Saiba tudo sobre Equipamento de Proteção Individual ou EPI

A NR 6 determina a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual quando o ambiente ou situações de trabalho apresentam risco ao trabalhador.
Atualizado em: 11 de agosto de 2023
Tempo de leitura: 9 minutos

O EPI desempenha um papel vital para colaboradores e empresas: garantir proteção aos profissionais durante seu trabalho.

É comum que certas atividades, especialmente as mais manuais e operacionais, tragam alguns riscos para quem as executa. Portanto, assegurar o máximo de segurança para os funcionários deve ser algo prioritário.

Entretanto, ainda é comum ver profissionais e até gestores que ainda têm dúvidas sobre seu uso. Por isso, no artigo de hoje você vai entender tudo sobre EPIs, incluindo os principais tipos e como gerenciá-los da maneira mais adequada. Acompanhe a leitura!

O que é EPI?

A sigla EPI significa Equipamento de Proteção de Individual. Como o nome já nos adianta, os EPIs são dispositivos ou itens que servem para proteger um funcionário contra acidentes de trabalho.

O seu uso é obrigatório em serviços que trazem algum tipo de risco à saúde. Nesse cenário, podemos lembrar do setor da construção civil, bem como atividades operacionais de fábricas.

No entanto, o EPI não é apenas uma recomendação. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 (NR 6), a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, os equipamentos adequados para a realização das atividades nas seguintes situações:

  • Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;
  • Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
  • Para atender situações de emergência.

Além disso, essa análise precisa partir da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) junto ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Assim, o EPI também é um item sujeito à fiscalização. O responsável por esse processo é o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Inclusive, caso a empresa não cumpra com as regras, pode receber uma multa. O valor varia de 3 a 50 salários mínimos — conforme a gravidade da situação.

Para que serve o EPI?

Em termos simples, o EPI serve para proporcionar segurança ao profissional durante o seu trabalho. Isso inclui proteção contra acidentes e até doenças que podem decorrer da ocupação.

Dessa forma, ele é um item essencial para preservar a saúde dos colaboradores. Contudo, há um ponto que muitas vezes passa despercebido: ele também é responsável por trazer economia para as empresas.

Isso acontece, por exemplo, com organizações que desenvolvem tarefas insalubres e com nível de ruído acima dos limites permitidos. Nesse cenário, elas devem pagar um adicional de insalubridade. Isso é estabelecido pela NR 15, que delimita graus de enquadramento que variam de 10% a 40%.

Entretanto, caso ela disponibilize o Equipamento de Proteção Individual adequado, pode ficar isenta deste pagamento. Afinal, como os ruídos serão neutralizados, os danos previstos à audição do profissional não acontecerão.

Qual a importância do EPI na segurança no trabalho?

O Equipamento de Proteção Individual é item básico e, ao mesmo tempo, imprescindível em empresas. Embora, em teoria, a função original do EPI seja preservar a saúde do colaborador, sua importância vai bem além disso.

Durante o trabalho diário, o funcionário enfrenta alguns riscos à sua integridade física. 

Entretanto, diferente do que muitas pessoas pensam, esses perigos não causam apenas acidentes – apesar de ser algo que, por si só, já justifica o seu uso. 

Com a exposição regular a determinadas ações ou agentes, o colaborador pode apresentar alguns problemas na sua saúde a longo prazo. Como você viu acima, a audição pode sentir esses impactos.

Portanto, esses itens também visam minimizar as chances de que os colaboradores desenvolvam alguma complicação ou doença ocupacional que prejudique no seu bem-estar.

Outro elemento que não podemos deixar de mencionar aqui é a legislação. Fornecer o EPI correto não é apenas uma boa prática, mas também uma norma de segurança do trabalho. Portanto, é importante dar a devida importância para evitar problemas no futuro, incluindo no âmbito jurídico.

Quais os principais benefícios que o EPI oferece?

Investir em Equipamentos de Proteção Individual traz vários benefícios para as empresas e seus colaboradores. Aqui, separamos quatro, que são:

1. Segurança para os colaboradores

O EPI é fundamental para garantir segurança e preservar a saúde dos trabalhadores. Como você viu, os riscos vão muito além dos acidentes.

Dependendo do tipo de atividade, o funcionário pode aspirar algumas substâncias tóxicas ou ser exposto à situações que causarão doenças ocupacionais. Por isso, a proteção que o EPI traz também engloba esses cenários.

Sendo assim, investir nesses equipamentos é fundamental para fornecer condições ideais de trabalho e preservar sua saúde a longo prazo. 

2. Aumento da produtividade

Realizar um trabalho sem os equipamentos adequados pode causar perda de tempo, pois o profissional acaba se obrigando a fazer determinadas atividades com ainda mais cautela pensando na sua proteção.

Logo, os materiais corretos e úteis vão garantir uma melhor execução do serviço.

Além disso, com a segurança no ambiente de trabalho, a quantidade de colaboradores que terá de se ausentar por saúde será bem menor. Dessa forma, a empresa consegue aumentar sua produtividade e realizar trabalhos com maior eficiência.

3. Adequação às Normas Regulamentadoras

Fornecer os EPIs necessários é, também, uma obrigação das empresas. Assim, entregar esses produtos aos colaboradores assegura que a organização está cumprindo com as Normas Regulamentadoras.

Com isso, caso exista algum tipo de auditoria externa, as chances de multas são minimizadas. Esse ponto também evita eventuais problemas jurídicos com indenizações, por exemplo.

4. Fortalecer a imagem da empresa no mercado

Se existe algo que pode impactar uma empresa de forma irreversível são as crises de imagem. A partir do momento que o público passa a questionar sua seriedade, as consequências podem ser graves, inclusive nas finanças.

Dessa forma, acidentes ou eventuais problemas pela falta de EPIs podem ser catalisadores de crises assim. 

Por outro lado, empresas que cumprem com as boas práticas são bem vistas no mercado. Isso melhora sua imagem com o público geral e, à vista disso, facilita sua busca por investimentos e novos parceiros.

Quais são os principais tipos de EPI?

A NR 6 disponibiliza uma lista de EPIs que se enquadram para cada função. Ela é dividida de acordo com a parte do corpo o Equipamento de Proteção Individual protege. Alguns desses itens mais comuns são:

  • Cabeça: Capacetes e capuz ou balaclava;
  • Olhos e face: Óculos, viseiras e máscara de solda;
  • Auditiva: Protetores auriculares, tampões e abafadores de ruídos;
  • Respiratória: Máscaras, filtros e respiradores;
  • Tronco: Aventais e coletes à prova de balas;
  • Membros superiores: Luvas, braçadeiras, mangotes e creme protetor contra agentes e produtos químicos;
  • Membros inferiores: Calçado (coturnos, botas e tênis, por exemplo), meia,  perneira e calça;
  • Corpo inteiro: macacão e outro tipo de vestimenta que cubra o corpo todo;
  • Contra quedas: Cinto e cinturão de segurança.

É preciso ter em mente que não são todos os EPIs que devem ser disponibilizados na sua empresa. Eles variam de acordo com o setor ou mesmo nível de exposição dos colaboradores. 

Dessa forma, as regras para trabalhadores da indústria não são necessariamente as mesmas para quem trabalha com sistemas elétricos, por exemplo.

Mas como saber qual EPI escolher? É o que veremos a seguir.

Como é feita a escolha do Equipamento de Proteção Individual?

O primeiro passo consiste na realização de uma Análise Preliminar de Risco (APR). Ela deve acontecer antes mesmo de a empresa adquirir qualquer item.

Essa atividade nada mais é que uma avaliação dos riscos que cada tarefa traz consigo. Ou seja, é um estudo que vai detalhar cada etapa do trabalho para entender seus riscos.

Dessa forma, o objetivo é prever eventuais problemas e propor ações que controlem, neutralizem ou atenuem essas situações iminentes.

Com essa análise em mãos, primeiramente devem ser sugeridas as chamadas medidas de proteção coletivas. Elas incluem:

  • Organização do local de trabalho;
  • Instalação de sistema de iluminação, exaustão e ventilação;
  • Disposição dos itens de sinalização de segurança;
  • Proteção para as escadas;
  • Acessibilidade para deficientes físicos.

Assim, quando se identifica que essas ações não são capazes de fornecer a segurança necessária, adota-se o uso de um EPI. Como os riscos já foram previamente analisados, o técnico em segurança do trabalho consegue determinar o equipamento que, de fato, supre as necessidades de proteção.

Além disso, é necessário conhecer a NR que se destina para cada tipo de atividade. Dessa maneira, a empresa faz uso do equipamento adequado e segue às normas obrigatórias.

Quem deve usar EPI?

Existem vários fatores que podem influenciar o uso ou não de um EPI. Em geral, o que vai determinar essa situação são as situações de risco, conforme apontado na APR.

Assim, é preciso contar com um profissional de segurança do trabalho. Será ele o responsável por fazer as avaliações e as orientações quanto a utilização do Equipamento de Proteção Individual.

Além disso, como você viu, cada tipo de atividade e setor conta com especificações diferentes. Trabalhadores da construção civil, por exemplo, devem usar equipamentos quando estão em estruturas altas e também no chão, pois em ambas as situações eles são expostos a riscos.

Via de regra, os EPIs são indispensáveis para profissionais como:

  • Eletricista;
  • Eletricitário;
  • Mecânico;
  • Pedreiro;
  • Serralheiro;
  • Soldador;
  • Marceneiro;
  • Enfermeiro;
  • Açougueiro;
  • Jardineiro;
  • Operador de empilhadeira;
  • Trabalhadores de laboratório;
  • Jatista;
  • Forneiro.

Os profissionais também não podem se negar a usar o EPI. Como dissemos, esse é um processo que precisa de parceria entre todos os envolvidos.

Por isso, assim como as empresas devem fornecer os equipamentos, os profissionais precisam utilizá-los da maneira correta em todos os momentos.

Como garantir o uso correto do EPI?

Cada EPI é único e varia de acordo com as atividades. Dessa forma, existem diferenças nos itens para profissionais da construção civil e técnicos industriais, por exemplo.

Por isso, garantir o uso correto é uma dúvida comum. Entretanto, para que o uso Equipamento de Proteção Individual seja o adequado, é preciso que exista um esforço conjunto da empresa com os seus funcionários.

Esse trabalho a quatro mãos será benéfico para as duas partes. Dessa forma, cabe à organização:

  • Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
  • Ensinar o seu funcionamento e importância;
  • Exigir o seu uso;
  • Fornecer apenas equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
  • Orientar e treinar o colaborador sobre o uso adequado, armazenamento e conservação;
  • Substituir os itens imediatamente quando danificados ou extraviados;
  • Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
  • Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
  • Registrar o seu fornecimento ao trabalhador — seja em fichas, livros ou sistema eletrônico.

Assim, o colaborador também deve:

  • Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
  • Responsabilizar-se pela guarda e manutenção;
  • Comunicar à empresa qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para o uso;
  • Cumprir as determinações da organização sobre o uso adequado.

Com essa parceria e compreensão, os riscos resultantes da má ou não utilização se minimizam consideravelmente.

Como deve ser feita a manutenção de EPI?

Para que todo o esforço para fornecer os EPIs não seja em vão, é necessário fazer a manutenção dos mesmos. Antes de mais nada, é importante destacar que todo e qualquer equipamento de proteção deve ser aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). 

Além disso, deve estar dentro do prazo de validade – apontado pelo Certificado de Aprovação (CA). Seguir esses dois cuidados básicos é um bom começo para garantir a qualidade e o bom uso do EPI. 

No entanto, a empresa também deve realizar mais algumas atividades, como:

Inspeção formal

O processo de inspeção vai depender dos materiais que precisam ser avaliados. De qualquer forma, é preciso que seja feito por um profissional legalmente habilitado. Assim, você garante isenção e maior eficácia no procedimento.

Na maioria das vezes, essa atividade é realizada pelo próprio fabricante do equipamento. Porém, isso não é uma regra. Ou seja, pode ser feito por uma pessoa diferente, desde que entenda do assunto, de fato.

Controle periódico de validade

Lembra que citamos acima o Certificado de Aprovação? Bem, o seu prazo de validade é de cinco anos. Passado esse período, é preciso verificar a possibilidade de renovação da certificação junto à fabricante.

Além disso, também há a validade do equipamento em si. Ele pode ter especificidades que devem ser seguidas para que seja considerado em boas condições. Por isso, é preciso que essas situações sejam monitoradas.

Limpeza e higienização

A higienização dos EPIs é um item primordial e precisa ser praticada com regularidade. Caso contrário, a sujeira pode causar problemas de saúde ao profissional.

Também é importante cuidar do armazenamento. Isso porque um local inadequado pode causar acúmulo ainda maior de poeira e outros tipos de sujeira.

Desta forma, os equipamentos devem ser guardados secos, em local limpo, com temperatura ambiente e devidamente arejado.

Por que investir em um checklist para EPI?

Para que uma organização consiga atender todos os pontos necessários em relação aos EPIs, é de suma importância contar com a tecnologia. Isso porque um dos principais motivos que podem levar a erros em relação ao uso desses equipamentos está na falta de controle durante os processo.

Embora essa seja uma situação comum, é algo que pode ser evitado. Os checklists eletrônicos permitem otimizar a gestão de EPIs, além de ser uma ferramenta aliada para garantir o cumprimento das Normas Regulamentadoras.

Além do que já apresentamos, há ainda outros benefícios que agregam valor a essa solução, como:

  • Ampliação da eficiência e o dinamismo da operação;
  • Minimização de prejuízos e falhas;
  • Aumento da qualidade do serviço, garantindo o uso adequado dos equipamentos de proteção;
  • Contribuição na análise de dados, tornando a gestão de EPI mais rígida.

Uma lista como essa em papel não consegue mais atender às complexidades do trabalho diário. Para obter maior eficiência operacional, empresas nacionais e internacionais contam com a Checklist Fácil, líder em checklists eletrônicos na América Latina.

Maior eficiência operacional com o Checklist Fácil

O Checklist Fácil é uma ferramenta que conta com soluções totalmente online para resolver essas situações.

Com ele, por exemplo, é possível verificar com frequência cada material, visando garantir que eles estão em boas condições e sendo utilizados adequadamente. Dessa forma, a empresa consegue atingir melhores níveis de clareza sobre os processos e as atividades diárias.

Além disso, um checklist eletrônico possibilita adicionar os itens obrigatórios sobre os equipamentos necessários e os seus respectivos usos, tornando o gerenciamento como um todo mais eficiente.

E isso não é tudo! O ponto fundamental a ser destacado aqui é a automatização de atividades.

O Checklist Fácil viabiliza a categorização de produtos. Ou seja, você cria um banco de dados com informações específicas sobre cada um dos EPIs. Permitindo realizar a checagem com maior agilidade e precisão.

Já a funcionalidade de checklist por imagem é responsável por garantir um melhor uso do Equipamento de Proteção Individual. Isso porque ela permite adicionar perguntas ou orientações específicas em cada ponto de uma foto.

Dessa maneira, os profissionais que vão usar o EPI terão uma melhor compreensão sobre seu manuseio e função. Enquanto que os processos de inspeção, consequentemente, serão facilitados, pois será possível fazer comparações e avaliações com base nas imagens.

Agende uma demonstração gratuita e entenda os impactos dessa ferramenta no gerenciamento de EPIs e na segurança do trabalho da organização.

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