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Indústria de cosméticos: quais são as tendências e como vencer os desafios?

Indústria de saúde, beleza e bem-estar está em pleno crescimento no Brasil e a tendência é que a competitividade pela preferência do consumidor seja aquecida com as novidades no setor.
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Atualizado em: 25 de julho de 2024
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Tempo de leitura: 5 minutos

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Não é exagero afirmar que o mercado de beleza do Brasil é um dos mais promissores do mundo. Com faturamento crescente a cada ano, atingindo a marca de 29,62 bilhões de dólares em 2019 segundo a Euromonitor, é inegável a gama de oportunidades que podem ser aproveitadas por pequenos, médios e grandes negócios da indústria de cosméticos.

Quando se fala em lançamentos, o Brasil também se destaca ocupando a terceira posição entre os maiores países que lançam produtos no mercado global — ficando atrás apenas de Estados Unidos e China.

Só para melhorar ainda mais este cenário tão favorável, os novos hábitos de comportamento do consumidor, principalmente focados em sustentabilidade, trazem grandes insights para quem desejam investir no setor.

Por isso, se você deseja se destacar e fazer sua empresa crescer, o momento é agora! Entenda as tendências e os desafios da indústria de cosméticos e confira nossas dicas para o mercado, a seguir.

O que é a indústria de cosméticos?

Parece uma pergunta óbvia, mas o que muitos não sabem é que a indústria de cosméticos é bastante ampla, se divide em mais de uma categoria, e tem uma história que data antes mesmo da palavra “cosmético” existir.

Derivada do grego “Ko.osme.ti.kós”, seu significado é “hábil em adornar”, o que se refere principalmente ao hábito que homens e mulheres tem há milhares de anos. Nas gravuras encontradas em túmulos egípcios, fica clara a referência ao ato de delinear os olhos, além de sinais de uso de unguentos aromáticos por essa sociedade.

Nesse sentido, ao longo da história, é possível observar o uso de cosméticos para realçar a beleza de acordo com os padrões culturais de cada época e região. Carvão para pintar as sobrancelhas e carmim para a face já fizeram parte do kit de maquiagem de muitas pessoas no passado.

É por isso que se pode considerar cosmético toda substância ou tratamento relacionados à beleza humana. Atualmente, a fabricação de cosméticos pode ser bastante lucrativa, uma vez que não exige instalações e equipamentos sofisticados.

Ainda assim, para ter sucesso, é preciso cumprir com padrões de qualidade, que envolvem cuidados de manuseio, armazenamento e transporte, como veremos a seguir.

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Como funciona a indústria de cosméticos?

Desenvolver uma formulação cosmética e criar práticas de fabricação não bastam para o sucesso na indústria de cosméticos.

É preciso identificar tendências e expectativas do consumidor, de acordo com os costumes de seu público, bem como o que dita a moda. Assim como nos setores de roupas e calçados, é preciso ficar de olho no que está em alta e se reinventar a todo momento, destacando-se da concorrência.

Para regularizar a fabricação de cosméticos, a ANVISA possui uma classificação que os separa em dois tipos: os de grau 1 e os de grau 2.

No primeiro caso, trata-se daqueles itens que não necessitam de comprovação científica para sua comercialização. Isso não significa, entretanto, que dispensem a realização de testes toxicológicos e análises microbiológicas; mas sim, que estão mais relacionados ao embelezamento, à higiene e ao bem-estar. Alguns exemplos são:

  • Batom;
  • Esmalte;
  • Xampu;
  • Creme hidratante;
  • Perfume;
  • Sabonete;
  • Loção de barba;
  • Demaquilante facial.

Por outro lado, os cosméticos do grau 2 são aqueles que precisam de comprovação científica para que sejam comercializados. Deve assegurar a eficácia do que sua fórmula promete, e indicar instruções de uso ao consumidor, uma vez que podem causar efeitos colaterais quando mal utilizados.

É o caso de:

  • Protetor solar;
  • Creme para acne ou antirrugas;
  • Xampu com efeitos antiqueda ou anticaspa;
  • Desodorante bactericida ou antitranspirante;
  • Sabonete íntimo.

Com isso, a ANVISA tem como propósito garantir a segurança do consumidor, bem como facilitar o desenvolvimento de produtos por parte da indústria. Em geral, a produção de cosméticos do grau 1 tende a ser mais simples que a de grau 2.

Vale lembrar que para fazer o transporte e a distribuição de cosméticos, é preciso considerar fatores como temperatura em que estarão submetidos ao longo do trajeto, além de estruturas adequadas em casos de produtos frágeis.

Dados do setor no Brasil

A performance do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) no primeiro quadrimestre de 2021, quando a ABIHPEC fez o último levantamento, foi bastante positiva – apresentando alta de 5,7% em vendas ex-factory em relação ao mesmo período no ano anterior.

Ainda, foi o segmento de perfumaria que se destacou, atingindo a alta de 22% em vendas ex-factory. Produtos de higiene pessoal e cosméticos também tiveram bom desempenho, com crescimento de 11,4% e 8,7% respectivamente. Neste último, o grande destaque ficou por conta dos esmaltes e seus diversos lançamentos de edições limitadas.

Hidratantes corporais e produtos para pele do rosto ganharam o coração dos brasileiros no período da pandemia, e os hábitos vieram para ficar. O mesmo acontece com o álcool em gel, cuja utilização tornou-se hábito comum no cotidiano do brasileiro.

Quais são os desafios e as tendências desse mercado?

Quando se fala em cheiros, texturas e cores — especialmente daqueles produtos utilizados no dia a dia — as pessoas tendem a ter os seus favoritos e pouco estão abertas a experimentações. É o que diz a pesquisa feita pela Ipsos, revelando que mais de 80% das pessoas estão satisfeitas com os produtos que usam e que estão disponíveis no mercado atualmente.

Além disso, a maioria (55%) provavelmente afirma que escolherá uma marca confiável que conhece em detrimento de uma nova marca que não possui ou não usei antes. Isso representa um grande desafio para a indústria de cosméticos, sobretudo em pequenos e médios negócios.

Ainda assim, o que hoje representa uma fraqueza, amanhã pode ser a chave para o sucesso. Afinal, esse é o tipo de desafio que motiva empreendedores a pensar fora da caixa, capitalizar tendências e aplicar planos rápidos e flexíveis para acompanhar o mercado.

A sustentabilidade na indústria de cosméticos

É o que tem acontecido quando se fala em características do produto. Produtos naturais, limpos e sustentáveis são os favoritos do público quando desejam experimentar uma nova marca, que represente seus valores e hábitos de consumo.

Nesse sentido, produtos naturais são aqueles que, segundo a Ipsos, não contém qualquer aditivo artificial. Já os produtos limpos são os produtos saudáveis, isto é, que efetivamente contribuem para a saúde. Por fim, a sustentabilidade diz respeito à forma como os produtos são produzidos, pensando na utilização de recursos naturais e reciclagem por parte da indústria de cosméticos.

Há também a tendência dos produtos cruelty free, isto é, produtos cujas fórmulas não foram testadas em animais, sendo, em vez disso, aprovados em laboratório através de: tecidos humanos; modelos de computador; estudos voluntários; sistemas microfisiológicos; método alternativo in vitro; entre outros.

Isso significa maior democratização no setor, uma vez que pequenos e grandes negócios podem competir entre si, ou até atuar de forma complementar.

Qual é a importância da tecnologia para o setor?

Para ter o controle total dos processos que envolvem a indústria de cosméticos e, no geral, a indústria de saúde, beleza e bem-estar, é importante contar com o auxílio da tecnologia. Afinal, não se trata apenas de um diferencial competitivo para agilidade da produção, mas também da segurança e qualidade no processo produtivo.

Com um sistema para checklist digital, por exemplo, é possível criar checklists personalizados, adequados ao seu setor e tamanho da sua operação, bem como planos de ação para qualquer tipo de auditoria e inspeção — seja de documentações, visual merchandising, prevenção de perdas, gestão de estoque, etc.

Além disso, as atividades podem ser monitoradas continuamente com o apoio de relatórios e dashboards extraídos pelo sistema.

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