A Indústria 5.0 é o conceito que define a integração de tecnologias avançadas com a colaboração humana para aumentar a eficiência e a produtividade no segmento industrial. Entre os recursos mais comuns, estão a Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Big Data e robótica.
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A Indústria 5.0 chegou para unir os avanços tecnológicos à capacidade criativa do ser humano. A gente sabe que a impressão é de que faz pouco tempo que o conceito de Indústria 4.0 veio à tona. Mas, à medida em que novas tecnologias ganham velocidade, é preciso acompanhar esse movimento.
É fato que os sistemas inteligentes são uma realidade cada vez mais presente no mundo dos negócios. Uma pesquisa da Harvard Business Review revela que 90% dos executivos entrevistados consideram que o sucesso das organizações depende da adoção de tecnologias emergentes como:
- Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT;
- Machine Learning;
- Internet das Coisas (IoT);
- Biometria;
- Big Data;
- Metaverso;
- Realidade virtual ou aumentada;
- Blockchain;
- Robótica avançada;
- Entre outras.
Diante disso, a 5ª Revolução Industrial é justamente o termo que resume a forma com a qual o mercado deverá incorporar todas as tecnologias listadas acima — e o que mais vier a surgir.
Vamos entender melhor tudo isso? Confira o artigo a seguir para saber mais sobre o que é Indústria 5.0 e por que esse é um conceito que deve fazer parte do dia a dia de qualquer negócio.
O que é a Indústria 5.0?
A Indústria 5.0 — Indústria do Futuro ou Indústria Colaborativa — se refere à interação colaborativa entre humanos e máquinas. O conceito direciona empresas para a combinação entre tecnologias avançadas e criatividade humana, unindo:
- Eficiência operacional;
- Produtividade;
- Tecnologia.
Em resumo, podemos afirmar que a proposta dessa ideia é construir um novo modelo de trabalho. Nele, pessoas e robôs devem trabalhar de forma complementar e conjunta em prol de uma sociedade que respeite os limites produtivos do planeta.
Então, vamos compreender o que antecede tudo isso antes de discorrermos mais sobre esse novo modo de relacionar a força de trabalho e a cadeia produtiva.
O que significa 5.0 e como surgiu o conceito?
Depois de avançarmos por quatro fases da Revolução Industrial, o 5.0 chegou como uma estratégia aplicável a todos os setores e organizações, e não somente às indústrias. O objetivo, agora, é focar nas necessidades e no bem-estar das pessoas e do planeta.
Vamos explicar melhor: o termo passou a ser utilizado para adequar as perspectivas da Indústria 4.0 à Sociedade 5.0, que teve origem no Japão. A expressão foi utilizada por membros do governo na divulgação de um plano para usar a tecnologia e a ciência na erradicação de problemas sociais.
E por que 5.0? Basicamente, porque essa é a escala que representa a sequência evolutiva da sociedade humana, já que passamos por quatro revoluções anteriores, que foram as seguintes:
- 1ª Revolução Industrial: marcada pela mecanização ou maquinofatura, no século XVIII;
- 2ª Revolução Industrial: quando foram introduzidos meios de produção em massa na capacidade produtiva, na segunda metade do século XIX;
- 3ª Revolução Industrial: no século XX, com avanços em robótica, informática, telecomunicações, genética, etc.;
- 4ª Revolução Industrial: conduzida pela automação industrial e pela chegada de diversos recursos, como IoT, IA, computação em nuvem, entre outros.
Estamos, portanto, na era em que computadores e hiper conexão possibilitam um modo de vida mais inteligente e otimizado.
Sendo assim, a Sociedade 5.0 e, por consequência, a Indústria 5.0, instigam modelos de negócios a chegarem em soluções para problemas atuais do planeta. Vamos ver mais sobre isso no tópico abaixo!
O que a Indústria 5.0 traz de novo?
A novidade da Quinta Revolução Industrial é que ela promove a convivência e sintonia entre as máquinas e os seres humanos. Afinal, não basta apenas adotar sistemas ciberfísicos, cada dia mais essenciais para a evolução das empresas.
A Indústria 5.0 promove o aproveitamento máximo na aplicação das tecnologias disponíveis ao mercado, agregando valores como ESG (Environmental, Social and Governance). Esse é um dos pontos que diferem o conceito do seu antecessor, conforme veremos em mais detalhes a seguir.
Qual a diferença entre indústria 4.0 e 5.0?
Agora que já sabemos o que significa 5.0 para a indústria, podemos dizer que o que distingue essa fase mais avançada é o objetivo de trazer um olhar mais humano e social, em vez de evidenciar somente a transformação digital.
Ou seja, a Indústria 5.0 sugere o uso das tecnologias como forma de potencializar as atividades humanas e de ter as pessoas e um mundo mais sustentável entre os objetivos centrais do mercado, e não somente a lucratividade.
Para entendermos melhor qual a diferença entre Indústria 4.0 e 5.0, basta observarmos alguns números como os de um estudo da PwC sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.
60% das mais de 10 mil pessoas em 140 países acreditam que poucas ocupações serão estáveis até 2030, em consequência dos avanços tecnológicos. Além disso, 37% delas sentem que seus empregos correm algum tipo de risco.
Porém, 73% afirmam não acreditar que a tecnologia possa substituir a força de trabalho humana, e que tudo se trata de um entendimento sobre o perfil do profissional 4.0 esperado para as novas colocações.
É neste ponto que a Indústria 5.0 se enquadra, uma vez que, como falamos no início do tópico, o conceito visa promover a integração dos valores sociais e humanos à tecnologia na cadeia produtiva.
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Quais são as características e os 3 pilares da Indústria 5.0?
Entre as características de uma empresa 5.0, orientada pela cooperação entre humanos e máquinas, estão a união multidisciplinar de profissionais, produtos interativos, hiper customização e foco na experiência do cliente.
Esses atributos têm como base três pilares que, de acordo com um infográfico publicado pela Comissão Europeia, fornecem embasamento para a Indústria 5.0. Vamos conhecê-los na sequência!
1. Ser humano no centro
Este primeiro pilar da Indústria 5.0 diz respeito a maneiras de atender e reter talentos nas empresas, além de priorizar o cliente externo. Em outras palavras, as pessoas devem ser vistas como foco dos negócios, e não o contrário.
Junto a isso, é necessário também encontrar meios de oferecer valor agregado aos clientes, e não só desenvolver estratégias competitivas. Tal diretriz serve para produtos, serviços e ambiente de trabalho.
2. Resiliência
Não basta que as empresas cresçam e obtenham bons resultados. A Indústria 5.0 orienta o mercado para a criação de organizações preparadas para lidar com diferentes circunstâncias.
Isto é, uma boa estratégia de negócio deve considerar planos que permitam às organizações se anteciparem, reagirem e aprenderem em situações de crise.
3. Sustentabilidade
As empresas não devem apenas reduzir impactos ambientais e sociais negativos. O pilar de sustentabilidade da Indústria 5.0 rege que o mercado se dedique a aumentar suas contribuições positivas para as comunidades e o para o planeta como um todo.
Ademais, o uso adequado de recursos como efeito de modelos de negócios mais flexíveis e tecnológicos promete reduzir os impactos da indústria no meio ambiente e contribuir com novas políticas sustentáveis.
Portanto, este é o esquema visual que resume qual Revolução Industrial estamos prestes a vivenciar:
Como está a Indústria 5.0 no Brasil?
A Indústria 5.0 no Brasil ainda é um assunto novo, e isso pode representar uma oportunidade para as empresas que querem se destacar no mercado. As organizações estão passando pela adesão à Indústria 4.0, ou seja, o momento é de inclusão e investimentos em novas tecnologias.
De acordo com a pesquisa Tech Trends 2023, da Deloitte, as empresas brasileiras lideram o ranking de implementação, inovação e investimento na América Latina. Porém, em comparação a outros países do mundo, o Brasil ocupa o 39º lugar.
Nada impede, porém, que os valores difundidos pela Indústria 5.0 sejam colocados em prática em paralelo à transformação digital que está em curso. Então, vamos conhecer a seguir alguns casos que identificam esse conceito.
Exemplos de aplicação da Indústria 5.0
Confira abaixo alguns exemplos da Indústria 5.0 que já fazem parte do dia a dia de algumas empresas.
Robôs colaborativos e interconexão
A BMW é um dos casos mais conhecidos de práticas da Indústria 5.0 com o uso de robôs colaborativos. Há alguns anos, as fábricas possuem máquinas programadas para a realização de tarefas repetitivas e perigosas.
Assim, os colaboradores atuam com mais segurança em tarefas que exigem mais habilidade manual. E a empresa também ganha: essa composição entre homem e máquina resultou em cerca de 80% de ganho de produtividade, segundo a Forbes.
Inteligência Artificial e suporte cognitivo
A IA é outro exemplo de tecnologia capaz de elevar a capacidade de produção na era da Indústria 5.0. Isso vale tanto para atividades cognitivas quanto para acelerar possibilidades de inovação em modelos de negócio.
A tecnologia pode ser aplicada para apoiar atividades como:
- Geração de códigos para programação;
- Criação de checklists digitais para controle de qualidade, monitoramento de processos, auditorias e inspeções;
- Serviços de atendimento ao consumidor;
- Programas de treinamento;
- Entre outras possibilidades.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, revelaram em um estudo que o acréscimo em produtividade com o uso de IA pode chegar a quase 40%.
Internet of Things (IoT)
O uso de equipamentos conectados à internet favorece o controle da eficiência e reduz, por exemplo, o desperdício de recursos como energia elétrica.
No ambiente corporativo, esse é o papel dos sensores IoT, que possibilitam o acompanhamento em tempo real da performance dos ativos.
Biotecnologia e Nanotecnologia
A Indústria 5.0 também incorpora a ciência avançada no campo da nanotecnologia e da biotecnologia, o que favorece a geração de novos produtos e materiais. Isso reflete diretamente na disponibilidade de recursos mais sustentáveis e na redução da geração de resíduos.
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Quais os desafios da Indústria 5.0?
Apesar da exigência de uma velocidade acelerada para mudanças, o mercado deve se preparar para superar alguns obstáculos e conseguir progredir com a Quinta Revolução Industrial. Conheça agora quais são os principais desafios!
Capacitação de profissionais
As habilidades necessárias para acompanhar as mudanças do mercado estão variando em velocidade maior do que a formação de profissionais capacitados.
Por esse motivo, as empresas podem se deparar com lacunas de pessoas preparadas para colaborarem com máquinas inteligentes na Indústria 5.0.
Investimento alto
Muitas das tecnologias de ponta exigem preparo financeiro para aquisição. Tem-se que incluir nessa conta, ainda, o tempo e a realização de treinamentos.
Sendo assim, o ritmo da mudança pode ser um desafio, mesmo que haja dinheiro em caixa para investir.
Diversidade de opções de tecnologia
Embora existam muitas tecnologias diferentes no mercado, essa variedade pode ser um ponto de dificuldade. Afinal, é preciso analisar bem as particularidades e a visão de futuro de um negócio antes de definir o que deve ser prioridade entre tantos recursos disponíveis.
Porém, de uma forma ou de outra, uma coisa é fato: é preciso começar, porque as empresas que não acompanharem essa tendência vão ficar para trás.
Que tal dar o primeiro passo em direção à Indústria 5.0?
Utilizar um sistema completo de gestão de processos é uma forma de começar a incorporar esse conceito. O Checklist Fácil, por exemplo, atende critérios de tecnologias avançadas como:
- Oferta de dados em tempo real;
- Armazenamento em nuvem ilimitado;
- Big Data;
- Biometria.
A solução auxilia gestores a alcançar a eficiência operacional com a digitalização de auditorias, inspeções e monitoramento de processos a partir da criação de checklists online.
O Checklist Fácil viabiliza, também, a correção em tempo recorde de não conformidades com a criação automática de planos de ação para esse tipo de caso.
Com a nossa solução, sua empresa pode conquistar resultados como:
- Economia de 840 mil reais em 3 anos;
- 204% de ROI (Return on Investment, ou Retorno sobre Investimento, em português);
- Economia de 80 mil folhas de papel;
- 2 horas de ganho de trabalho por dia, por analista;
- Redução de 150 e-mails por semana.
Tudo isso, claro, alinhado à otimização do trabalho da sua equipe, contemplando todos os pilares da Indústria 5.0 que conhecemos neste artigo.
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