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A tecnologia e a automação são pilares da indústria 4.0

Quais são os 9 pilares da indústria 4.0? Conheça suas inovações tecnológicas

É impossível permanecer no mercado tecnológico sem se atualizar. Para isso, é importante conhecer os 9 pilares da indústria 4.0 e como implementá-los nos negócios do ramo industrial.
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Atualizado em: 14 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 9 minutos

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A tecnologia e a automação são pilares da indústria 4.0

Os nove pilares da Indústria 4.0 abrangem a Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem, big data, realidade aumentada, integração de sistemas, segurança cibernética, impressão 3D e tecnologia de simulação. Esses pilares são responsáveis pela otimização da produtividade, controle de equipamentos e máquinas e análise de dados numa indústria.  

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Se você atua no setor industrial, seja qual for o segmento do negócio, já deve ter ouvido falar de indústria 4.0. O senso comum nos remete a inovações tecnológicas de todos os tipos, capazes de otimizar a operação e evoluir a empresa como um todo. De fato, isso é verdade. Mas você já sabe quais são os pilares da indústria 4.0 e como ela funciona?

Esses pilares são essenciais para entender o conceito e aplicá-lo na prática, uma vez que, para tornar sua empresa mais eficiente e competitiva no mercado (atual e do futuro), é preciso estar atento às principais tendências de gestão.

Já falamos aqui no blog sobre o impacto da indústria 4.0 em diferentes segmentos da indústria. Agora, é hora de conhecer no que consiste sua definição e os pontos de aplicação para o negócio, de acordo com cada um dos pilares. Vamos lá? 

O que é indústria 4.0?

Indústria 4.0 é um conceito que se refere à aplicação de tecnologia da informação e automação nas empresas, estimulando transformações tecnológicas na forma de produzir, gerenciar, transportar, etc.

Isso significa otimizar processos, da execução à gestão, de forma que se tornem mais ágeis, assertivos e econômicos. O sonho de qualquer pessoa gestora, não é mesmo?

O uso da tecnologia na rotina da indústria pode acontecer de duas formas. Em primeiro lugar, na otimização de controle de equipamentos, como os sistemas para rastreamento e manutenção preditiva.

Do mesmo modo, também pode ser utilizada para o aumentar o desempenho de funções mais complexas, que antes eram de total responsabilidade do intelecto humano.

Dessa maneira, entre os pilares da indústria 4.0, podemos visualizar o uso de automação à máxima potência, em que os robôs de um sistema desempenham funções antes feitas de forma manual, muito mais lenta e suscetível a erros e retrabalhos.

Isso ajuda no monitoramento da operação e na tomada de decisões gerenciais, como veremos mais adiante. Agora, por que se chama indústria 4.0? 

O contexto da indústria 4.0

Se o próprio nome deste conceito se refere à quarta geração de alguma coisa, podemos supor que houveram outras três anteriores a ela. E isso é verdade.

A primeira revolução industrial aconteceu após 1760, com a invenção da máquina a vapor. Depois, já em 1800 e começo dos anos 1900, a energia elétrica tomou espaço na indústria, o que impulsionou o que conhecemos como a produção em massa.

Por fim, a terceira revolução industrial aconteceu após a segunda guerra mundial, com a criação dos computadores.

Atualmente, portanto, vivemos a quarta revolução industrial, que acontece principalmente devido à evolução da internet e dos sistemas cibernéticos. Assim, as fábricas estão mais inteligentes, automatizadas e, consequentemente, mais eficientes!

Pilares da indústria 4.0: qual o impacto da tecnologia? 

Mas, afinal, como essas tecnologias estão agindo no dia a dia das fábricas, seguindo os pilares da indústria 4.0? Algumas transformações são notáveis para o setor, a saber: 

Tomada de decisões

Essa é a revolução mais importante do ponto de vista gerencial. Com equipamentos atualizados, eficientes e conectados, e a análise de dados acontecendo em tempo real, a tomada de decisões é simplificada.

Dessa maneira, o trabalho da pessoa gestora passa se torna mais rápido e preciso, com grandes chances de movimentos positivos para a empresa.

Além disso, é um trabalho que passa a não depender da análise de uma pessoa sobre um único processo, mas sim, de diferentes gestores sobre diversos processos. Tudo de forma integrada e padronizada! 

Gestão de estoque

Com o auxílio de um banco de dados, o controle de entrada e saída de estoque é muito mais efetivo. Afinal, com o auxílio de tecnologia, é possível acompanhar as movimentações, bem como fazer previsões de demanda.

Isso evita a aquisição de materiais desnecessários em certas épocas do ano, como também prepara o gestor para o aumento de demanda. Assim, a empresa é capaz de cumprir todos os prazos, independentemente do cenário do mercado.

Sem o controle de estoque, a produção corre o risco de ser impactada pela falta de insumo ou mesmo gerar desperdícios. Em cenários extremos, é preciso até fazer o descarte de matéria-prima. 

Produtividade e rentabilidade

Se as tarefas passam a ser desempenhadas de forma mais rápida e com o mínimo de despesas possível, entendemos que a indústria 4.0 é uma tendência para geração de lucro por meio da transformação de processos.

Afinal, ao aumentar a produtividade gastando menos, sobra mais dinheiro para aplicar em melhorias, aquisição de novos equipamentos, contratação ou efetivação de profissionais qualificados, por exemplo.

Potencial competitivo

Com a digitalização de processos, é possível fazer análises de indicadores de performance e, com base em sólidos dados extraídos da operação, planejar estratégias coerentes ao mercado — o que tende a destacar o negócio dos concorrentes.

Somado a isso, o aumento da produtividade, a diminuição de custos e o equilíbrio na qualidade dos produtos oferecidos aquece a prospecção de clientes. Do mesmo modo, também estimula a retenção dos consumidores que já conhecem seu produto, ajudando na consolidação da sua marca no mercado.

Os 9 pilares da indústria 4.0

Agora que já sabemos do que se trata, como surgiu e quais são os benefícios dessa transformação digital na indústria, resta saber como ela é estruturada na prática, ou seja, quais são os pilares da indústria 4.0

Conforme as mudanças tecnológicas vão acontecendo, surgem novas ferramentas que se destacam e podem fazer sentido para um ou alguns segmentos específicos. É por isso que listar todas as inovações que acontecem na indústria seria impossível.

Aqui, vamos abordar os pilares principais, as tecnologias mais estruturadas e que tendem a servir como base para a transformação digital na indústria como um todo, fazendo sentido para o negócio seja qual for o segmento. Vem conhecer os 9 pilares da indústria 4.0

1. Big data

Seu principal benefício é a agilidade com que permite lidar com um grande volume de dados dos mais variados. Ou seja, é o termo que se refere à gestão de conjuntos de dados, que precisam ser processados e armazenados, com base em três princípios: volume, velocidade e variedade.

É através da grande quantidade de dados que o big data capta e analisa, por meio de softwares específicos, que o gestor consegue criar indicadores, estruturar metas, tomar decisões e criar boas estratégias de negócio.

Como essa coleta de dados acontece em tempo real e com base em diversas fontes integradas, ela permite à fábrica otimizar a qualidade da produção, economizando tempo, energia, bem como melhorando a qualidade do trabalho e o uso de equipamentos. 

2. Internet das coisas

Conhecida como “IoT” (sigla do inglês Internet of Things), é a tecnologia agregada a objetos que, muitas vezes, possuem sensores para captar informações sobre algo físico, integrando este dado a uma rede conectada, com a finalidade de otimizar operações. Em resumo, é a interconexão digital de objetos cotidianos, capaz de transmitir dados através da internet para facilitar a rotina.  

Não confunda, entretanto, com o mero acesso a diversas plataformas por meio de um único dispositivo. O que caracteriza a internet das coisas é a utilização de inteligência limitada e automação do sistema para execução de processos de fabricação.

Assim, os dispositivos conseguem detectar, reunir, receber e enviar dados exclusivos para outros dispositivos. É uma das melhores alternativas quando o assunto é manutenção preditiva, por exemplo. Dessa maneira, aprimorando a segurança no trabalho e ganhando eficiência em diversos pontos da operação. 

3. Sistemas integrados  

Como você deve ter percebido até aqui, padronização e integração são palavras de ordem para o futuro da indústria. Quando se fala em integração de sistemas, significa conectar informações de diversos departamentos em um ambiente centralizado, cujo objetivo é auxiliar o repasse de dados e acesso de informações para análise e gestão.

Assim, produção, engenharia, manutenção, transporte, financeiro, compras, RH, entre outros, ficam interligados. Podem compartilhar informações, agilizando a rotina com aquilo que precisam ao executar demandas multidisciplinares.

Integrar sua operação com softwares especializados não ajuda somente no trabalho interno, mas também otimiza a integração com fornecedores e clientes. Afinal, também é possível compartilhar painéis de gestão externamente, configurando-o para que todos os envolvidos tenham acesso às informações necessárias. 

4. Robôs autônomos

Embora os robôs não tenham surgido na 4ª revolução industrial, as versões inteligentes e pensantes fazem parte desse grupo e contribuem para os pilares da indústria 4.0.

Antes, os robôs comuns tinham como objetivo executar tarefas repetitivas, tornando-as mais ágeis e assertivas. Hoje, eles conseguem ir além: podem aprender e melhorar gradativamente. Para isso, basta eliminar do imaginário os robôs físicos bem representados na cultura pop.

Aqui, os robôs estão, na verdade, dentro dos sistemas, executando tarefas e utilizando sensores para aprender com elas, tomando decisões com base no que está acontecendo. Trata-se da inteligência artificial.

Isso significa que é a tecnologia que permite a interação do homem com a máquina e da máquina com outras máquinas, otimizando a operação conforme a necessidade. É uma tecnologia bastante voltada à gestão e eficiência de processos industriais.

5. Simulação

Trata-se da tecnologia que permite a representação do que ocorre no mundo físico, reconstituída em ambiente virtual. Isso é utilizado para gerar previsões sobre a operação em si, ou mesmo a própria gestão

Assim, pode ser utilizada antes da realização de algum investimento, para observar a necessidade de troca de equipamentos, aquisição de frota, etc.

Atualmente, já é possível realizar simulações em 3D sobre produtos e materiais dos processos de produção, o que contribui para a qualidade do produto e eficiência da fabricação. Afinal, é possível testar ideias antes de colocá-las em prática – o que exige tempo e recursos. 

6. Nuvem

É o armazenamento de dados na internet, utilizando um provedor de computação em nuvem em vez de servidor próprio. Com a gestão de dados em nuvem, é possível controlar dados por meio de um acesso, o que aumenta a segurança de informações.

Sistemas em nuvem permitem a integração de dados, uma vez que estão alocados em ambiente virtual. Além disso, representam grande economia a longo prazo para a indústria, já que elimina a necessidade de compra ou renovação de parque tecnológico próprio. 

7. Realidade aumentada

A indústria pode aplicar a realidade aumentada de diversas formas em sua operação, a depender de sua necessidade operacional. Um dos exemplos mais comuns nesse sentido é a seleção de peças em estoque, bem como o envio de instruções de reparo em tempo real.

Na prática, tem como principal objetivo a melhora da produtividade em situações que exigem agilidade no tempo de resposta. As informações são exibidas diretamente no campo de visão dos colaboradores, por meio de dispositivos como óculos de realidade aumentada.

Além disso, a realidade aumentada pode ser usada para treinamentos virtuais. Em um ambiente 3D, é possível ensinar e aprender tarefas complexas e de alta periculosidade com mais segurança e eficiência, ideal para preparar a equipe para emergências e situações de risco. 

8. Segurança cibernética

A cibersegurança é essencial na indústria 4.0, pois vem como uma consequência dos outros pilares, como os dados em nuvem, por exemplo. 

Tendo os processos gerenciais tão conectados e integrados à internet, iniciativas para proteção de informações próprias e de terceiros não é apenas uma necessidade, mas sim uma obrigação. 

9. Impressão 3D

Por fim, a impressão 3D é outro ponto que, assim como a simulação, permite a assertividade e qualidade na criação ou reestruturação de novos produtos.

Faz parte do conceito de manufatura aditiva, uma tecnologia da Indústria 4.0 que consiste na fabricação de objetos e peças físicas utilizando modelos digitais. A impressoras 3D são o exemplo mais conhecido de manufatura aditiva e digital.

As impressoras 3D são grandes aliadas na produção de protótipos e peças customizadas. Isso porque a impressão tridimensional possibilita a fabricação rápida de peças complexas, que podem ser mais caras quando possuem maior personalização.

Do mesmo modo, a tecnologia 3D reduz custos de transporte de peças que antes seriam feitas em locais muito distantes, tornando-se inviáveis.

Como os pilares da indústria 4.0 podem impactar sua empresa?

A indústria 4.0 pode ser assunto delicado entre os times e gestores. Afinal, por muito tempo entendeu-se que as máquinas assumiriam a posição dos colaboradores. Em revoluções anteriores, inclusive, houveram demissões em massa após a substituição do homem pela máquina.

No entanto, na indústria 4.0, as transformações acontecem de forma muito mais sutil, orientada à otimização e à análise de dados. É verdade que a tecnologia reduz alguns trabalhos manuais, mas isso não significa perder pessoas do seu time.

Afinal, como se trata do controle de informações, isso ainda precisa ser avaliado por alguém. Além disso, embora aconteça a otimização de máquinas e equipamentos, eles ainda precisam ser operados por pessoas.

O que acontece geralmente na indústria 4.0 é o aumento da eficiência dos colaboradores, bem como da capacidade gerencial dos encarregados.

Isso é o mesmo que elevar o time a tarefas mais analistas, com foco em resultados, do que em simples atividades repetitivas e inquestionáveis. Todos passam a se envolver, integrar e compreender o fluxo industrial, pensando em como torná-lo ainda melhor.

Trata-se de um grande passo para a empresa, como também para a carreira dos profissionais chamados 4.0, que ficam cada vez mais capacitados e preparados para o mercado do futuro.

Digitalizar a operação já é estratégia de forte impacto no setor industrial do Brasil e do mundo, e é preciso seguir as tendências para se manter no mercado. Ou seja, contar com processos atualizados, equipe qualificada e produtos que atendam às expectativas dos clientes.

LEIA MAIS | O que significa profissional 4.0 e como se tornar um trabalhador do futuro?

Como a sua empresa pode se preparar para os avanços da indústria 4.0?

Inicialmente, deve-se mapear as atividades da empresa, de forma a identificar quais processos podem ser otimizados a partir da automatização. Vale considerar todos os setores.

Além disso, é interessante buscar procedimentos que carecem de modernização, bem como falhas na comunicação causadas pela falta de integração e padronização.

Em um segundo momento, é importante calcular quais são as despesas que ocorrem em decorrência desses processos mal planejados ou obsoletos. Quando gestores e executivos costumam fazer essa conta, o resultado pode ser surpreendente, ao considerar as perdas a longo prazo.

Ter esses números em mãos ajuda na identificação da tecnologia que melhor irá agregar à sua operação, justificando seu investimento.

Na indústria, por exemplo, uma ferramenta que assegura 25% de otimização das horas trabalhadas, bem como 204% e ROI (retorno sobre investimento) gerados em até três anos, é o checklist digital.

Com o Checklist Fácil, é possível criar listas personalizadas para controle e aprovação de checagens, inspeções e auditorias, em diversos setores. Isso ajuda na gestão de pessoas, recursos e processos, garantindo a assertividade operacional e economia de custos, evitando erros e retrabalhos.

Sem falar que os dados ficam armazenados de forma segura, integrada e padronizada. Permitindo uma gestão mais eficiente e tomadas de decisões certeiras.

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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