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Profissionais atuando na indústria automobilística

Indústria automobilística: principais desafios e tendências do setor

Setor de grande potência no mercado brasileiro, a indústria automobilística passou por grandes transformações em sua trajetória - e vem mais por aí. Prepare seu negócio e acompanhe as tendências para o futuro!
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Atualizado em: 9 de outubro de 2024
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Tempo de leitura: 9 minutos

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Você já deve saber que a indústria automobilística é a responsável pela fabricação de veículos automotores que rodam nas ruas de todo o mundo. Mas, como está esse setor hoje em dia?

Quando começou no Brasil, lá no início do século XX, as linhas de montagem eram simples, mas atendiam a escala da época. Desde então, muita coisa mudou – e continua em transição! Essa indústria é reconhecida internacionalmente por sua importância na geração de empregos e no giro da economia de vários países.

Com tamanha relevância e um mercado competitivo, repleto de tendências tecnológicas e novos comportamentos de consumo, os desafios não são poucos. Muito menos em termos de investimentos, assunto que costuma tirar o sono dos gestores. Entenda em detalhes todos esses impactos da indústria automobilística e prepare-se para o futuro do setor! 

O que é indústria automobilística?

Indústria automobilística, ou automotiva, é aquela que se dedica à produção de veículos automotores para deslocamento de pessoas, animais e mercadorias.

A primeira indústria automobilística do mundo data de 1903, quando Henry Ford fundou a Ford Motor Company. De lá para cá, essa indústria vem sendo responsável pela fabricação de veículos em massa – da elaboração do projeto até a comercialização desses bens duráveis, passando por todas as etapas de seu desenvolvimento, bem como de propaganda.

Vale lembrar que essa fabricação pode envolver dois tipos de veículos. De acordo com a Resolução nº 396 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em 13 de dezembro de 2011, os veículos podem ser classificados como leves e pesados.

Entre os leves estão os carros, SUVs, motos, utilitários e pick-ups com peso máximo (bruto) de 3.500 kg. Já os veículos pesados, podemos citar caminhões, tratores de rodas, ônibus, micro-ônibus, motor-casa, entre outros. 

Como a indústria automobilística funciona?

Inicialmente, a indústria automobilística empregava um grande número de operários. Para se ter uma ideia, no início de 1929, ela chegou a contar com 128 mil pessoas. Porém, com o avanço da automação, esse tipo de indústria começou a utilizar máquinas para executar parte das tarefas nas linhas de montagem.

Essa decisão foi tomada visando reduzir acidentes de trabalho, diminuir custos com mão de obra e aumentar a produtividade.

O excelente resultado alcançado com essa automação fez com que a indústria automobilística fosse impulsionada a usar cada vez mais tecnologia na fabricação de seus produtos. Ampliando, com isso, a eficiência e segurança em sua operação.

E não foi só na execução de processos que a tecnologia foi aplicada. Ela passou a ser incluída também nos veículos. Afinal, com o avanço da digitalização, eles precisavam oferecer maior tecnologia embarcada, visando garantir conforto, facilidade e conectividade com novos gadgets.

Isso impulsionou a indústria automobilística à aplicação de tecnologias avançadas – desde a concepção do veículo até o produto final. 

Indústria Automobilística: tendências e inovações

Atualmente, a automação é a base da indústria automobilística. De acordo com a Revista Quatro Rodas, 70% das atividades são executadas por robôs.

Dessa forma, a maioria das montadoras atua dentro das prerrogativas da indústria 4.0, isto é, utiliza a tecnologia como grande aliada de sua operação, seja em manufatura ou mesmo em processos de gestão.  

Com a ajuda de máquinas e sistemas, em harmonia com o raciocínio humano, essas fábricas buscam a eficiência total. Algumas chegam a produzir até 60 automóveis por hora. Para se ter uma ideia, um carro leve demorava um dia para ser finalizado no passado!

A primeira etapa da manufatura é a que conta com maior número de robôs. Isso porque ela exige mais tarefas de soldagem – e eles têm maior capacidade de alcançar pontos de difícil acesso. Já a última, que envolve muitos detalhes de mecânica e tapeçaria, é feita por humanos.

Para tudo funcionar de forma perfeita, é preciso um controle rigoroso das atividades e do tempo em que são executadas. Além de contar com o comprometimento dos fornecedores dos componentes, para que cumpram os prazos estipulados, sem atrasos.

É por isso que, para gerenciar tantos processos, a tecnologia também aparece como aliada. No caso, ela assume um papel essencial na gestão e monitoramento de dados da operação, através de softwares especializados.

Conheça as principais tendências no setor automobilístico

Mas, afinal, quais são essas tecnologias tão requisitadas para o futuro do setor automobilístico? Citamos as principais aqui:

Além disso, os softwares embarcados em cada veículo precisam ser constantemente atualizados. Para que, assim, se tornem cada vez mais inteligentes, autônomos e seguros, atendendo as demandas dos usuários. É o mesmo cenário que vemos com o uso dos smartphones.

A diferença é que esses softwares precisam ser ainda mais primorosos. Isso porque, se a atualização de um sistema operacional de um smartphone não funcionar adequadamente, não há grandes danos. Mas um veículo com defeito pode causar acidentes fatais.

Tendo isso em mente, as indústrias automobilísticas precisaram tomar uma decisão estratégica. Ou absorvem o desenvolvimento dos softwares internamente, contratando equipes altamente especializadas, a partir de altos investimentos. Ou então fecham parcerias com empresas que já vem desenvolvendo essas tecnologias, como Tesla e Google.

Vamos conhecer melhor cada uma dessas ferramentas? 

Inteligência Artificial (AI) na indústria automobilística

Como já vimos, os robôs fazem parte das linhas de montagem há algum tempo.

Agora, a tendência é que deixem de fazer apenas tarefas operacionais, tornando-se responsáveis por entregar dados em sistemas e planilhas, enviar e-mails e aprimorar o processo de comunicação com demais setores.

O RPA, sigla de Robotic Process Automation (Automação de Processos Robóticos) chegou para auxiliar nas tarefas administrativas. Assim, otimizando a assertividade dos dados e facilitando a gestão dessas indústrias. 

A conectividade através da Internet das Coisas (IoT)

Cada vez mais a indústria automobilística precisa inserir chips, microcomputadores, sensores e softwares que conectem o veículo aos demais gadgets do usuário.

Eles permitem que o veículo interaja com o proprietário. Assim, fornecendo dados importantes para a sua manutenção, desde o momento de abastecer até o status sobre o filtro do ar-condicionado ou o pagamento de impostos.

E mais: podem apontar o uso inadequado de freios, de câmbio e da aceleração, por exemplo. Ou então comunicar uma necessidade de recall para troca de peças.

Outrossim, esses dados abastecem o banco de informações das montadoras e concessionárias. Que conseguem acompanhar se o veículo está apresentando a performance esperada.

Automóveis elétricos

Outra questão que vem pressionando o setor automotivo é a tendência do fim do motor à combustão. Acredita-se que isso irá ocorrer dentro de 20 a 30 anos em alguns países.

Afinal, existe uma pressão mundial por parte de grandes investidores com foco em Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), isto é, a consciência coletiva de uma empresa em relação aos fatores sociais e ambientais.

No Brasil, ainda não há incentivos para fabricação dos carros elétricos ou híbridos. Mesmo assim, algumas empresas já estão planejando o lançamento e a produção em larga escala.

Uma grande dificuldade desses veículos é a questão da durabilidade da bateria. No caso, eles precisam carregar com mais frequência. Logo, não são, ainda, atrativos para quem deseja rodar alguns quilômetros a mais.

Por outro lado, a sustentabilidade está cada vez mais na pauta dos consumidores. Que veem nesses automóveis a solução para diminuir a poluição e se livrar da exploração de recursos minerais, como combustível, por exemplo. 

Carros autônomos

Parece até roteiro de filme de ficção científica. Mas, para a indústria automobilística, os carros autônomos já estão saindo do papel e se tornando realidade.

Quase todas as grandes corporações do setor estão na corrida para desenvolver um carro que não precise mais de motorista. Além delas, empresas gigantes de tecnologia e serviços de mobilidade, como Tesla, Google, Uber e Alphabet, já estão com projetos bem avançados.

O objetivo é reduzir os acidentes de trânsito e dar mais tempo para o motorista realizar outras tarefas enquanto se desloca.

Mesmo com milhões de dólares investidos, um carro 100% autônomo ainda deve demorar para ser visto circulando em vias brasileiras. Não só devido à complexidade de implantação dessa tecnologia em relação às leis de trânsito, mas também em termos de acessibilidade à população.

Ainda assim, é uma tecnologia que deve ser acompanhada de perto, pois é uma forte tendência para o futuro do setor

Gestão ágil de manufatura

Foi no Japão pós-Segunda Guerra Mundial que a Toyota sentiu a necessidade de encontrar uma forma diferente de fabricar automóveis. Assim, deixando a operação mais eficiente e enxuta, se comparado ao que era praticado na Ford.

Dessa forma, surgiu o Lean Manufacturing, que tem sua tradução literal do inglês como Manufatura Enxuta.

Essa metodologia visa tornar os processos mais enxutos, ágeis e produtivos. Ela não só elimina qualquer atividade que não agrega ao dia a dia, como também ajuda na redução de desperdício de recursos. Portanto, é uma poderosa metodologia para a produtividade e redução de custos.

Para isso, a base da gestão ágil da manufatura envolve o uso de sistemas de gestão integrados e o controle dos processos com checklists em todas as etapas. Só assim é possível avaliar quais as atividades podem ser eliminadas, sem prejuízo ao produto final.

Vale destacar que, hoje, o conceito de lean manufacturing é considerado essencial para que a indústria automobilística mantenha suas margens de lucro.  

Como o Checklist Fácil pode ajudar a indústria automobilística?

Não existe uma receita pronta para que as indústrias automobilísticas vençam com facilidade todos os desafios que se apresentam no seu mercado de atuação.

Mas, existe uma solução que pode ajudar a melhorar ainda mais seus processos internos, buscando a eficiência total. Essa ferramenta é o checklist online.

Com ele, os gestores podem criar checklists e planos de ação para qualquer tipo de auditoria e checagem nas fábricas.

A própria Toyota, indústria automobilística reconhecida internacionalmente pela eficiência na sua linha de produção, usa o Checklist Fácil para ganhar ainda mais produtividade

Confira alguns usos dessa solução na indústria automotiva:

Checklist Fácil na prática

A ferramenta permite a criação de checklists personalizados para aprovação e controle das mais diversas etapas da operação. No setor automobilístico, por exemplo, em que recursos visuais são tão importantes para monitoramento da produção, o checklist digital permite inserir imagens para ajudar na gestão da qualidade.  

E esse controle pode acontecer até mesmo via dispositivos móveis, por meio de aplicativos. Basta cadastrar imagens no app para que sejam visualizadas ao longo da aplicação do checklist – como forma de se certificar que algo está dentro do padrão.

Muito mais eficiente que listas manuais ou em planilhas de Excel, não é?

Do mesmo modo, outro recurso que facilita a vida do gestor da indústria automobilística é a categorização de produto, que permite a elaboração de um banco de dados com listagens de produtos e suas respectivas descrições, separadas por categorias.

Assim, ao aplicar o checklist, basta recorrer ao código de barras desses produtos para ter acesso à informação do banco e validar o que precisa ser auditado. Tudo isso facilita o controle de compras e estoque, minimizando desperdícios e reduzindo custos.

Qual o papel da indústria automobilística na economia do país?

A indústria automobilística passou a ter um papel estratégico na economia brasileira, e isso se deve a sua longa cadeia de produção – que vai da fabricação de peças às concessionárias e oficinas, ajudando a criação de milhares de empregos.

Por ter sido um dos primeiros setores a adotar a automação, passou a receber uma série de incentivos para produzir e vender mais. Visando, com isso, mitigar o impacto da perda de vagas de trabalho para os robôs.

Com a pandemia de Covid-19, que iniciou em março de 2020 no país, essa indústria sofreu um baque significativo. Chegando a registrar perdas por 10 meses consecutivos. No final do ano, até apresentou um certo crescimento, embora muito abaixo do esperado.

Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), 2020 apresentou uma retração de venda de 40%, em comparação com 2019. O que impactou diretamente o PIB do país.

Outro impacto foi o fechamento das fábricas da Ford no Brasil. Isso gerou um alto número de desempregados, além de dúvidas quanto à manutenção das concessionárias da marca.

Observando as tendências da indústria automobilística mundial, a revolução na mobilidade urbana também vai repercutir diretamente nos números deste setor.

Nos últimos anos, a mudança de hábitos dos usuários exige que as grandes indústrias revejam sua cultura corporativa.  Especialmente porque é preciso contornar a tendência do veículo compartilhado – devido ao avanço dos aplicativos de transporte.

Para o presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes, em entrevista à Isto é Dinheiro, a indústria automobilística não irá mais produzir só veículos.

Ela passará a ser também prestadora de serviços de mobilidade. Tornando necessária uma mudança importante nos planos de negócio destas empresas, impactando o mercado como um todo. 

Como preparar a indústria automobilística para os próximos anos?

Apesar das complicações geradas pela pandemia, boa parte dos fabricantes de automóveis ainda ativos no país mostrou um movimento interessante nos últimos anos ao manter, retomar ou planejar novos programas de investimentos.

É o que mostra o levantamento da Automotive Business. Considerando todos os planos de investimentos ativos atualmente, os aportes já feitos e a fazer pelas montadoras entre 2017 e 2025 somam quase R$ 44 bilhões. E se olharmos apenas para os os investimentos planejados de 2021 em diante, o total ainda é surpreendente: resulta em pouco mais de R$ 32 bilhões.

Esses investimentos estão divididos em desenvolvimento e lançamento de novos veículos e motores, bem como modernização de fábrica, com adoção de manufatura digital.

Principais benefícios da tecnologia na indústria automobilística

Como vimos, acompanhar as tendências de tecnologia na indústria automobilística não é um modismo, mas sim uma necessidade. Afinal, a tecnologia proporciona:

  • Redução de custos operacionais;
  • Economia de recursos hídricos e energéticos;
  • Aumento na velocidade das montagens;
  • Possibilidade de fazer testes e pesquisas online, tanto com consumidores quanto com fornecedores;
  • Realizar checagens em todos os processos;
  • Reduzir a probabilidade de erros;
  • Ganhar segurança operacional;
  • Contar com maior precisão na montagem, o que aumenta a qualidade.

Com tantas vantagens competitivas, fica difícil contestar a necessidade de aplicação de sistemas e soluções de tecnologia na indústria automobilística, não é mesmo?

Afinal, só elas são capazes de aumentar o retorno financeiro, uma vez que promovem melhorias contínuas na produção, ajudando inclusive em tomadas de decisão mais assertivas, com base em sólidos dados da operação.

É com a tecnologia que o negócio consegue se planejar para atender às necessidades de um consumidor cada vez mais exigente. 

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Rafael Zambelli

Diretor Executivo e Cofundador da Checklist Fácil, Rafael é graduado em Administração pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - e Mestre em Gestão da Informação pela PUC-RS. Antes de empreender, também atuou em empresas como Dell e Vonpar

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