O mapeamento de processos industriais, ou modelagem de processos, é uma ferramenta dinâmica que serve para identificar os processos de forma detalhada e melhorar a performance da gestão de processos industriais.
Na rotina diária de uma indústria, existem centenas de processos que podem ocorrer simultaneamente, garantindo a manutenção e funcionamento do negócio.
Entender mais sobre as atividades ajuda a ter mais controle sobre o negócio, a identificar as etapas da produção, avaliar se estão funcionando e quais as oportunidades de otimização.
Se você quer saber mais sobre o mapeamento de processos na indústria e como essa ferramenta pode ser útil para otimizar recursos e processos industriais, continue a leitura!
Neste artigo você encontrará:
O que é mapeamento de processos industriais?
O mapeamento de processos industriais é uma técnica que envolve a criação de representações visuais e detalhadas de como os processos de uma indústria são executados, do início ao fim.
Ou seja, é um desenho dos caminhos percorridos para que os insumos ou matérias-primas sejam transformados em produto.
Os esquemas gráficos usados para essa representação são chamados de fluxogramas — desenhos com diferentes formas geométricas, como quadrados, triângulos e círculos. Essas formas indicam tarefas, obrigações, decisões ou a finalização de uma atividade.
Podemos elencar três tipos de fluxogramas de mapeamento:
- Diagrama em bloco: é o mais simples. Possui blocos em série nos formatos de retângulo conectados por setas, em que cada retângulo representa uma ação. Seu objetivo é representar um processo sem muitos detalhes;
- Fluxograma de processos simples: com ele, é possível mapear os processos com maior grau de acerto. Conta com diversas formas geométricas que indicam o passo a passo do que será realizado. Ele é ideal para processos mais curtos;
- Fluxograma funcional: representa as atividades de um determinado setor. Ele demonstra o passo a passo de todos os processos de produção da área em questão, do início ao fim.
O objetivo desse mapeamento e da criação de gráficos é descomplicar os processos e estabelecer padrões.
Qual a importância de mapear processos em indústrias?
O mapeamento de processos industriais cria uma rotina de trabalho mais otimizada, com menos riscos e desperdícios para os colaboradores e para a empresa.
Sua importância abrange vários aspectos, como:
- Identificação de ineficiências: ao mapear os processos, é mais fácil identificar os gargalos e ineficiências. Com isso, as áreas de melhorias ficam mais claras e ações para aumentar a eficiência das operações e reduzir os custos podem ser tomadas;
- Padronização: com o mapeamento, é possível fazer a padronização de processos e operações para que todos sigam um fluxo bem definido, o que ajuda a manter a qualidade dos produtos;
- Compreensão clara do processo: tanto a equipe como os gestores têm uma visão clara de como o processo funciona, suas etapas, entradas e saídas;
- Melhoria contínua: o mapeamento de processos industriais é uma ferramenta importante para a melhoria contínua, já que permite identificar e implementar melhorias ao longo do tempo;
- Controle de qualidade: melhora o controle de qualidade, pois as etapas críticas podem ser monitoradas;
- Conformidade: garante o cumprimento de normas e regulamentações específicas da área.
Quais os benefícios do mapeamento de processos industriais?
Mapear os processos na indústria permite ampliar a visão para melhorias e correções necessárias para a longevidade do negócio. Entre os principais benefícios, podemos citar:
- Otimização de processos;
- Redução de custos e desperdícios;
- Tomada de decisões mais assertivas;
- Eliminação de processos redundantes ou desnecessários;
- Aumento da satisfação do cliente;
- Identificação de gargalos;
- Organização e gestão de processos industriais;
- Aumento da produtividade.
Quais os tipos de mapeamento de processos?
O mapeamento de processos industriais não é uma ferramenta única e existem diferentes formas de fazer o mapeamento das atividades da sua empresa. Entre eles:
Fluxograma
É o mais utilizado e pode ser facilmente criado à mão ou por meio de ferramentas com recursos visuais. É um modelo simples, que explica como um processo acontece.
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Mapa da cadeia de valor
Mostra todos os passos importantes do processo de trabalho para entregar valor do início ao final. Permite visualizar cada atividade que a equipe executa e disponibiliza um relatório com o status do andamento.
Diagrama de raias
É um fluxograma que mostra todas as atividades de um projeto, alinhado com o que as pessoas envolvidas vão trabalhar. Também permite visualizar as interações entre diferentes indivíduos e departamentos, e uma visão estruturada dos fluxos de trabalho.
Mapa de fluxo de valor
É um fluxograma que mostra e avalia os passos envolvidos na produção de um produto ou de um serviço. Além disso, analisa as etapas do processo desde a origem até a entrega final e mapeia os itens de acordo com sua inclusão ou não inclusão de valor do ponto de vista do cliente.
Quais são as etapas para realizar o mapeamento de processos industriais?
Mapear os processos na indústria é como tirar uma foto dos processos atuais para entender toda a metodologia de forma holística e avaliar os gargalos para promover as correções e melhorias. E, para isso, são necessários alguns passos.
1. Definição do objetivo principal
Definir o objetivo que se deseja alcançar é o primeiro passo para o mapeamento de processos industriais. A empresa precisa ter clareza sobre onde quer chegar com o mapeamento.
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Com o mapeamento é possível identificar as atividades que exigem mais tempo e podem ser otimizadas ou automatizadas.
2. Delimitação do escopo
Selecione os processos que serão mapeados. Para isso, você pode começar coletando informações sobre aqueles que mais impactam os resultados e afetam o faturamento da empresa.
Depois que os processos críticos forem otimizados, você poderá avançar para o mapeamento de outros processos importantes.
3. Definição da profundidade
O nível de profundidade se refere à granularidade da análise e documentação do processo. Para cada atividade do processo, é comum ter um nível de detalhamento que torne possível entender de forma clara como a tarefa é executada, mesmo por um aprendiz.
Mas nem todos os processos precisam de uma análise tão aprofundada, por isso, priorize aqueles que precisam ser melhor analisados, de acordo com o impacto para a organização.
4. Escolha da abordagem
Existem três métodos de abordagem para o mapeamento de processos industriais. Cada um se adequa a um tipo de cenário:
- Bottom up: modela de baixo para cima, ou seja, parte do micro para o macro. No modelo bottom up, as equipes colaboram em todos os níveis no planejamento, análise de resultados e construção dos processos. É uma abordagem praticada por empresas que estimulam a inovação;
- Top down: de cima para baixo. Aqui os processos são mapeados do escopo macro para o micro. Nessa abordagem, as decisões e planejamento são formulados pela hierarquia mais alta da empresa, que comunicam as decisões à equipe. Nesse modelo mais rígido, a equipe desempenha um papel predominantemente operacional;
- Middle-up-down: é um mapeamento intermediário. Esse modelo entende que o conhecimento é feito de cima para baixo e de baixo para cima. Os indivíduos no nível operacional estão mais familiarizados com os problemas internos e externos que a empresa enfrenta. Enquanto que a alta gerência se preocupa com o futuro da empresa e são os responsáveis por determinar as metas e a direção que o negócio deve seguir.
5. Definição do cronograma das entrevistas
O próximo passo é definir os colaboradores que serão entrevistados para coletar a visão das pessoas que participam do processo e registrar suas percepções sobre os problemas e oportunidades de melhoria.
6. Definição do método da modelagem
Atualmente existem 4 métodos de modelagem com características próprias no processo de mapeamento, que são:
- BPMN (Business Process Model and Notation): é útil para descrever o passo a passo de um processo por meio de diagramas. Ele indica de forma simples e direta todo o processo do negócio e é útil para empresários, gestores e administradores;
- ARIS (Architecture of Integrated Information Systems): é um sistema completo de modelagem, execução e controle de processos e permite a modelagem por meio de diferentes perspectivas;
- VAC (Value Added Chain): faz uma avaliação da cadeia de valor, identificando as atividades primárias e de apoio. Analisa cada atividade para determinar o valor que acrescenta ao produto ou serviço;
- EPC (Event-driven Process Chain): trabalhar com a EPC não se limita apenas ao fluxo de processos, a notação fornece uma série de diagramas que ajudam a entender o negócio da organização como um todo. O EPC dá ênfase na modelagem dos eventos, tanto os iniciais quanto os intermediários e os finais.
7. Escolha dos processos de revisão
À medida que o mapeamento vai sendo finalizado, é importante revisar o trabalho. Esse ponto é crítico para atingir os resultados esperados e garantir que o trabalho atinja seu objetivo.
8. Identificação dos pontos de melhoria
Nessa etapa, depois de finalizar o mapeamento de processos industriais, é importante priorizar o que será otimizado e reparado. Atente-se aos gargalos que afetam diretamente os resultados da empresa, depois vá trabalhando os demais pontos.
9. Monitoramento
Acompanhar o andamento dos processos é fundamental. Por isso, avalie periodicamente os indicadores de resultado e a saúde de cada processo. Assim, você vai conseguir identificar as lacunas e fazer uma gestão industrial com foco na melhoria contínua.
Quais as ferramentas para mapeamento de processos industriais?
Durante o mapeamento de processos industriais, diversas técnicas podem ser aplicadas. Entre elas:
1. Análise SWOT
A matriz SWOT, também chamada de FOFA, é uma das mais conhecidas e aplicadas porque fornece uma visão geral da organização.
Seu objetivo é mapear os pontos fortes e fracos do negócio e as oportunidades e ameaças que podem ser gerenciadas.
Com ela, é possível identificar os fatores internos e externos que vão impactar de forma positiva ou negativa os resultados.
Com a análise SWOT, a empresa terá material suficiente para traçar estratégias que ajudem a manter ou ampliar a participação da empresa no mercado. Com isso, também é possível reduzir o impacto das ameaças externas no negócio e identificar oportunidades que podem ser usadas.
2. Brainstorming
As reuniões de brainstorming ajudam a identificar os gargalos nos processos e as suas soluções. Essa ferramenta é uma chuva de ideias, que incentiva a criatividade e a resolução de problemas.
Nessas reuniões, os participantes contribuem com as suas percepções e conhecimentos para o pensamento coletivo. É uma forma de enxergar os processos por diversos ângulos e explorar novas possibilidades.
3. 5W2H
O 5W2H é uma ferramenta simples que auxilia os envolvidos a organizar a planejar a realização das tarefas de forma clara e estruturada.
Ela consiste em sete perguntas, e cada uma tem um papel na definição das atividades e responsabilidades para atingir determinado objetivo. Todas juntas fornecem uma visão holística do processo e um plano de ação.
As perguntas são:
- What: o que será feito?
- Why: por que será feito?
- Where: onde será feito?
- When: quando será feito?
- Who: por quem será feito?
- How: como será feito?
- How much: quanto vai custar?
![5W2H](https://rz2-marketing.s3.amazonaws.com/blog-pt/5W2H.webp)
4. Matriz GUT
A matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência) é uma ferramenta de análise e priorização de atividades e problemas ou situações que requerem ação imediata.
A matriz atribui uma pontuação em escala de 1 a 5 para cada fator analisado — gravidade, urgência, tendência —, sendo o menor 1 e o maior 5. A equipe envolvida no processo, a partir da sua percepção, vai atribuir a nota.
Após preencher a matriz, a pontuação final é obtida, multiplicando-se os valores de gravidade, urgência e tendência. Quanto maior o valor, maior a priorização.
![](https://cdn-pt.checklistfacil.com/matriz-gut-modelo.webp)
5. Matriz SIPOC
A matriz SIPOC consiste em um diagrama que mapeia as fases do projeto ou processo. A palavra SIPOC é um acrônimo que significa:
- Suppliers: fornecedores do processo;
- Inputs: são as entradas, os insumos para produção, como matéria-prima, recursos humanos, equipamentos, informações e outros;
- Process: é o fluxo de atividades;
- Outputs: são as saídas, os produtos ou serviços gerados. Aqui também podemos incluir os dados, documentos, decisões e outros fatores resultantes de um processo.
![matriz sipoc](https://rz2-marketing.s3.amazonaws.com/blog-pt/Diagrama-SIPOC.webp)
6. Modelagem BPMN
A notação BPMN é uma forma de representar graficamente todos os processos de uma indústria e torná-los compreensíveis. Com ela, é possível visualizar o início, meio e fim do fluxo de atividades, visualizando etapa por etapa.
Os desenhos são feitos por meio de ícones em sequência, em que cada um tem um significado, o que permite compreender os eventos de um processo e seus componentes de forma universal.
Essa ferramenta facilita o entendimento e deixa mais visíveis as necessidades de melhoria e investimentos para a gestão industrial e para os analistas.
Como o Checklist Fácil pode otimizar o mapeamento de processos?
O Checklist Fácil é um software de gestão de processos que se adapta à realidade de qualquer negócio e pode auxiliar no mapeamento dos processos industriais.
Ele permite a integração de diferentes departamentos e a padronização e otimização de processos industriais. É uma tecnologia acessível que centraliza todas as informações coletadas em auditorias e inspeções e fornece uma ampla visão de todas as atividades na indústria.
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