construir um gráfico eficaz que reflita o controle de qualidade, siga os seguintes passos: 

  1. Selecione a variável a ser medida. Além disso, defina o tamanho da amostra e a frequência de coleta de dados;
  1. Estabeleça os limites ideais com o processo sob controle;
  1. Obtenha amostras homogêneas para evitar inclinações;
  1. Calcule o valor médio e os limites de controle (desvios padrão) para completar as informações do gráfico;
  1. Organize os dados no gráfico e analise-os;
  1. Identifique situações fora de controle;
  1. Por fim, é hora de eliminar as causas de variações especiais. 

Tipos de gráficos de controle 

No mercado, existem diversos tipos de gráficos de controle que atendem a diferentes objetivos e variáveis. Selecionamos os mais populares: 

Gráfico da média, amplitude e desvio padrão (X, R e S) 

Este gráfico bivariante é recomendado para medir características de qualidade do tipo contínuo, pois encontra a melhor combinação de valores dos fatores controláveis, a partir de valores desejáveis da média e do desvio padrão. 

Com isso, obtém-se um conhecimento do comportamento conjunto dos valores da média e do desvio padrão da resposta na região de análise dos fatores controláveis, diante da presença de fatores de ruído. 

Gráfico C 

Ideal para medir o número total de defeitos em uma série de amostras do mesmo tamanho. 

Para construí-lo, os inspetores de cada processo devem anotar cada problema identificado, que corresponde às Unidades de Inspeção (mais de 25 ou 30) em intervalos regulares. 

Em cada unidade de inspeção, conta-se o Número de Defeitos e registra-se. Em seguida, divide-se o Número de Defeitos de cada unidade de inspeção por m (Número de unidades de produção em cada unidade de inspeção). Assim, o gráfico calcula a média do Número de Defeitos nas amostras (Unidades de Inspeção). 

Gráfico U 

Esta representação gráfica é uma excelente opção quando a unidade de medida varia e é necessário contar os defeitos. Neste caso, calcula-se o número de defeitos por unidade de medida para gerar o gráfico. 

Este enfoque leva em consideração que os produtos em avaliação podem consistir em um número variável de unidades, como os rolos de filme fotográfico, que não terão exatamente o mesmo comprimento, entre outros exemplos. Além disso, considera situações onde o inspetor pode estar envolvido em várias tarefas, o que requer um esquema mais flexível. 

Portanto, para criar o gráfico, é necessário dividir o número total de defeitos pelo número de unidades na amostra. 

Gráfico NP 

Inclui o número de unidades defeituosas da amostra de tamanho constante. Para o seu cálculo, é necessário manter um número de amostras constante e registrar a quantidade de produtos defeituosos. Este conjunto de dados combinado é usado como o valor p na fórmula da seguinte maneira:

Gráfico P 

Representa a proporção de unidades defeituosas da amostra que não cumprem as especificações. Os valores para construí-lo são simples: aprovado e não aprovado. Posteriormente, calcula-se a média das unidades defeituosas para cada amostra e então obtém-se a média das unidades defeituosas do total de amostras. Com esses dados, obtemos o Limite de Controle Superior (LCS) e o Limite de Controle Inferior (LCI), com os quais o gráfico é construído. 

Agora que você já sabe o que é controle de qualidade estatístico, que tal aplicar na prática com o apoio de uma ferramenta de qualidade utilizada por mais de 1.500 empresas? Se você está procurando uma solução eficiente e fácil de usar, experimente o Checklist Fácil hoje mesmo!

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