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Técnica em Segurança do Trabalho fazendo a APR

Análise Preliminar de Riscos: o que é e como fazer a sua!

A Análise Preliminar de Risco (APR) tem papel importante para gestão de riscos nas empresas, além de ser uma ferramenta que auxilia na melhora dos indicadores de Segurança do Trabalho.
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Atualizado em: 11 de novembro de 2024
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Tempo de leitura: 10 minutos

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APR (Análise Preliminar de Risco) é um procedimento com o objetivo de identificar e avaliar riscos potenciais em determinada atividade antes da sua execução. Com isso, é possível implementar medidas preventivas, garantindo segurança e eficiência nas operações ao se evitar acidentes e incidentes de trabalho. 

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A Análise Preliminar de Riscos é um estudo prévio de uma atividade, feito para mapear e identificar possíveis riscos ou falhas naquilo que se deseja realizar dentro da organização. Visando, assim, prever possíveis danos e evitar acidentes ocupacionais.

Essa análise deve ser realizada antes de iniciar qualquer nova tarefa. Assim, com os riscos já conhecidos, é possível adotar medidas de segurança para evitá-los de forma eficiente.

Se você tem dúvidas sobre a APR, continue com a gente. Isso porque preparamos um conteúdo que irá esclarecer os principais pontos sobre ela, incluindo como colocá-la em prática. Vamos lá!

Análise Preliminar de Riscos: o que é APR?

APR é uma técnica de avaliação dos riscos que podem ocorrer em uma determinada atividade. Essa análise ocorre em cada uma das suas etapas, uma vez que os acidentes podem ocorrer em apenas um processo específico. Ela faz parte das documentações necessárias para a Segurança do Trabalho.

O objetivo principal da Análise Preliminar de Riscos é permitir a adoção de medidas prévias que controlem, neutralizem ou atenuem os riscos iminentes ao processo. Ela também é uma garantia legal para a empresa, pois aborda questões de segurança que a lei exige.

Qualquer profissional pode assinar ou emitir a APR, desde que ele tenha conhecimento em Segurança do Trabalho. É importante que todos os colaboradores envolvidos na atividade também a assinem. Isso comprova que foram informados dos riscos e das medidas preventivas.

Para que serve a APR?

A ferramenta, ou documento, serve principalmente para prevenir acidentes de trabalho. Afinal, como envolve uma análise minuciosa prévia, é possível adotar medidas que permitam reduzir as ocorrências. Resguardando, assim, a vida dos colaboradores.

A APR também serve para atender às obrigações legais de Segurança do Trabalho. Ou seja, o documento faz com que a empresa esteja de acordo com o que a legislação exige.

Além disso, a Análise Preliminar de Riscos é uma forma de avaliar o retorno dos investimentos realizados em segurança. Auxiliando, inclusive, a obter informações quanto à qualidade das medidas preventivas e protetivas adotadas pelos profissionais competentes no dia a dia.

Quando se deve fazer uma APR?

A criação da APR é obrigatória para qualquer trabalho realizado em espaços confinados ou em grande altura. Apesar disso, essa documentação é aplicável em qualquer tipo de negócio que veja relevância em conhecer os riscos das suas atividades, mesmo que não seja uma exigência legal.

Com uma análise completa das áreas principais da empresa, é possível obter um guia de gestão estratégica completo, que vai facilitar e agilizar o acompanhamento de ameaças e riscos na rotina laboral.

Por isso, é importante que as APRs sempre sigam as normas regulamentadoras (NRs) do seu segmento para garantir a segurança dos trabalhadores e o impacto positivo das medidas de prevenção no dia-a-dia de todos.

Quais os principais benefícios da APR para a sua empresa?

De forma geral, muitas organizações não incluem a APR no planejamento de operações, o que resulta em vários acidentes que poderiam ser evitados se houvesse uma análise preliminar.

Com esse documento, no entanto, é mais fácil se precaver a partir de um controle de medidas de segurança, que garantem a sua prevenção de acidentes. Ao conhecer quais são os riscos das suas atividades, também é possível desenvolver checklists e planos de ação de acordo com a prioridade de segurança!

Para todos os casos, a APR é uma ferramenta de gestão valiosa para:

Revisão de riscos e ameaças

A APR ajuda a determinar os riscos e desafios que podem acometer o ambiente e a atividade desempenhada. Com isso, permite resguardar a vida dos profissionais, bem como a infraestrutura da empresa em si.

Antecipação de problemas

Além de identificar riscos em potencial, a ferramenta ajuda a prevenir danos aos equipamentos, perda de materiais e paralisação das atividades, entre outros. Evitando, assim, gastos com manutenção ou trabalho excedente, por exemplo.

Definição de responsabilidades

Durante o planejamento da Análise Preliminar de Riscos, é preciso designar os responsáveis pela implantação e controle das ações. Isso amplia o engajamento dos colaboradores. Afinal, a segurança no trabalho deixa de ser tarefa unicamente do especialista da área.

Padronização dos métodos

O documento com as diretrizes da APR é criado após análise aprofundada das atividades e suas etapas. Logo, permite criar padrões a serem seguidos quando novas tarefas iniciarem. 

Disponibilizar um controle de gestão de riscos prático e eficiente

A APR serve como guia dos riscos identificados e também permite que os colaboradores façam a gestão de como lidar com os pontos levantados no próprio documento. Portanto o conteúdo deve ser acessível e entendível por todos que irão utilizá-lo, garantindo uma maior segurança do trabalho

Como a APR se relaciona com a SST – Segurança e Saúde do Trabalho?

A Análise Preliminar de Riscos é uma das formas de garantir a SST – Segurança e Saúde do Trabalho. Porque ela é uma análise feita previamente ao início de qualquer atividade dentro do ambiente organizacional. E seu principal objetivo é corrigir possíveis falhas que possam ocorrer e/ou prejudicar os trabalhadores.

Ao final da documentação da APR, garante-se também uma padronização no serviço feito pelos trabalhadores, sendo mais uma das formas de prevenir possíveis acidentes dentro do trabalho.

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Como a NR 12 se relaciona com a APR?

A NR 12 exige a realização da APR em cada maquinário, antes de dar início aos trabalhos da área.  Ela é uma Norma Regulamentadora que garante algumas medidas para a segurança dos trabalhadores que exercem suas funções com maquinários e equipamentos.

Nesse sentido, o documento se refere à integridade e saúde desses profissionais e impede o processo de importação, comercialização, exposição ou fabricação ao longo de projetos que utilizam esse tipo de ferramenta. 

Quem é o principal responsável por emitir o documento APR?

O documento APR será sempre feito pelos responsáveis pela segurança do trabalho na empresa. Isso não quer dizer que os colaboradores não terão participação ativa nesse mapeamento, pelo contrário, os trabalhadores serão a principal fonte de dados para os profissionais da segurança. Apenas a responsabilidade de unificar as informações e concretizar o documento é que se centraliza na área de segurança do trabalho.

Como preencher corretamente uma APR?

A APR é um documento aberto, em sua maioria feito em tabelas do excel, e que é preenchida pelos responsáveis da área de segurança de trabalho. Ela pode ser assinada e preenchida por qualquer profissional da empresa, desde que tenha conhecimento da área de Segurança do Trabalho. 

A ideia é que não seja um documento complexo de entender, e sim, um compilado de perguntas e respostas a fim de identificar onde e quais etapas dos processos de trabalho podem acarretar em algum acidente ou risco.

Como fazer uma APR?

A avaliação preliminar de riscos, além de certificar a saúde do trabalho, também pode estabelecer quais são as ameaças para o meio ambiente, para o serviço prestado, para o patrimônio e para a imagem da sua empresa. Por isso, é importante desenvolver as seguintes etapas:

1. Seleção de análise

O primeiro passo pode parecer óbvio, mas existem muitas APRs genéricas que não trazem o direcionamento de quais atividades estão sendo estudadas. Por isso, opte por criar a APR para tarefas nessa ordem:

  • Maiores índices de ocorrência; 
  • Maior potencial de causar lesão ou doenças;
  • Novos processos implementados;
  • Procedimentos operacionais que precisam de instruções escritas e específicas.

Para isso, é importante considerar que apenas uma pessoa não será capaz de coletar e documentar todas as informações, então uma equipe deve estar dedicada nessa tarefa.

2. Segmentação de atividades

Aqui, avalia-se quais são as macro e micro etapas envolvidas na execução de uma determinada função. Para documentar isso, leve em consideração a ordem em que as coisas são feitas e procure pelo menos 5 estágios em cada trabalho. Por exemplo:

Segmentação do trabalho de higienizar produtos:

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  • Averiguar quais produtos serão higienizados;
  • Identificar onde estão os produtos não higienizados;
  • Estabelecer um local de limpeza;
  • Definir onde colocar produtos higienizados;
  • Preparar materiais de limpeza;
  • Se deslocar até o local de limpeza;
  • Higienizar todos os produtos;
  • Realocar os produtos onde devem ser armazenados.

Com essa estratégia, a sua análise se torna ainda mais eficiente, porque trás um estudo completo de cada tarefa realizada.

3. Documentação 

Para fazer o levantamento necessário e entender como fazer uma APR com eficiência, o primeiro passo é entender as necessidades de campo e as etapas cruciais de execução em cada área da empresa. 

Isso significa que, ao finalizar a coleta de dados, deve ser possível identificar os riscos operacionais de acordo com o potencial de impacto para o negócio.

Com essa organização estratégica, o documento deve trazer quais serão as medidas de prevenção de acidentes aplicadas e qual vai ser a periodicidade de acompanhamento delas pela equipe. Para deixar essas informações ainda mais acessíveis, é possível elaborá-las em um checklist digital.

Pensando em facilitar a compreensão da análise, é interessante que todas as áreas da organização estejam a par dos objetivos planejados para gerar um entendimento completo das suas operações.

Para concluir, vale ressaltar que, apesar de modelos de APR em planilhas serem muito úteis, a maneira mais atual e competente de colocar a prevenção de riscos em prática é por meio de ferramentas digitais. Isso porque, desta forma, você tem acesso livre aos itens de análise e pode avaliar quais atividades demandam mais atenção.

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4. Coleta de informações

Dificilmente você conseguirá fazer uma Análise Preliminar de Riscos se não tiver dados e informações reais para se basear. Isso porque são eles que irão nortear as ações preventivas.

É preciso coletar informações como possíveis perigos iminentes à atividade, bem como listar os riscos em cada etapa. Aqui, você deve especificar também os responsáveis por cada tarefa e os equipamentos utilizados, incluindo os EPI’s obrigatórios.

Tudo que for obtido nesse levantamento deve ser registrado em um documento, cujo conteúdo poderá ser aprimorado sempre que necessário. 

5. Identificação das causas e vulnerabilidades

Junto com a análise dos riscos, é essencial detalhar as potenciais causas. Além disso, também é importante ter ciência dos seus efeitos, com suas respectivas gravidades.

Por exemplo: vamos supor que um profissional corre o risco de sofrer queimaduras ao utilizar determinado equipamento. Algumas perguntas que devem ser esclarecidas são:

  • É o equipamento em si que pode causar esse dano ou a forma com que ele é utilizado?
  • Quais as probabilidades de o problema ocorrer?
  • É possível prever a gravidade da queimadura, caso nenhuma medida seja adotada?

Todas essas questões devem ser analisadas na prática, detalhando as pessoas e os bens expostos a essa ameaça. 

Afinal, são essas informações que ajudarão a direcionar os profissionais de Segurança do Trabalho não apenas para criarem o documento de APR. Mas principalmente para adotarem medidas eficazes que resguardem a vida e o patrimônio.

6. Identificação de perigos

Quando a análise de atribuições estiver pronta, tenha um checklist em mãos para responder questões pontuais que tragam uma perspectiva gerencial de riscos. Veja alguns exemplos que podem ser replicados: 

  • Nesta atividade, é utilizado algum equipamento que representa um risco de lesão ao usuário? De qual tipo?
  • Durante o uso de um determinado equipamento ou maquinário, existe risco de queda ou escorregão?
  • Existe algum tipo de risco de lesão derivado do ato de levantar, puxar ou empurrar?
  • Alguma tarefa de rotina apresenta o risco de queimaduras? Como?
  • As pessoas trabalhadoras estão expostas a algum perigo químico, físico ou biológico?

Para direcionar ainda melhor essas perguntas, a dica é entender ao máximo o modus operandi do trabalho realizado para aumentar essa lista!

7. Planejamento das ações de segurança

Após a descrição dos riscos, causas e feitos, é hora de fazer a APR propriamente dita. Ou seja: planejar as ações que devem ser adotadas para lidar com os problemas encontrados, bem como corrigi-los.

Nesta etapa, é essencial delimitar regras, normas e boas práticas, de forma a garantir a segurança dos colaboradores. Tudo isso deve ficar registrado em um documento oficial, assinado pelos envolvidos e de conhecimento da empresa.

Além disso, essas medidas precisam de reforço entre as demais equipes, através de treinamentos e capacitações.

8. Desenvolvimento de medidas preventivas

Depois de identificar os perigos que profissionais diretos e indiretos têm, é hora de desenvolver as medidas preventivas, que vão assegurar que acidentes não aconteçam. Um exemplo de ordenação de controle é:

  • Eliminação – Descarte o risco fisicamente! Essa é a forma mais eficaz para melhorar a segurança na realização das atividades. No entanto, também é o método mais caro e difícil de implementar.
  • Substituição – Compense o perigo por um menor. Geralmente isto é feito com alguma adaptação de equipamento ou da forma de realizar a atividade.
  • Controle de Engenharia – Esse é um meio de isolar o perigo das pessoas. Eficaz, mas com implementação de longo prazo.
  • Uso de EPI – Minimize os impactos dos perigos no trabalhador com o uso de equipamentos de proteção individual.
  • Medidas administrativas – Mudar a forma como as pessoas trabalham pode trazer resultados de curto prazo, mas muitas vezes é ineficaz no longo prazo. Isso porque uma nova forma de realizar atividades pode ser mais devagar e/ou mais cara, o que prejudica a produtividade e os resultados financeiros da companhia.

Ponto de atenção: caso a sua medida de controle crie outros perigos, diferentes dos analisados, retorne à etapa 3.

9. Atualização constante

A Análise Preliminar de Riscos não é um documento estático. Ao contrário! Ela precisa passar por revisão regularmente, uma vez que novos riscos podem surgir, exigindo novas medidas para contorná-los.

Logo, é importante que os responsáveis estejam sempre revisando o conteúdo, bem como avaliando de perto a realização das atividades. Assim, eles conseguem agir sempre de forma proativa, ou seja, antes que os colaboradores sejam afetados de alguma forma.

Apesar dessas etapas serem consideradas essenciais, não há uma estrutura única de APR. Ela varia de acordo com a empresa, seu segmento e processos que adota no dia a dia.

Entretanto, para todos os casos, uma dica é utilizar uma plataforma de checklists, especialmente na etapa de análise. Isso porque eles facilitam a organização e o registro das informações. 

10. Divulgue a APR

Por fim, com a APR concluída, registre todas as informações para facilitar consultas posteriores das pessoas que estão expostas aos perigos identificados. Essa documentação precisa ter uma cópia controlada em um local de fácil acesso, e deve ter um texto de fácil compreensão para todos que terão acesso.

Mesmo que essa seja a última etapa, lembre-se que a APR é uma documentação viva, que deve ser constantemente atualizada e compartilhada!

O que não pode faltar na APR?

A APR é um documento que precisa ser entendido por todos que terão acesso a ele, por isso, uma linguagem acessível e organização das informações coletadas é imprescindível. Além dessas características, é importante conter as informações sobre cada atividade ou processo estabelecido dentro da APR. Essas informações precisam conter:

  • Qual atividade será realizada;
  • Os responsáveis por realizá-la;
  • Se os trabalhadores possuem capacitação (treinamento) para concluir a atividade;
  • Os perigos presentes na atividade;
  • As consequências indesejáveis desses perigos;
  • Se existe algo além dos perigos que possa dar errado;
  • Uma possível medida para controlar os riscos e trabalhar de forma segura;
  • E se ainda assim, algo sair do controle, para quem a empresa pode recorrer?

Como o Checklist Fácil pode auxiliar na sua APR?

Para garantir esse alcance do entendimento de todos os envolvidos, nós recomendamos a utilização do sistema Checklist Fácil, que é especializado em automatizar e padronizar processos através de um controle ágil.

Isso acontece porque a nossa ferramenta promove a integração de dados e, ainda, proporciona planos de ação para resolução de falhas e melhoria de resultados. Se você prestou atenção nesse artigo, já deve ter percebido que essa é a estratégia perfeita para adequar as suas APRs.

O nosso software também oferece a funcionalidade de workflow, que pode ser um grande aliado na elaboração da APR, já que esse recurso automatiza sequências de atividades e auxilia na busca de possíveis erros e gargalos. 

Para saber ainda mais sobre a Checklist Fácil, agende uma demonstração gratuita agora mesmo e veja como podemos otimizar a elaboração de APRs e otimizar a rotina da sua empresa!

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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