O que é logística? Veja 7 dicas para realizar a sua gestão

Para otimizar a logística na sua empresa, é necessário aplicar um plano operacional eficiente. Garantindo, assim, que os recursos são utilizados de maneira adequada, respeitando prazos, armazenagem e modo de distribuição. Saiba como fazer!
Atualizado em: 22 de maio de 2023
Tempo de leitura: 7 minutos

Para entender o conceito de logística, não é preciso recorrer ao dicionário em um primeiro momento. Afinal, ela está presente até em atividades intuitivas do dia a dia, como o simples planejamento de uma refeição

Entretanto, ela se torna indispensável quando pensamos em empresas. No caso, a logística é essencial para a cadeia de suprimentos, isto é, o conjunto de processos que fazem parte do ciclo de vida de qualquer produto – da produção à entrega ao consumidor.



É por isso que ela precisa ser tratada com cuidado e atenção na gestão empresarial. Afinal, exige esforços estratégicos que envolvem a administração de recursos, materiais e informações. Vamos entender melhor como isso funciona, na prática, e ver como manter a eficiência logística na sua empresa? Continue a leitura! 

O que é logística?

A palavra logística deriva do grego e tem a ver com “lógica”. Sendo assim, como você deve ter percebido, ela não envolve apenas um único processo. Na verdade, trata-se do conjunto de métodos utilizados para garantir que os recursos certos estejam nos locais adequados, para entrega dentro dos prazos estipulados

Atualmente, a atividade compreende processos de diversos setores, que devem atuar de forma integrada para o sucesso de toda a operação. Por isso, áreas como engenharia, economia, marketing, estatística, RH, tecnologia e inovação têm algum contato com a logística empresarial de alguma forma.

O seu foco é justamente o cumprimento das atividades com a maior qualidade, pelo menor custo possível. Assim, a logística começa no fornecimento de matéria-prima e vai até os pontos de consumo

Para que esse fluxo aconteça, algumas tarefas são necessárias. A saber:

  • Gestão de estoque;
  • Gestão de compras;
  • Previsão de demanda;
  • Controle de armazenagem;;
  • Picking;
  • Transporte;
  • Distribuição.

Todas essas tarefas, portanto, devem estar correlacionadas e respeitar prazos e padrões de qualidade. 

Existem diversos tipos de logística para que todo esse processo aconteça. Abordaremos sobre isso ainda neste conteúdo!

Como a logística funciona?

A logística possui diversas etapas. Para cada negócio, ela representa um conjunto de técnicas e ferramentas específicas. Por exemplo, na indústria, a logística está relacionada à aquisição de matéria-prima e à distribuição de produtos

no comércio, as atividades correspondem à disponibilização e entrega do produto ao consumidor.



No passado, os padrões de consumo eram completamente diferentes. Isso porque os processos logísticos também eram outros. Era difícil adquirir um produto que não fosse fabricado próximo ao local onde vivemos, principalmente itens perecíveis. 

Com a evolução da tecnologia, porém, a logística ficou bem mais abrangente.

Dessa maneira, podemos entender que a logística não é uma atividade única e imutável, mas sim um mecanismo de planejamento e uma mescla de atividades de acordo com a necessidade de cada negócio e nicho de mercado. Muitos fatores podem ser levados em conta, como volume de demanda, localização, tempo, etc.

Mesmo assim, duas atividades são essenciais para o processo logístico de qualquer empresa. São elas: 

1. Transporte

Trata-se do uso de veículos para a movimentação de mercadorias entre fábricas, armazéns, centros de distribuição, locais de varejo e clientes. É uma atividade que requer planejamento e otimização constantes, visto que atrasos nas entregas podem acarretar em perdas e, portanto, prejuízos.

O transporte é multimodal e pode ser feito por meio de rodovias, ferrovias, aerovias, dutovias e hidrovias. Para que isso aconteça o transporte deve ser pensado de forma integrada, com todos os pontos de carregamento e descarregamento. Além de levar em conta a gestão de frota, seja de veículos próprios, profissionais terceirizados ou com auxílio de transportadoras.

Para que essa etapa seja concluída, deve-se implementar uma série de adequações conforme requisitadas pelo governo do país. No Brasil, as movimentações de carga precisam ser validadas por meio de documentos fiscais, como a nota fiscal e o conhecimento de transporte eletrônico.

Isso significa que a carga só pode ser enviada se estiver de acordo com as regras estabelecidas. Além disso, é preciso manter o controle de remessas, acompanhamento e atualização da carga, gestão de pedidos, auditoria de frete e pagamento. 

Para gerenciar todas as demandas, é comum que as empresas de logísticas contem com softwares de gestão, pois eles unificam os dados, ampliando o controle.

A logística de transporte é necessária em duas frentes principais: 

  1. Na sequência de recursos necessários para fabricação e mantidos em estoque
  2. Na disponibilização constante de produtos em pontos de venda. 

2. Armazenagem

A gestão de armazém envolve funções como controle de estoque e atendimento de pedidos. Aqui, também é preciso contar com a tecnologia para controlar o grande volume de informações, que constantemente são utilizadas para manter o fluxo de entrada e saída de matérias-primas ou mercadorias. 

Assim, é possível rastrear estoques e manter a organização, prevenindo perdas e auxiliando na gestão de compras. 

Qual a importância da logística para as empresas?

A logística empresarial tem como objetivo melhorar a operação do negócio. Isso não significa apenas contar com finanças sadias, devido à redução de custos e aumento da qualidade. Mas também elevar a retenção de clientes. Afinal, a fluidez na cadeia produtiva agrega valor ao produto ou serviço entregue.

Nesse sentido, a aplicação da logística nas empresas representa um diferencial competitivo em um mercado cada vez mais complexo. Quem possui workflows, ou seja, fluxos de trabalho, e processos bem definidos tende a manter as contas longe do vermelho, evitando gargalos e multas.

Na prática, significa que, sem um planejamento logístico de qualidade, o setor de produção pode ficar travado. Isso pode acontecer quando, por exemplo, há atrasos na solicitação de insumos. A partir desse único atraso, todas as áreas que fazem parte desse mesmo fluxo também sofrem perdas, prejudicando a operação como um todo.

Além disso, ter a produção em dia ajuda em negociações mais favoráveis. Isso porque se o  setor de compras sabe com antecedência o que é preciso comprar, pode negociar valores, condições de pagamento e prazos, bem como avaliar o volume do pedido com calma.

Em suma, a gestão logística garante:

  • Aquisição de insumos com melhor custo-benefício;
  • Oferecimento de produtos ou serviços de maior qualidade;
  • Redução de custos e rapidez de entrega;
  • Redução de perdas e defeitos;
  • Aumento dos níveis de satisfação e retenção de clientes

Principais tipos de logística

Existem diferentes categorias de logística: de terceiro, quarta parte, de entrada ou saída, reversa, verde, de construção, digital e até militar. 

Aqui, vamos destacar os principais tipos de gestão logística utilizados no Brasil

Suprimento

A gestão de suprimentos é a área que compreende a definição de estratégias e a coordenação de materiais necessários para a operação. Ela garante que esses itens sejam entregues em local e data combinados, sem atrasos.

Do mesmo modo, é a gestão de suprimentos que avalia o fluxo de materiais, de forma que nunca falta ou sobre insumos. 

Distribuição

a logística de distribuição é responsável pela gestão do material armazenado. Isso significa que, nesta etapa, o material é enviado para os locais onde é necessário. 

Além do controle de carregamentos e descarregamentos, também é preciso monitorar o transporte, bem como disponibilidade de estoque – estando sempre alinhado com a logística de suprimentos. 

Produção

Aqui, o foco é a supervisão da oferta de produtos para o mercado, de modo que a gestão de materiais e o controle de mão de obra estejam integradas com todas as demais informações do processo produtivo. 

É a logística de produção que controla o uso do espaço e os requisitos de preparação de produtos

Reversa

Trata-se da área da logística que lida com o recall de suprimentos do processo de produção. É o caso, por exemplo, da remoção de materiais excedentes em um projeto de construção. 

Assim, esses produtos são reabsorvidos e passam a representar uma nova oferta de estoque. 

Como fazer uma boa gestão logística?

Como vimos, seja qual for a etapa, fazer uma boa gestão logística é essencial para um gerenciamento sustentável do negócio. Mas, com tantos processos complexos, realizá-la pode se tornar um verdadeiro desafio para os gestores. Principalmente nos dias atuais, em um mercado cada dia mais competitivo, dinâmico e exigente.

Por isso, separamos 6 dicas para você elaborar um plano logístico eficiente na sua empresa:

1- Monitore o transporte

Estabelecer uma rotina de análise de todo o processo de transporte e distribuição traz como benefícios:

  • Otimização de rotas;
  • Atualização de entregas em tempo real;
  • Identificação de ocorrências de forma mais ágil (o que torna mínimo o tempo de reação e evita perdas);
  •  Possibilidade de compartilhar com os clientes o status de movimentação do produto, o que agrega valor ao consumidor final.

Assim, também é possível elaborar dashboards com o desempenho da operação, a fim de identificar mais facilmente todos os gargalos e aplicar as devidas correções. 

2- Padronize processos

Integração é a palavra de ordem quando se fala em gestão logística, uma vez que ela se vale de um conjunto de informações para que tenha sucesso. Por isso, é preciso investir na padronização de processos de ponta a ponta.

Isso evita retrabalhos quando há erros na operação devido à falta de informações ou mesmo a incompatibilidade de processos. Assim, o fluxo fica mais ágil e assertivo. Além disso, a padronização de processos ajuda em:

  • Aumento da produtividade;
  • Redução de custos e perdas;
  • Eliminação de etapas redundantes;
  • Estabelecimento de um padrão de qualidade;
  • Controle de dados para insights de gestão;
  • Facilidade na tomada de decisões. 

3- Fique de olho no estoque

Como falamos anteriormente, o estoque é parte importantíssima para a logística. Portanto, é preciso seguir boas práticas na gestão de armazenagem, bem como automatizar processos dentro do armazém. Afinal, quando há muitos materiais e fluxo de informações, é preciso recorrer à digitalização para manter o controle em dia.

Otimizar o estoque evita que falte produtos, bem como que haja excesso. Além de perdas, o excesso pode representar um custo a mais no patrimônio da empresa e, a longo prazo, pesar no bolso do empresário.

Entre os principais procedimentos importantes para a gestão de estoque, estão:

4- Gerencie seus fornecedores

É preciso fazer um controle minucioso de fornecedores que oferecem o melhor custo-benefício com base nas operações da sua empresa. Lembrando que a matéria-prima de qualidade é mandatória para o sucesso do negócio, uma vez que influencia diretamente na entrega de produtos de qualidade para o consumidor.

Nesse sentido, é possível negociar preços, prazos, condições de pagamento e modos de entrega. Quando essa gestão de fornecedores é feita de forma eficiente e automatizada, garante a redução de custos ao negócio como um todo.

Não se esqueça, ainda, de monitorar a reputação de seus fornecedores periodicamente, a fim de evitar atritos, atrasos e queda na qualidade dos seus produtos. 

5- Estabeleça e acompanhe indicadores de desempenho

Todo negócio precisa de um objetivo, seguido de metas coerentes para cumpri-lo. Para saber se o negócio está no caminho certo, uma das formas de avaliação é o estabelecimento de indicadores de desempenho logístico.

Eles nada mais são que os números relacionados a etapas específicas da operação. É importante definir quais são as métricas que você precisa acompanhar, bem como analisá-las periodicamente. É dessa maneira que o gestor poderá concluir se os esforços empregados foram suficientes.

Além disso, também são meios de identificação de falhas, uma vez que, quando os números não atingem metas importantes, é preciso investigar o que está acontecendo. Comece monitorando os seguintes indicadores:

  • Serviço de entrega;
  • Frete;
  • Avarias e extravios;
  • Atendimento;
  • Custos totais. 

6- Invista em tecnologia

Por fim, mas não menos importante, você deve ter percebido que a operação logística exige digitalização e automação em diversas etapas para sua eficiência. Afinal, como falamos, as ferramentas são importantes para o sucesso da gestão.

Você pode aplicar a tecnologia em operações como:

Existem inúmeras soluções disponíveis no mercado, que contemplam diferentes etapas da logística. Para decidir qual é a melhor para o seu negócio, tenha em mente duas necessidades primordiais: integração e automação.

Afinal, é o que mantém a comunicação fluida e o fluxo logístico mais ágil. Utilizando um checklists online, você visualiza rapidamente as não conformidades, compila dados em tempo real, garante a aprovação de processos com qualidade e economiza tempo.

Além disso, há uma redução considerável de falhas humanas, uma vez que há processos que podem ser parametrizados. Por exemplo, quando o colaborador deixa de verificar o estoque por um dia, perde o controle sobre a redução de insumos do local. Com um sistema, esse tipo de situação não acontece, e os atrasos em pedidos são evitados.

É possível criar checklists online de acordo com a necessidade de cada gestor com o Checklist Fácil. Para saber como funciona, basta agendar uma demonstração!

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