Pesquisar
equipe analisando indicadores de desempenho industrial

Como medir a eficiência operacional na indústria? Conheça os principais indicadores de desempenho industrial

Definir e acompanhar indicadores de desempenho é essencial para encontrar pontos de melhoria, tomar decisões estratégicas e melhorar seus resultados. Conheça os principais KPIs industriais e saiba como como medir a eficiência operacional na indústria!
|
|
Atualizado em: 16 de outubro de 2024
|
Tempo de leitura: 9 minutos

Assine nossa newsletter e acesse, em primeira mão, conteúdos relevantes para o seu negócio.

Os indicadores de desempenho industrial são métricas usadas para estabelecer metas e acompanhar resultados, importantes para mostrar a saúde dos processos de produção nas fábricas.

Acompanhar os KPIs de produção gera informações que vão ajudar a gestão a tomar decisões estratégicas, como otimização dos processos industriais, substituição de maquinários, redução de acidentes de trabalho e capacitação de colaboradores.

Neste artigo você vai aprender quais são os principais indicadores de desempenho dentro da indústria e qual a importância de acompanhar essas métricas. Boa leitura!

O que são indicadores de desempenho industrial?

Os indicadores de desempenho, também conhecidos como KPIs (Key Performance Indicators), são métricas usadas para analisar, avaliar e monitorar o desempenho e a produtividade das atividades de uma empresa. Nesse contexto, os indicadores industriais são criados para acompanhar diferentes aspectos dos processos de uma indústria, de acordo com o setor e os objetivos de análise.

É necessário revisar constantemente processos e criar estratégias eficientes para o futuro, por isso, a utilização de indicadores de desempenho industrial ajuda a monitorar a qualidade das entregas e a evolução dos processos. Com eles, é possível medir a eficiência dos departamentos, equipes, linha de produção e outras métricas.

BAIXE AGORA | E-book para conquistar a máxima eficiência operacional em indústrias

Como funcionam os indicadores de desempenho na indústria?

Os indicadores de produção transformam o que você deseja medir em números. Independentemente da métrica que você deseja acompanhar, ela deve ser quantificada.

Depois de transformar o fator que você quer acompanhar em um número, é preciso estabelecer uma meta. Associando essas duas informações você terá um indicador que mostra onde você quer chegar.

Os indicadores de desempenho industrial vão expressar o desempenho das atividades e mostrar se o negócio está perto ou longe de alcançar esse objetivo. Por isso, é importante criar metas realistas, para não comprometer o funcionamento industrial.

Além disso, é essencial ter ferramentas eficazes para medir e acompanhar esses indicadores. Não adianta querer fazer isso com papel e caneta: é preciso investir em ferramentas próprias para coletar esse tipo de dado.

BAIXE GRÁTIS | Modelo POP para Indústrias

Qual a importância de acompanhar indicadores de desempenho industrial?

Acompanhar os indicadores de desempenho industrial ajuda a orientar os fluxos de trabalho. Para fazer uma gestão estratégica, é importante escolher indicadores que estejam alinhados ao segmento da empresa e às exigências específicas do mercado.

Entre os benefícios de analisar indicadores de desempenho industrial, podemos citar:

  • Identificação de incoerências na linha de produção;
  • Mapeamento de processos ineficientes;
  • Minimização de desperdícios de tempo e matéria-prima;
  • Redução de custos operacionais e administrativos;
  • Melhoria contínua na manutenção de equipamentos e ações de prevenção e segurança.

BAIXE GRÁTIS | Infográfico – Como criar dashboards com indicadores da sua indústria?

Quais os principais indicadores de eficiência na indústria?

Cada tipo de negócio terá os seus indicadores de desempenho industrial, que vão envolver as especificidades de cada segmento, bem como objetivos estratégicos. E entre os principais KPIs de eficiência industrial, podemos citar:

1. Overall Equipment Effectiveness (OEE)

O OEE, também conhecido como Eficiência Total dos Equipamentos, mensura o rendimento e a eficiência dos equipamentos envolvidos no processo de produção por meio dos fatores de qualidade de funcionamento das máquinas, tempo de funcionamento (produtividade) e disponibilidade de produção.

Com os indicadores de disponibilidade, produtividade e qualidade mensurados, basta multiplicar as porcentagens de cada um deles:

OEE = disponibilidade (%) x produtividade (%) x qualidade (%) 

Para indicar boa performance, a multiplicação dos fatores precisa indicar uma qualidade maior ou igual a 99,9%, disponibilidade maior ou igual a 90% e uma produtividade maior ou igual a 95%.

2. Overall Labor Effectiveness (OLE)

A Eficácia Total do Trabalho mede a disponibilidade de trabalho dos funcionários durante o expediente, o tempo gasto por cada um e a qualidade de entrega do trabalho. O indicador é obtido pela multiplicação desses três fatores: disponibilidade, produtividade e qualidade.

OLE = disponibilidade x produtividade x qualidade 

Nesse caso, a disponibilidade é o tempo efetivamente usado no processo produtivo, desempenho é a quantidade de entregas, enquanto a qualidade refere-se ao que foi produzido e não apresentou defeitos.

3. Mean Time Between Failures (MTBF)

Para saber se um equipamento está estragando muito, se há desgaste avançado nas máquinas ou se é preciso renovar o maquinário, o Tempo Médio Entre Falhas pode ajudar a prevenir interrupções na produção e mostrar processos falhos que precisam de revisão.

Esse indicador de manutenção é mensurado pelo tempo total de funcionamento da máquina sem intervalos dividido pelo número de falhas ocorridas nesse período.

MTBF = Tempo total de funcionamento da máquina sem intervalos / Número de paradas para manutenção

4. Mean Time To Repair (MTTR)

O MTR é o tempo que a empresa leva para consertar uma máquina e deixá-la em boas condições de funcionamento. Dessa forma, é possível medir o tempo que as equipes de manutenção levam para agir dentro do prazo estipulado.

Por isso, quanto maior esse indicador, pior é para a empresa. O objetivo deve ser atuar para mantê-lo baixo.

Seu cálculo envolve a soma do tempo de conserto dividido pelo número de intervenções realizadas.

MTTR = Soma do tempo de conserto / Número de intervenções realizadas

5. On Time In Full (OTIF)

É uma métrica que rastreia as eficiências nas entregas dos produtos e mostra se a equipe de produção consegue fazer as entregas dos produtos de acordo com o que foi especificado pelo cliente (in full) e dentro do prazo determinado no contrato (on time).

O resultado consiste em multiplicar o percentual on time pelas entregas in full.

OTIF = (On Time x In Full) / 100

6. CMF (Custo de Manutenção sobre Faturamento)

O CFM é um indicador para mensurar custos e um aliado para avaliar o desempenho das máquinas e identificar meios para reduzir custos operacionais. Com ele é possível comparar os gastos entre manutenção e o faturamento da empresa.

O cálculo, em percentual, se baseia na relação entre o custo total de manutenção e o faturamento bruto.

CMF (%) = (Custo total de manutenção / Receita total) x 100

7. CPMV (Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição)

Com o CPMV é possível analisar os gastos de manutenção com cada equipamento. Com isso, é possível tomar decisões mais econômicas e melhorar a eficiência operacional. Por exemplo, se após o cálculo o ativo tiver um custo muito elevado em relação ao valor necessário para a reposição, adquirir um novo será mais vantajoso.

Seu cálculo é dado sobre o percentual entre o custo total de manutenção sobre o valor de reposição.

CMPV (%) = (Custo total de manutenção / Valor de reposição) x 100

8. Tempo de Inatividade

Esse KPI, também chamado de Downtime,  indica os períodos em que a produção é suspensa e os maquinários ficam parados. Com isso, é possível analisar se a empresa está tendo prejuízos devido às interrupções ou defeitos no maquinário e se é preciso substituir as máquinas ou fazer outros investimentos.

Downtime (%) = (Tempo de inatividade / Tempo previsto total de operação) x 100

9. Produtividade Homem/Hora

Esse indicador de desempenho industrial mede a produtividade individual dos trabalhadores por hora. Além disso, é possível comparar os resultados entre os turnos ou com a média geral da concorrência, para entender o nível de competitividade da empresa no seu nicho.

HH = Quantidade de produtos ou serviços produzidos / Total de horas trabalhadas

Kit Estratégico para Certificação ISO 9001 2015

10. Custo de Qualidade (COQ)

O custo de qualidade ou Cost of Quality, é um indicador de qualidade e tem como objetivo avaliar os padrões de excelência que a indústria oferece, e está relacionado diretamente à satisfação dos consumidores. 

Os investimentos em melhoria contínua de processos ou produtos são considerados custos de qualidade. Todas as vezes que a gestão industrial deseja investir em melhorias, é preciso levantar os custos associados.

As despesas são aquelas atreladas a avaliações e inspeções, prevenção, falhas internas e falhas externas. E quanto maior for o investimento em qualidade, menor será o custo da má qualidade.

COQ = Custo da boa qualidade / Custo da má qualidade

11. Custo da Má Qualidade (COPQ)

O custo da má qualidade ou Cost of Poor Quality é o custo dos defeitos em produtos ou serviços e o impacto que isso causa nas finanças da empresa. Uma elevada taxa de produtos defeituosos na empresa significa um maior custo por causa da taxa de retrabalho, devolução de produtos e reclamações dos clientes.

E para avaliar esse indicador, é importante levantar informações sobre a quantidade de horas investidas em retrabalho no mês, o custo dos materiais sucateados pela fabricação, número de mercadorias com defeitos e índice de reclamações dos clientes.

LEIA MAIS | Checklist inteligente para reduzir o desperdício e melhorar a gestão industrial

12. Retorno Sobre o Investimento (ROI)

O ROI (Return on Investiment) é o  resultado do ganho obtido versus o investimento realizado. Ele é fundamental para entender se o trabalho está progredindo conforme o esperado.

Para calcular o ROI basta usar a fórmula:

ROI = (receita gerada – custos) / custos

13. Valor Presente Líquido (VPL)

Esse indicador corresponde ao valor de um investimento no presente que vai render uma quantidade de dinheiro no futuro após um período de tempo determinado. Para isso, é preciso levar em conta a taxa de juros do investimento e considerar a inflação de valor da moeda no período do cálculo.

O VPL é essencial para prever investimentos a longo prazo. Para calcular o indicador, é preciso dividir todos os fluxos de caixas pela taxa de desconto elevada ao período e somar os resultados obtidos.

Para calcular, usamos a seguinte fórmula:

VPL = FC0 + FC1/ (1 + TMA)¹+ FC2/(1+ TMA)²+…..+Fcn/(1+TMA)

O significado de cada sigla é:

  • TMA (%): taxa mínima de atratividade;
  • FC 0: fluxo de caixa no início da operação;
  • Fcn: valor do fluxo de caixa do último período, podendo ser meses ou anos.

14. Lead Time

Esse indicador de desempenho logístico, aplicado à cadeia de suprimentos, mede o tempo de espera entre o pedido do consumidor até a entrega. Com ele é possível identificar falhas nos processos e reduzir o tempo de finalização de cada pedido.

Esse indicador permite à empresa deixar os clientes mais felizes, melhorar o controle da produção, identificar os gargalos e implementar processos para melhoria contínua.

15. On Time Delivery (OTD)

O OTD mede a eficiência dos prazos de entrega do produto diante do que foi prometido para o cliente, ou seja, mede a eficiência das entregas quando o assunto é prazo.

Esse KPI vai mostrar quantos pedidos foram entregues dentro do prazo para o consumidor, o que revela o nível de confiabilidade da empresa aos olhos do cliente. Dessa forma, é possível identificar problemas com a logística e pontualidade de entrega.

OTD (%) = Total de entregas feitas no prazo / Total de entregas feitas em determinado período x 100

16. Taxas de acidentes

Esse indicador de segurança do trabalho se refere ao número de acidentes que ocorreram no ambiente de trabalho. A frequência pode ser definida pela própria empresa, e pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual.

É considerado acidente de trabalho tudo o que aconteça com o trabalhador durante a execução das suas atividades laborais que cause lesão corporal ou perturbação funcional capazes de levar à morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho temporário ou permanente.

17. Taxa de quase acidentes

É um indicador que revela incidentes menores que os funcionários não relataram ou que não puderam sentir, como arranhões e solavancos.

Buscar esses relatos entre os funcionários é importante porque na grande parte do tempo, os incidentes, por menores que sejam, passam despercebidos no ambiente de trabalho. E identificar essas ocorrências permite que os gestores evitem acidentes no futuro.

18. Taxa de gravidade

A taxa de gravidade serve para predizer quantos dias produtivos foram desperdiçados a cada acidente laboral. O índice é dado pela seguinte fórmula:

Dias perdidos com acidentes x 1.000.000 / número de horas de exposição ao risco

O número de horas de exposição ao risco é a quantidade de horas trabalhadas pelos colaboradores pelo período de um mês. Com esse indicador, é possível avaliar os programas de segurança que foram implantados e fazer as adequações necessárias.

19. Taxa de frequência dos acidentes

Esse indicador mostra a frequência de ocorrência dos acidentes, considerando o risco e o tempo em que os colaboradores passam expostos ao risco. Para fazer o cálculo, considere a quantidade de acidentes por milhão de horas trabalhadas:

 TF = (N x 1.000.000) / HR

Na fórmula, N é o número de acidentes, HR são as horas de exposição (total de horas trabalhadas pelo total de funcionários).

20. Indicador de treinamento

Um indicador importante na área de saúde e segurança do trabalho é o indicador de treinamento, que serve para medir os treinamentos em segurança que os colaboradores receberam em um determinado período de tempo.

Sua fórmula é calculada pela relação:

Treinamento (%): (Total de treinamentos realizados / Total de treinamentos planejados) x 100

Que fatores impactam diretamente na eficiência industrial?

Em um mercado cada vez mais competitivo, os processos industriais ficam cada vez mais complexos e a produtividade ganha cada vez mais palco. Dessa forma, é importante garantir a melhoria na eficiência dos processos.

E como alguns fatores podem interferir na produtividade, é essencial saber como cada um deles funciona:

  • Qualidade dos produtos: afeta diretamente o tempo de produção de um determinado número de unidades. Com essa informação é possível diminuir os erros na fabricação e os defeitos nos produtos, melhorando a confiabilidade, reduzindo o tempo e os gastos;
  • Eficiência dos processos: a eficiência influencia o tempo de produção. Se o processo for ineficiente, será preciso maior tempo para produzir o produto. Por isso, investir em tecnologia pode trazer bons resultados para a operação e produção na indústria;
  • Disponibilidade de recursos: a empresa precisa ter um bom controle dos recursos, pois eles impactam o tempo de produção. Criar estratégias de adaptação e ser flexível para atender às diversas demandas e necessidades dos clientes e dos colaboradores é imprescindível;
  • Capacidade de mão de obra: esse fator influencia diretamente no tempo de produção da mercadoria. Assim, é importante investir em capacitação e atualização dos colaboradores. 

Como controlar os indicadores de produção industrial?

Para controlar os indicadores de desempenho industrial você poderá apostar em ferramentas para automatizar o processo e evitar erros e redundâncias de dados. Muitos gestores utilizam planilhas de Excel, no entanto, são muito limitadas e, à medida que seu negócio for crescendo, será difícil acompanhar.

Nesse contexto o ideal é utilizar um sistema de gestão de processos, como o Checklist Fácil. Líder de mercado na América Latina, o sistema integra diversos departamentos e permite acompanhar os indicadores de desempenho industrial de forma prática.

A solução pode ser aplicada em qualquer área da sua indústria, como:

  • Gestão e padronização de processos;
  • Qualidade;
  • Manutenção;
  • Gestão logística;
  • Segurança do Trabalho;
  • Produção industrial;
  • Prevenção de perdas;
  • Conformidade regulatória.

O sistema permite que você realize checagens e auditorias para identificar não conformidades e criar planos de ação automatizados para corrigir falhas nos processos. Outras funcionalidades essenciais para o segmento industrial dentro do Checklist Fácil são: preenchimento com fotos e vídeos, OCR (reconhecimento de padrão de imagens), Workflows, assinatura digital, agendamento de checklists e integração com sensores IoT. São mais de 150 recursos dentro do sistema!

Além de tudo isso, o sistema gera relatórios em tempo real a partir da aplicação dos checklists, trazendo insights valiosos sobre o desempenho operacional da sua indústria. E para tornar seu acompanhamento de indicadores ainda mais sólido e completo, o Checklist Fácil possui integração com o Power BI, gerando painéis de dados personalizados sobre sua operação.

Pronto para padronizar processos e acompanhar de perto seus resultados e indicadores? Fale com um de nossos especialistas e agende uma demonstração gratuita!

Picture of Rafael Zambelli

Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

Materiais Gratuitos

Conquiste a eficiência operacional automatizando processos com mais de 150 funcionalidades

Esqueça de vez papéis e pranchetas com o sistema mais completo da América Latina para padronizar checagens e coletar dados em qualquer tipo de negócio.

25 de Abril | 16h | ao vivo

Boas Práticas
de SST:

Como zerar acidentes e criar processos eficientes de segurança