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Cenário mostra o dia a dia do varejo

O que é varejo? Veja dicas para obter sucesso nesse setor

Responsável por mais de 20% do PIB nacional, varejo é qualquer atividade que envolve a venda de bens e serviços ao cliente final.
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Atualizado em: 11 de novembro de 2024
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Tempo de leitura: 7 minutos

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O varejo engloba lojas físicas, digitais e omnichannel, ou seja, é um segmento de mercado dedicado à venda direta de bens e serviços ao consumidor final.  Pode ser classificado como varejo restrito, varejo essencial e varejo ampliado. Entre suas atividades, estão marketing, gestão de estoque e práticas de atendimento. 

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O varejo, também conhecido como comércio varejista, é uma modalidade de comercialização em pequena escala. Em outras palavras, o negócio vende menos produtos por vez, diferentemente do atacado.

No Brasil, o setor é considerado a espinha dorsal da economia. Isso porque ele representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Chegando a movimentar, entre os anos de 2017 e 2018, cerca de R$1,34 trilhão – segundo dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

Você tem dúvidas sobre esse tipo de comércio? Então, continue a leitura pois abordaremos os principais tópicos sobre o varejo. Vamos lá!

Afinal, o que é varejo?

Resumidamente, varejo é qualquer ação relativa à venda de bens e serviços realizada diretamente ao consumidor final. Visando, no caso, o seu uso pessoal.

Podemos definir o termo, ainda, como uma atividade comercial que disponibiliza as mercadorias almejadas pelos clientes, sem que haja o intermédio de qualquer outro negócio.

Veja exemplos de categorias que atuam no varejo:

  • Supermercados e hipermercados;
  • Farmácias;
  • Lojas de departamentos, vestuários e itens esportivos;
  • Lojas de móveis, decoração e materiais de escritório;
  • Postos de gasolina;
  • Livrarias;
  • Estabelecimentos de produtos pets;
  • Concessionárias de veículos;
  • Lojas de eletroeletrônicos.

Como é possível perceber, trata-se de um setor bem segmentado. Ele engloba desde microempresas até multinacionais, bem como traz lojistas e pequenos feirantes, juntamente com supermercados que possuem filiais distribuídas pelo país.

Por este motivo, impacta uma fatia grande da população, uma vez que oferece produtos e serviços para todas as classes sociais.

Quais os tipos de varejo?

Existem 3 principais tipos de varejos. Eles se diferem especialmente pela forma com que atingem os consumidores. Conheça um pouco sobre cada um deles:

1. Varejista de loja física

É o comércio que possui estabelecimento físico para a venda das suas mercadorias. Esse modelo possui diversos formatos, incluindo:

  • Lojas de fábrica, que comercializam itens de fabricação própria;
  • Lojas de departamento, que vendem linhas de produtos diversos, classificadas por seções;
  • Marcas especializadas, focadas em vender um único tipo de produto ou vários de uma marca em específico;
  • Supermercados e hipermercados, voltados à comercialização de produtos alimentícios.

2. Varejo sem loja

É o tipo de negócio que não possui loja física. Ou seja, o cliente não pode ir até o local para realizar suas compras. Assim como no modelo anterior, esse tipo de varejo conta com variações. Entre elas estão:

  • Venda direta, em que vendedores realizam o famoso “porta a porta”, para demonstrar mercadorias;
  • Telemarketing, que consiste na venda por meio de contato telefônico; 
  • Venda online, cujos produtos são comercializados através de sites, redes sociais ou plataformas especializadas.

3. Organizações de varejo

Consiste em diversas lojas que pertencem a um mesmo grupo ou organização. Fazendo, assim com que tenham uma maior vantagem competitiva. Alguns exemplos são:

  • Franquia, cujo franqueado vende produtos ou serviços previamente validados pelo franqueador;
  • Cooperativa de varejo, que une lojas distintas e independentes para obter melhores condições de compra;
  • Rede corporativa, em que diversas lojas pertencem a uma única empresa e, portanto, vendem produtos semelhantes.

Qual a importância do varejo para a economia brasileira?

O comércio varejista vem impulsionando a economia do país. Mesmo durante a pandemia, em que vários negócios foram impactados, ele conseguiu crescer acima do PIB. 

Segundo o estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, o seu desempenho vem crescendo nos últimos anos.

Para se ter uma ideia, o varejo restrito (que não inclui venda de automóveis e materiais de construção) cresceu 1,8% em 2019 – contra 1,1% do PIB nacional. Em contrapartida, o setor varejista como um todo obteve R$1,91 trilhão em vendas, representando 26,2% do PIB.

Todos esses números positivos impactam diretamente na quantidade de empregos gerados. Somente o varejo empregou cerca de 26% dos trabalhadores com carteira assinada. Isso representa mais de 8,5 milhões de pessoas.

E qual a perspectiva? A Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo IBGE, projeta um avanço de 4,2% em 2021. Já o Google acredita que a participação do mercado varejista em e-commerce deve dobrar. Registrando, portanto, um crescimento de 12,4% ao ano.

Como é a atuação do varejo?

Como mencionamos, o varejo encontra-se estrategicamente entre os fornecedores e os consumidores, ou seja, ele está diretamente ligado ao cliente final. Servindo, portanto, como um facilitador para que possam ter suas necessidades supridas.

Sendo assim, ele é responsável por:

  • Disponibilizar todas as atividades que visam atender as necessidades do consumidor;
  • Facilitar o acesso a produtos e serviços, fornecendo condições de entrega e armazenagem;
  • Garantir o fornecimento de variados produtos e serviços, inclusive de marcas concorrentes entre si, permitindo, assim, que o cliente faça suas escolhas;
  • Adquirir produtos em grande quantidade, para que os clientes os adquiram em lotes menores;
  • Esclarecer dúvidas dos consumidores, sem que tenham que contatar diretamente os fornecedores.

De que forma ocorrem as vendas no varejo?

Conforme explicamos no tópico sobre os tipos de varejo, a comercialização pode ocorrer de diversas formas. O atendimento diretamente no estabelecimento é o mais conhecido. Neste caso, o cliente vai até o local, pode conversar com os vendedores e, assim, efetuar suas compras.

Porém, especialmente com o avanço da tecnologia, outros meios vem ganhando destaque. Um deles é o e-commerce, que nada mais é do que uma loja virtual. Lá, as empresas expõem seus produtos e serviços e a pessoa adquire à distância, recebendo diretamente em casa — no caso de mercadorias físicas.

Outro formato que está crescendo é a venda através das redes sociais. Nelas, as marcas expõem os produtos e podem compartilhar promoções exclusivas. Já o usuário pode adquirir por ali mesmo ou então ser direcionado para o site.

Essa variedade demonstra o quanto o setor é amplo. E mais: que existem muitas oportunidades de crescimento.

LEIA MAIS | Loja física e virtual: como integrar e aumentar as vendas

Quais as principais dificuldades do setor varejista?

Uma das principais dificuldades do setor varejista é a concorrência acirrada. Devido às oportunidades existentes, mais empreendedores optam por seguir esse caminho. Assim sendo, o mercado pode ficar, por vezes, difícil de acompanhar.

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Nesse caso, é importante estar sempre à frente, ou seja, analisar o cenário e os públicos. Assim, é possível buscar melhorias e inovações constantes.

Outros problemas que acometem o varejo são a dificuldade de contratar pessoas qualificadas e a alta rotatividade. Geralmente, são menores as exigências na hora da contratação, justamente porque o salário não é tão alto quanto o praticado em outros segmentos, como na indústria. 

Isso faz com que a mão de obra seja menos especializada e, ao mesmo tempo, seja difícil manter o profissional, no caso de receber uma proposta mais vantajosa.

Qual a diferença entre varejo e atacado?

Enquanto o varejo atende principalmente o consumidor final, o atacado é mais voltado para revendedores. Isso porque ele oferece a possibilidade de adquirir volumes maiores de produtos.

O comércio varejista é o que estamos mais acostumados. Uma vez que é onde adquirimos as mercadorias para consumo próprio. Já o atacado funciona como um distribuidor. Isto é: as vendas são feitas, posteriormente, por outros comerciantes.

Aliás, muitas vezes o atacadista é a própria indústria. Como o fabricante de laticínios que vende diretamente para os supermercados.

Existe, porém, um outro segmento que vem ganhando destaque: o de atacarejo. Como o próprio nome sugere, é uma combinação de varejo e atacado em um mesmo local. No caso, é possível adquirir tanto em grandes volumes, quanto por unidade.

Isso permite que pessoas físicas tenham acesso a preços mais competitivos. Uma vez que os atacadistas continuam adquirindo em maior escala – o que reduz substancialmente o valor da unidade.

Veja abaixo um resumo das principais diferenças entre varejo e atacado:

Dicas para ter sucesso no varejo

Agora que você entendeu o que é varejo, que tal ver algumas dicas para entrar nesse ramo? Elas irão te ajudar a trilhar um caminho de sucesso – seja com loja física ou não. 

Vamos lá:

Seja um líder presente

Um erro muito comum no setor de varejo é o empresário não acompanhar o dia a dia do seu comércio. Isso não quer dizer que ele precisa estar todos os dias na loja. Até porque ele tem líderes que desempenham esse papel.

Mas sim que ele deve acompanhar o andamento do negócio. Ou seja: entender os processos e estudar a realidade do mercado periodicamente. Além disso, é essencial que ele conheça seu cliente. Isso permite ajustar o atendimento, bem como a comunicação como um todo.

Treine seus colaboradores

Lembra que falamos sobre a dificuldade em contratar profissionais qualificados? Pois isso pode ser contornado ao oferecer capacitação para eles. Busque por treinamentos que aprimorem suas habilidades e competências, tendo em vista que isso irá impactar diretamente no resultado do seu negócio.

Lembre-se, porém, de criar formas de avaliação. Aqui, vale promover conversas periódicas, a fim de entender suas necessidades também. 

Aprimore o seu relacionamento com o cliente

A maneira de os clientes se relacionarem com as marcas mudou muito nos últimos anos. Isso se deu graças ao avanço da internet e, especialmente, das redes sociais. Assim sendo, é importante estar presente nos principais canais e, claro, interagir com seus seguidores.

Mas atenção: desenvolva uma comunicação mais personalizada e intimista. Seja criando programas de fidelização ou promoções exclusivas, por exemplo.

Adote o atendimento omnichannel

Uma das grandes tendências do varejo e do comércio como um todo é investir no atendimento omnichannel. Mas o que é isso? Consiste em oferecer mais de um canal de compra para o cliente. Sendo que todos são interligados entre si.

Ficou confuso? Vamos explicar. O cliente pode conversar com você pelo Instagram, seguir em uma negociação pelo Whatsapp e, no final, optar por retirar o produto diretamente na loja. Tudo isso somente é possível porque os dados são unificados em uma mesma ferramenta.

Mas será que vale a pena investir no atendimento omnichannel? Os números dizem por si só. Segundo um estudo da Harvard Business Review, 73% dos entrevistados utilizam múltiplos canais ao longo da sua jornada de compra. Assim sendo, suas chances de realizar vendas aumentam substancialmente com essa modalidade.

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Você pode enviá-la por e-mail após cada compra ou então criar formulários pontuais. Assim, consegue melhorar ainda mais a experiência que as pessoas têm com a sua loja.

Otimize sua gestão com o apoio de tecnologia

Por fim, é essencial inserir tecnologias no varejo e modelos de gestão mais eficientes neste tipo de negócio. Um software de gestão, por exemplo, ajuda a otimizar o tempo e tornam processos mais ágeis, como um todo. Por exemplo:

Outra opção é apostar no checklist online. Esse tipo de ferramenta permite criar listas de verificação para garantir que os processos estão sendo realizados adequadamente.

Em um supermercado, por exemplo, é possível criar checklists para recebimento de mercadorias, organização do estoque, limpeza dos corredores, entre outros. Já as lojas de roupas podem usar o sistema para garantir a padronização do layout e que os produtos sejam entregues dentro do prazo estipulado. 

O Checklist Fácil pode ajudar a padronizar os processos de checagem e inspeção do seu varejo. Agende uma demonstração gratuita agora mesmo e veja na prática os seus benefícios!

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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