O histograma é uma representação visual que distribui dados numéricos em intervalos contínuos dispostos em barras, mostrando frequências e padrões, facilitando a visualização de dispersão, simetria e tendências. Cada barra indica a quantidade de ocorrências em cada intervalo, viabilizando análises estatísticas.
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No ambiente organizacional, as ferramentas da qualidade desempenham um papel importante na identificação de variáveis e visualização de dados. O histograma é uma delas, e possibilita avaliar a distribuição de dados.
Por ser uma representação gráfica, também é conhecido como diagrama de dispersão de frequências e permite que empresas identifiquem padrões, comportamentos e tendências que impactam o desempenho de suas operações.
Entenda o que é essa ferramenta, suas aplicações no ambiente empresarial e como ela pode ser utilizada no dia a dia para promover o controle de processos e sua melhoria contínua.
O que é um histograma?
Afinal, o que é histograma? É um instrumento visual utilizado para mostrar a distribuição de um conjunto de dados. Ele é composto por barras (retângulos verticais), sendo que cada uma representa a frequência com que os dados ocorrem dentro de determinados intervalos.
Ferramentas como o histograma auxiliam no processo de tomada de decisão e são fundamentais para transformar dados brutos em informações claras e interpretáveis.
A altura de cada barra está relacionada à quantidade de ocorrências, permitindo visualizar facilmente como os dados estão distribuídos. Sua principal função é ilustrar a variação dos dados dentro de um processo ou experimento.
Justamente por ser simples e de fácil interpretação, ele permite identificar de forma rápida possíveis variações em processos, facilitando a implementação de melhorias.
Essa ferramenta da qualidade se destaca pelo uso em diversos setores, como na indústria, no comércio, na área ambiental e até mesmo em pesquisas científicas.
Além do mais, seu uso não está restrito a grandes empresas, aplicando-se também em pequenos negócios que desejam melhorar seu controle estatístico de qualidade.
O que diferencia um histograma de outros gráficos?
Diferentemente de outros gráficos, ele evidencia como os valores estão dispersos e em qual intervalo eles se concentram. Com essa análise visual, é possível identificar padrões e detectar anomalias no comportamento dos dados.
Um ponto importante do histograma é que ele só pode ser utilizado com dados quantitativos, ou seja, valores numéricos que podem ser medidos. As variáveis contínuas são as mais comuns em histogramas, pois seus dados se dividem em intervalos regulares.
Além disso, o histograma é uma ferramenta de fácil interpretação, pois permite visualizar rapidamente a presença de distorções nos dados. Ele pode ser utilizado em diversos contextos, como na análise de eficiência de um processo de produção ou na avaliação de padrões de consumo.
Nos próximos tópicos, vamos explorar a origem dessa ferramenta, suas diferentes classificações e como utilizá-la para otimizar processos de qualidade.
Qual a origem do histograma?
O gráfico histograma tem suas raízes na estatística, uma ciência que estuda a coleta, análise e interpretação de dados. Popularizou-se com o matemático Karl Pearson no final do século XIX, quando surgiram as primeiras aplicações de métodos gráficos para análise de dados.
Pearson desenvolveu o conceito de distribuição estatística, o que abriu espaço para o uso do histograma como uma forma de representar graficamente a distribuição de frequências.
O desenvolvimento dessa ferramenta foi influenciado pela necessidade de se analisar grandes volumes de dados de maneira simples e eficiente. Em uma época de crescimento industrial, a capacidade de visualizar e interpretar dados era essencial para controlar e otimizar os processos de produção, além de garantir a qualidade.
Nos anos seguintes, adotou-se amplamente o histograma na engenharia da qualidade, especialmente com o desenvolvimento do conceito de controle estatístico de processos (CEP). Ele se tornou uma ferramenta necessária para garantir que processos industriais mantivessem a consistência e a confiabilidade.
Quais as classificações do histograma?
Os histogramas podem ser categorizados de acordo com o formato das barras e a distribuição dos dados. Essas classificações são úteis para identificar diferentes comportamentos e tendências nos processos analisados. As principais classificações são:
Histograma simétrico
No histograma simétrico, os dados estão distribuídos igualmente em torno da medida central (também conhecida como média). Isso indica que os resultados não possuem distorções significativas e que há uma variabilidade equilibrada entre os valores altos e baixos.
Na visualização deste gráfico, você verá uma concentração de maior número de dados no centro. Ele permite analisar outras variáveis que se afastam desse modelo, identificando outliers, por exemplo.
Histograma distorcido à direita
A maior parte dos dados está concentrada à esquerda do histograma distorcido à direita, enquanto a cauda do histograma se estende para a direita. Isso indica que existem poucos valores altos aparecendo com baixa frequência.
Ele também pode ser chamado de cauda à direita, já que vai afinando (ou reduzindo a frequência) à medida que o eixo horizontal vai sendo percorrido.
Distorcido à esquerda
Ao contrário do anterior, o histograma distorcido à esquerda é quando a maior parte dos valores com alta frequência se concentra à direita. Outro nome pelo qual é chamado é histograma com cauda à esquerda, pois tem uma frequência baixa no início.
Bimodal
O histograma bimodal apresenta dois picos, indicando que os dados têm dois modos ou concentrações principais. Esse padrão indica o aumento da frequência em dois períodos distintos.
Multimodal
É similar ao bimodal, mas com mais de dois picos. O histograma multimodal indica que os dados possuem várias concentrações, de modo que os picos indicam um maior número de ocorrências.
Platô (achatado)
A palavra platô dá a ideia de algo homogêneo. No histograma platô, os dados estão distribuídos de forma mais uniforme e constante entre os intervalos, sem picos evidentes.
Na visualização deste modelo, você verá que as barras têm quase a mesma altura, o que ocorre quando várias distribuições com médias diferentes estão agrupadas. Esse padrão indica que os dados possuem pouca variação.
Para que serve o histograma?
O histograma permite visualizar em forma de gráfico a distribuição de dados em um determinado processo ou conjunto de informações. Com ele, identifica-se rapidamente a organização dos dados, se existem distorções, padrões ou anomalias que precisem ser corrigidas.
Além disso, ele ajuda a entender a variabilidade do processo, sendo uma ferramenta essencial na gestão da qualidade.
Essa análise é útil para empresas que precisam monitorar a consistência de seus processos produtivos, por exemplo. Por meio do histograma, é possível identificar se um processo está sob controle ou se há necessidade de ajustes para melhorar seu desempenho.
A visualização do histograma também facilita a comunicação de dados. Como é um gráfico simples, equipes de diferentes áreas compreendem facilmente os resultados sem a necessidade de conhecimentos profundos em estatística.
Quais os benefícios de usar essa ferramenta da qualidade?
O histograma oferece uma série de benefícios para quem busca a garantia da qualidade dos processos e entender melhor a distribuição de dados, entre eles estão:
- Identificação de variações na operação: ao analisar um histograma, é possível perceber variações que estão ocorrendo em um processo baseando interpretações em dados. Com isso, é possível buscar as causas dos problemas e suas correções;
- Simplificação da análise de dados complexos: o histograma traduz grandes volumes de dados em uma visualização gráfica simples, permitindo análises rápidas e acessíveis, mesmo por aqueles que não possuem conhecimento técnico aprofundado;
- Suporte para a tomada de decisões: ao visualizar a distribuição dos dados, o gestor consegue identificar com mais clareza áreas que precisam de melhorias. Ele oferece informações objetivas para a tomada de decisões estratégicas na otimização de processos;
- Monitoramento de consistência: essa ferramenta permite acompanhar a consistência dos processos ao longo do tempo. Assim, com as análises periódicas, é possível garantir que a operação se mantenha dentro dos padrões esperados;
- Facilita a comunicação de resultados: ele é um gráfico simples que torna mais fácil a comunicação dos resultados para equipes de diferentes áreas, mesmo aquelas que não têm experiência com estatísticas.
Como montar um histograma passo a passo?
Em uma empresa, essa ferramenta se aplica a diferentes setores, como a área de vendas, marketing, atendimento ao cliente, recursos humanos e outras. Além disso, ela também pode ser usada em outras áreas que não estão ligadas à qualidade. Mas, como fazer histograma no dia a dia?
Para criar um histograma, é só seguir os passos:
Colete os dados
A primeira etapa é obter os dados que você deseja analisar. Esses dados devem ser quantitativos, ou seja, representados por números, como tempo, altura, peso ou qualquer outra medida contínua.
Além disso, esses indicadores devem refletir a realidade do processo avaliado para que a análise seja condizente com a operação.
Defina os intervalos (classes)
Uma vez que os dados foram coletados, você deve dividi-los em intervalos. Esses intervalos serão representados pelas barras no gráfico. Por exemplo: se você está medindo a altura de um grupo de pessoas, pode definir intervalos de 1,60 m a 1,65 m, 1,66 m a 1,70 m, e assim por diante.
Essa etapa serve para distribuir as informações de forma mais equilibrada. Desse modo, os dados de grupos pequenos, que têm relação entre si, devem ser separados.
Uma opção confiável para fazer a segregação dos dados é por meio da Regra de Sturges. Ela é uma fórmula matemática para determinar o número certo de classes conforme o tamanho do N amostral.
Depois de definir os intervalos, conte quantos dados estão dentro de cada um deles. Isso determinará a altura de cada barra no histograma, já que a frequência dos dados define o tamanho da barra.
Construa o gráfico
Nesta etapa, é hora de colocar a mão na massa e fazer o gráfico do histograma. Lembrando que a altura da barra corresponde ao número de vezes que uma situação aconteceu em um determinado intervalo de tempo — ou seja, é a frequência de classe.
Dessa forma, é necessário que as barras tenham uma lógica em relação ao tamanho. Por exemplo, se a classe X aconteceu um maior número de vezes (com maior frequência) do que a classe Y, então a barra que representa a classe X não pode ser menor que a B.
Interprete o resultado
Depois de criar o gráfico, chega o momento da interpretação. Para isso, é necessário olhar para a distribuição e identificar se existem anomalias. Avalie se a distribuição é normal e se há valores extremos ou que não seguem o padrão.
Juntamente com ferramentas de correção de erros, o histograma contribui para identificar a causa das anomalias e procurar medidas corretivas para melhorar a qualidade do que está em foco. Portanto, a leitura do gráfico é a parte mais importante do processo.
Que ferramentas auxiliam na construção do histograma?
Na era em que vivemos, em constante evolução tecnológica, o que não falta são ferramentas para análise e visualização de dados. Assim, existem algumas delas que facilitam a construção do histograma, que não precisa mais ser elaborado manualmente:
- Microsoft Excel: o Excel é amplamente utilizado para a criação de gráficos. Com seus recursos de planilhas, é fácil organizar as informações e utilizar funções para gerar o histograma no excel automaticamente;
- Google Sheets: similar ao Excel, o Google Sheets é uma opção gratuita e online para a criação de histogramas. Além disso, os dados podem ser compartilhados simultaneamente em nuvem para diversos integrantes;
- Minitab: o Minitab é uma ferramenta estatística que oferece suporte para diversas análises gráficas. Ele é muito utilizado em áreas como controle de qualidade e engenharia da qualidade para analisar a variabilidade dos processos;
- Linguagem de programação R: para usuários mais avançados, o R é uma poderosa linguagem de programação estatística que permite a criação de gráficos personalizados. Com bibliotecas específicas, como ggplot2, é possível construir histogramas de alta qualidade e com grande flexibilidade;
- Python (com bibliotecas como Matplotlib): assim como o R, o Python também oferece suporte à criação de histogramas por meio de bibliotecas específicas. Matplotlib é uma das referências mais usadas para criar gráficos em Python e proporciona grande controle sobre o design do histograma.
Quais são as aplicações do histograma no dia a dia?
Quando se trata de avaliar classes de dados e variações no processo para fazer o controle de qualidade, o histograma é a melhor ferramenta de visualização. Conheça algumas exemplos de aplicações práticas:
Controle de processos industriais
Empresas usam essa ferramenta para monitorar a variabilidade de processos produtivos, garantindo que os produtos finais estejam dentro das especificações desejadas.
Gestão de desempenho
Em setores como serviços, utiliza-se o histograma para controlar o tempo de resposta e identificar gargalos que impactam a qualidade do atendimento;
Educação
Professores e pesquisadores utilizam essa representação gráfica para analisar a distribuição de notas ou o desempenho de alunos em provas e trabalhos. O histograma ajuda a identificar padrões de aprendizagem e áreas que precisam de mais atenção.
Análise de dados financeiros
Analistas financeiros utilizam histogramas para visualizar a distribuição de retornos em investimentos, obtendo uma análise mais precisa dos riscos envolvidos.
Pesquisa de mercado
Empresas de pesquisa utilizam essa ferramenta para analisar a distribuição de respostas de pesquisas, o que ajuda a identificar padrões de comportamento do consumidor para tomadas de decisões de marketing mais eficazes.
Como o Checklist Fácil pode ajudar no controle de qualidade?
Ao monitorar o andamento do seu processo produtivo e avaliar as variações e desvios do padrão por meio do histograma, é preciso criar um plano de ação para corrigir as falhas e desvios e fazer inspeções regulares para controlar o processo.
Com Checklist Fácil, você eleva a eficiência operacional da empresa usando os planos de ação. Assim, você elimina as não conformidades e acompanha de perto os resultados.
A ferramenta também permite criar checklists automáticos para auditorias e inspeções regulares nos setores em foco. Dessa forma, você poderá reverter as não conformidades indicadas nas análises de dados com mais precisão.
Além disso, o software permite que você tome decisões baseadas em dados, pois gera um histórico das ações realizadas antes de estabelecer definições. Esse histórico é particularmente importante quando, na análise do histograma, surgem dois padrões de variações distintos, que precisam ser investigados de forma individual.
Quer entender mais como essa ferramenta auxilia no controle de qualidade da sua empresa? Agende uma demonstração gratuita com a nossa equipe!