5 dicas para uma operação de empilhadeiras mais segura

As empilhadeiras são comuns em armazéns e galpões, assim como os acidentes com esse tipo de equipamento. Por isso, é importante adotar ações de segurança para sua operação.
Atualizado em: 10 de agosto de 2023
Tempo de leitura: 6 minutos

Quem olha para os armazéns e galpões com diferentes máquinas nem sempre imagina os grandes desafios do cotidiano nesses. A operação de empilhadeiras, por exemplo, requer atenção e ações de segurança para operadores e para funcionários que trafegam por ali.

Afinal, são veículos pesados, que possuem capacidade de carga que vão de uma a 116 toneladas — algumas chegam a pesar três vezes mais do que um carro popular. Seu custo é elevado, é um item que exige manutenção periódica e não pode ser controlado por qualquer colaborador. 

Por tudo isso é que a operação de empilhadeiras deve ser o mais segura possível. Aqui, você entende melhor esse veículo, os riscos associados a ele e quais ações são necessárias para garantir a segurança em sua utilização. 

O que é uma empilhadeira e como funciona?

Você já deve ter visto esse veículo em armazéns. Isso porque a empilhadeira é um dos equipamentos mais utilizados para manuseio interno e transporte de bens e mercadorias. 

Trata-se de um veículo industrial que pode ter três ou quatro rodas, com acionamento próprio e um mastro, que permite o levantamento e empilhamento de cargas.

Normalmente, a operação de empilhadeiras envolve empilhar paletes, carregar ou descarregar caminhões e containers, bem como para fazer picking, isto é, a separação dos pedidos de clientes. 

O funcionamento da empilhadeira depende do tipo da máquina. De modo geral, a empilhadeira possui garfos acoplados um porta-garfos, que por sua vez está atrelado ao mecanismo de elevação. Assim, o item a ser transportado é encaixado nesses garfos.

Além disso, não são apenas os porta-garfos (e os garfos) que podem ser acoplados à empilhadeira. Basculantes, grampos e clamps são apenas alguns exemplos de outros suportes frontais utilizados no veículo. 

Tipos de empilhadeiras e suas aplicações

A empilhadeira funciona a partir do equilibro do peso entre a carga levantada e do próprio equipamento. Algumas empilhadeiras compensam o peso depositado na parte frontal (da carga erguida pelos garfos) com o contrapeso na parte traseira. Mas nem todas são assim.

As empilhadeiras retráteis, por exemplo, empurram o mastro para frente e para trás para que se possa pegar a carga. Assim, o centro da gravidade da carga não fica somente na frente, mas sim entre os eixos do equipamento. 

Há outros tipos, como a empilhadeira trilateral e a empilhadeira patolada, por exemplo. Cada uma possui uma função específica, seja alcançar prateleiras mais altas, trafegar por corredores estreitos, etc. 

Além disso, há as empilhadeiras movidas a gás de petróleo liquefeito (GLP), bem como as empilhadeiras elétricas. Assim como há empilhadeiras manuais e empilhadeiras hidráulicas



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Principais componentes de uma empilhadeira 

Além do porta-garfos e do próprio garfo, que também pode ser chamado de forquilha, fazem parte da estrutura de uma empilhadeira os seguintes itens:

  • Polia ou correia
  • Mastro ou torre de elevação
  • Correia de elevação
  • Alavanca de controle do mastro
  • Sistema hidráulico
  • Plataforma de carregamento
  • Chassi
  • Compartimento motor
  • Teto da cabina

Quais os riscos e perigos na operação de empilhadeiras?

Para a operação de empilhadeiras, a empresa precisa obter a certificação ISO 45001. Isso significa que a companhia deverá, portanto, fazer o levantamento de perigos e riscos associados à utilização de empilhadeiras.

Lembrando que os perigos são as circunstâncias perigosas em si, e os riscos são a exposição a essa fonte. Dessa maneira, temos alguns riscos e perigos associados ao uso de empilhadeiras, por exemplo: 

  • Risco de queda de material: elevação de cargas em ambientes com tráfego de pessoas;
  • Risco de tombamento: movimentação da carga quando elevada;
  • Risco de colisão: má gestão da disposição das cargas;
  • Risco financeiro: utilização da empilhadeira em seu limite de resistência;
  • Risco ambiental: emissão de poluentes do motor.

Após mapear perigos e riscos, é possível desenvolver planos de ação para mitigar esses riscos e evitar acidentes graves. 

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Acidentes mais comuns envolvendo empilhadeiras

A fim de evitar situações perigosas, é necessário conhecê-las e, portanto, associá-las aos riscos existentes. Entre os acidentes mais comuns envolvendo empilhadeiras, estão:

  • Tombamentos: comuns quando há excesso de carga, piso escorregadio ou desnivelado, obstáculos pelo caminho ou manobras perigosas.
  • Atropelamentos: acontecem, sobretudo, pela falta de sinalização no local da operação ou mesmo por distrações dos operadores. 
  • Quedas: itens que não são bem arranjados no armazém podem cair em áreas com tráfego de pessoas. Outra situação em que isso pode ocorrer é erguer o material com os garfos em posição incorreta. 
  • Colisões: da mesma forma que os atropelamentos, geralmente ocorre pela falta de sinalização, distração ou falta de conhecimento técnico do operador para manipular a máquina. 
  • Falhas mecânicas: são constantes quando inspeções e manutenções das empilhadeiras são negligenciadas.

Fatores que contribuem para os acidentes com empilhadeiras

Tendo em vista tudo o que já foi abordado, você já deve ter percebido que mesmo ações simples já são eficientes para evitar problemas na utilização das empilhadeiras. Desse modo, vale ressaltar:

  • Nunca permitir a direção de uma empilhadeira por funcionário não autorizado e sem treinamento adequado;
  • Monitorar aqueles que costumam abusar da buzina;
  • Não fazer brincadeiras no ambiente de trabalho utilizando a máquina, como ao transportar pessoas na empilhadeira ou pregar sustos nos colegas da equipe;
  • Não elevar a carga mesmo quando mal encaixada ou equilibrada. Ainda, elevá-la excedendo a capacidade do equipamento;
  • Não aumentar o valor do contrapeso;
  • Evitar fazer curvas em alta velocidade ou frear bruscamente;
  • Jamais dirigir com a carga elevada;
  • Nunca usar a empilhadeira para puxar ou empurrar veículos, exceto sob orientação para uma finalidade específica. 

Como garantir a segurança na operação de empilhadeiras?

Algumas ações são essenciais para evitar cenários de acidentes, que podem chegar a ser letais. Reunimos as principais dicas para implementar na empresa:

1. Treinamento e capacitação dos operadores

Como pudemos perceber, a má operação das empilhadeiras é fonte de grande parte dos problemas associados ao seu uso. É por isso que treinamentos para capacitar seus operadores são tão importantes. 

Em termos legais, não há uma carga horaria definida para esse tipo de treinamento. Apesar disso, são indicadas 20 horas de formação, no mínimo. Essa capacitação não é só teórica, ou seja, também precisa que o operador seja instruído na prática e execute perfeitamente todas as manobras que envolvem o uso do equipamento. 

2.  Inspeção e manutenção preventiva das empilhadeiras

As verificações feitas pelos próprios operadores devem ser diárias, de modo a acionar uma equipe para manutenção preditiva ao menor sinal de inconsistência. 

Além disso, as empilhadeiras precisam passar por manutenções preventivas periódicas, realizadas por técnicos habilitados. 

Desse modo, a empresa deve elaborar um cronograma de inspeções para se certificar de que tudo esteja de acordo. 

Tenha atenção especial às luzes, níveis de óleo e de água, sistema hidráulico, cabos de bateria, limpadores de para-brisa, pneumáticos, freios, buzina, combustível e sistemas de elevação e inclinação. 

3. Uso adequado de EPIs

Os Equipamentos de Uso Individual são dispositivos ou itens que servem para proteger um funcionário contra acidentes de trabalho. O seu uso é obrigatório em serviços que trazem algum tipo de risco à segurança, como é o caso das empilhadeiras.

Desse modo, a empresa deve disponibilizar itens compatíveis com o ambiente em que os trabalhadores se encontram e os riscos intrínsecos a ele. 

Nesse sentido, pode ser necessário disponibilizar acessórios para proteção da cabeça, como capacetes ou capuz; olhos, como óculos ou viseiras; ouvidos, disponibilizando protetores auriculares; entre outros. 

Há os EPIs que, inclusive, protegem o corpo inteiro, inclusive contra quedas, como cintos ou cinturão de segurança.  

4. Cumprimento de Normas Regulamentadoras

Tudo o que abordamos, de alguma forma, contribui para o cumprimento de Normas Regulamentadoras – aquelas que visam proteger a saúde e a integridade física e mental do colaborador. 

No caso das empilhadeiras especificamente, a empresa deve consultar os requisitos da NR 11 e da NR 12, que dispõem parâmetros sobre a condução segura de máquinas e equipamentos. 

A NR 11 estabelece os requisitos de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, que pode ocorrer de forma manual ou mecânica, ou seja, aí se enquadram as empilhadeiras.

Já a NR 12 é q norma que visa garantir que as máquinas e equipamentos utilizados pelos trabalhadores estejam, de fato, seguros. É ela que determina referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para prevenção de acidentes com máquinas, como as empilhadeiras. 

Além disso, essas normas também ajudam a empresa a obter o melhor desempenho desses veículos, uma vez que estabelecem a necessidade de inspeções e manutenções periódicas. Entre os principais pontos, estão:

  • Treinamento para operadores;
  • Capacitação ministrada por profissionais qualificados, sob supervisão de profissional habilitado;
  • Treinamentos de reciclagem, sobretudo quando há mudanças nas instalações, na operação das máquinas ou de rotinas de trabalho;
  • Atenção à leitura dos manuais fornecidos pela fabricante ou importadora da empilhadeira, que devem obrigatoriamente fornecer informações de segurança em todas as fases da operação. 
  • Etc. 

5. Aplicação de checklists em inspeções periódicas

O checklist digital é a ferramenta que automatiza e, portanto, otimiza processos de checagem, seja na aplicação de inspeções, manutenções ou planos de ação. Ainda, permitem tipos de respostas personalizadas, anexo de mídias, agendamentos, relatórios e aplicação offline.

Todas essas características são essenciais para empresas que possuam armazéns e, neste caso, utilizam empilhadeiras em seus processos. Para quem busca aprimorar processos e evitar acidentes, o Checklist Fácil é a solução certa.

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